segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Especial Bastidores

Galera, hoje o post vai ser curto.

Amanhã, terça-feira, às 20 horas, no Sportv vai passar um especial Bastidores com o Guga. Para quem ainda não adquiriu a série completa, o material é excelente. Não percam.

Estou com a idéia de colocar mais gente para escrever aqui.

Se alguém esiver interessado deixe um comentário.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Todos prontos para 2009

Dezembro chegando ao final e a temporada 2009 do tênis vai começar. Ao contrário dos anos anteriores, onde os principais jogadores só estreavam no Aberto da Austrália, dessa vez a ação começa mais cedo.

Logo na semana 1, que começa dia 5 de janeiro, Rafael Nadal, Roger Federer e Andy Murray estarão em ação em Doha, no Qatar. Já Novak Djokovic vai disputar Brisbane, na Austrália.

Na semana 2, onde serão disputados Sydney e Auckland, os quatro principais tenistas do ranking descansam e as maiores atrações serão Jo-Wilfred Tsonga, na Austrália e Juan Martin Del Potro, na Nova Zelândia.

Olhando as "entry-lists" vejo que Thomaz Bellucci poderia ter ido na semana 1 para Chennai, na Índia, onde teria vaga direto na chave principal. A pontuação é idêntica a de Brisbane, com 250 pontos para o vencedor.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Paredão

Muitos alunos me perguntam os benefícios do paredão para o seu jogo. Eles são realmente muitos, mas devemos ter a consciência de que em alguns momentos ele é ruim.

A primeira (óbvia) noção que devemos ter é que é impossível ganhar do paredão. Quanto mais forte batermos mais forte a bola vai voltar.

Posto isso sabemos que no paredão não iremos treinar nossos "winners". Acreditem, esse é um erro mais comum do que se imagina. Vá em qualquer clube e fique olhando o pessoal bater no paredão. Não vai demorar muito para aparecer alguém "soltando o braço".

O paredão é importantíssimo para aqueles que conseguem fazer o movimento correto, pois podem praticar bastante o controle, praticamente batendo sem mexer as pernas.

Para os muito iniciantes, a importância passa a ser completamente distinta. A maior dificuldade de quem está começando é saber onde a bola vai quicar. Como o paredão sempre devolve, passa a ser um bom exercício para "descobrir" onde ela vai.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Brasileiros nos ATP's

Um bom presente de Natal foi a divulgação das listas dos inscritos para os primeiros "250" (nova nomenclatura dos International Series) da temporada.

Assim como no Australian Open, Thomaz Bellucci e Marcos Daniel estão garantidos em Viña del Mar, no Chile. E, pela lista de inscritos, estão muito próximos de garantir uma vaga direta no Brasil Open, sem a necessidade de receber convite.

Já Thiago Alves, que começa a temporada na semana 2 em Salinas, no Equador, apesar de ser adepto das quadras rápidas, conseguiu vaga direto na chave do "250" de Johanesburgo, na África do Sul, que estréia no calendário nessa temporada.

Em duplas, Marcelo Melo e André Sá serão cabeça de chave 2 em Brisbane, enquanto Bruno Soares jogará ao lado do argentino Lucas Arnold Ker.

Se em 2008 o primeiro ATP a ser disputado por brasileiros foi na Costa do Sauípe, já podemos dizer que 2009 começa muito melhor.

O grande problema é que Tanto Bellucci quanto Thiago Alves dependem de um bom resultados nessas primeiras semanas, caso contrário perderão muitos pontos e terão que retornar rapidamente ao nível challenger.

Boa sorte a todos.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal

Hoje eu poderia falar sobre a confirmação de que nenhum brasileiro irá jogar o quali do Australian Open, ou então do Sabesp Futures, que está sendo realizado em São Paulo. Ou ainda comentar algo relacionado a técnica de jogo, contar algo ocorrido em alguma das minhas aulas. Ou ainda dizer que o Tulio veio aqui nos comentários dizer que a romena do post abaixo é bem melhor ao vivo do que nas fotos.

Mas no dia 24 de dezembro tudo o que vou desejar é um Feliz Natal.

Quero agradecer a todos que visitam o blog e que me fazem continuar com disposição de atualizá-lo praticamente todos os dias. Muito obrigado pela paciência.

Ho Ho Ho!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Sorana Cirstea



Bem, meu tempo que já era reduzido ficou ainda mais agora nesse final de ano. Além do sol abrir e eu hoje ter ficado das 7 da manhã às 22 horas ou dentro da quadra de tênis ou na academia, o horário de lazer, antes dedicado ao blog agora tem um concorrente sério que é o Arquivo Bastidores.

Mas, para não deixar os seguidores do blog na mão, ainda restam algumas fotos do nosso amigo Túlio (que também já comprou o bastidores), em Flushing Meadows.

A estrela da vez é a a romena Sorana Cirstea, de apenas 18 anos e atual 36ª do ranking e atual campeã em Tashkent.

Túlio ficou encantado. Eu acho que tem melhores no circuito, mas vale pelo menos uma olhada.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Arquivo Bastidores


No final de outubro, o Rui, da comunidade Tennis Masters, anunciou que o Sportv tinha encomendado um programa com os melhores momento do extinto "bastidores" (programa esse que vai passar no dia 30 de dezembro, as 8 da noite). Aproveitando o pedido ele gravou todos os programas em DVD e ofereceu para algumas pessoas.

Desde novembro estava enrolando para tomar vergonha na cara e ir no Itaú depositar o dinheiro dos DVD's (menos de 15 reais por disco). Essa semana finalmente depositei e estou aqui com os programas.

Amigos, não é brincadeira não. Para quem gosta de tênis é um prato cheio. Conta toda a história da época gloriosa do Brasil no esporte (1997-2001). Tem imagens deliciosas, tanto de Guga quanto de todos que participaram desse momento (Meligeni, Oncins, Simoni, entre outros).

Para se ter uma idéia, o cardápio inclui: Wimbledon/97, US Open/97, Miami/98. Roland Garros/98, Wimbledon/98, US Open/98, Australian Open/99, Copa Davis/99 (Brasil x Espanha e Brasil x França), Roma/99, Roland Garros/99, Wimbledon/99, US Open/99, Grand Slam Cup/99, Australian Open/2000, Santiago/2000, Copa Davis/2000 (Brasil x Eslováquia e Brasil x França), Roland Garros/2000, Toronto/2000, Cincinnati/2000, Masters Cup/2000, Monte Carlo/2001, Roma/2001, Hamburgo/2001 e Roland Garros/2001.

Não sei ainda se existem exemplares disponíveis, mas mesmo que não haja, ajudo a fazer campanha para o Rui gravar mais alguns kits. É algo simplesmente imperdível.

Para quem tiver interessado, mande um e-mail para ele, no endereço viottirf@gmail.com

Repito, é imperdível. E eu ainda nem cheguei no segundo disco do primeiro volume...

sábado, 20 de dezembro de 2008

Parece Brasil

Apesar de ter sido vice-campeã da Copa Davis em 2008, a situação na equipe argentina de tênis é bastante confusa. Após a final, quando foram derrotados pela Espanha, rumores levam a crer que houve bastante confusão no vestiário, com o astro da equipe, David Nalbandian chegando as vias de fato com seus companheiros.

Para complicar ainda mais a situação, a federação argentina escolheu Tito Vásquez, o que revoltou todos os tenistas. Os outros nomes cotados eram Guillermo Villas, Martin Jaite e Hernam Gumy.

Os jogadores vieram a público dizer que não foram sequer consultados. Del Potro e Cañas chamaram os dirigentes de mentirosos por terem afirmados que os jogadores apoiaram a escolha. Já Gastón Gaudio, além de atirar em Vásquez deixou boa parte da munição direcionada a Nalbandian, que segundo ele foi um líder negativo.

Nalbandian preferiu não comentar nem as declarações de Gaudio e nem a escolha de Vásquez, mas ficou claro que a escolha de consenso dos argentinos era Martin Jaite.

Crise parecida com essa fez o Brasil cair para a terceira divisão da Davis. Por enquanto pelo menos os argentinos ainda não falaram em boicote.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Sauípe em 2010?

Nem começou a temporada 2009 e já rola o boato de que em 2010 o Brasil Open vai deixar a Costa do Sauípe. Mais uma vez a tentativa é fazer lobby para trazer o torneio para um grande centro.

O alto custo do torneio (cerca de US$ 3 milhões), aliado a crise mundial e a demissão dos responsáveis pela parte de venda do torneio fazem apenas aumentar a boataria.

É fato no entanto que, apesar da localização paradisíaca, Sauípe é um local de difícil acesso, o que nunca vai ajudar na popularização do torneio. Com o caixa dos patrocinadores em baixa, a “entry list” ano após ano está mais fraca, o que acaba gerando um “dilema de tostines”.

Soluções? Vejo poucas. Da dita gira “sul-americana”, Buenos Aires e Acapulco são torneios que pagam melhor, Viña Del Mar e Sauípe acabam brigando por jogadores com ranking mais baixos. Aparentemente os chilenos tem levado vantagem nisso.

Trazer para um grande centro pode ajudar, mas com certeza não vai gerar o dinheiro necessário para resolver o problema de caixa.

Aliás, qual grande centro tem condições de bancar o torneio? São Paulo seria uma escolha óbvia, Rio de Janeiro seria o ideal, mas não parece ser uma cidade interessada nesse tipo de evento. Florianópolis já não tem mais o fator Guga.

É mais fácil o Brasil sumir do calendário em 2010 do que organizar um grande torneio. Infelizmente.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Comprar raquete ou tênis?

Sempre que alguém me procura para começar a jogar tênis é inevitável a clássica pergunta: Precisa levar alguma coisa?

Minha resposta é: Não, basta vir de short ou bermuda e um tênis sem travas. Raquetes e bolas tenho a vontade.

A primeira preocupação do aluno geralmente é comprar uma raquete, mas, se ele está apenas fazendo aulas e ainda não encontrou parceiro para jogar fora do horário, essa não deve ser a prioridade.

Mais importante do que adquirir uma raquete (visto que o ideal é que ele teste pelo menos três modelos com características bem diferentes) é comprar um tênis apropriado para o esporte.

É impressionante a quantidade de alunos que tenho que escorregam mais do que deveriam na quadra de saibro. E, todos eles pelo mesmo motivo: falta de calçado apropriado. Quando compram um tênis apropriado são unânimes em dizer que se sente muito mais confortável em quadra.

Tênis para jogar tênis existem muitos, diversos modelos, marcas, características e principalmente preços. Pesquisando bem e dando sorte de encontrar uma boa promoção dá para encontrar modelos mais simples na casa dos 100 reais. Já os top de linha estão custando cerca de 400 a 500 reais.

Para quem, como eu, fica pelo menos 8 horas por dia dentro da quadra, até vale a pena gastar um pouco mais, afinal os pés são instrumento de trabalho. Quem teve lesão de joelho, um modelo com amortecedor é muito importante. Para o público em geral, no entanto, um tênis mais simples é mais do que suficiente, com uma durabilidade bastante razoável.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Aberto de São Paulo

Mais uma vez o Aberto de São Paulo, torneio nível challenger, vai abrir a temporada do tênis brasileiro. A competição será disputada no parque Villa-Lobos na primeira semana do ano e terá entrada gratuita.

O torneio é uma prova de que não é impossível organizar competições aqui no Brasil. Ano após ano o challenger vem ganhando importância e cada vez mais recebe jogadores bem ranqueados.

Para 2009 temos cinco brasileiros garantidos na chave principal através do ranking. Marcos Daniel, Thiago Alves (atual campeão), Ricardo Hocevar, Franco Ferreiro e João Olavo Souza, o Feijão. Além desses, Flávio Saretta já recebeu convite.

Faltam distribuir ainda três convites. Um vai para o campeão do future da semana que vem aqui no Brasil e outro para o vencedor da semana seguinte. O último WC ainda não foi anunciado.

Entre os estrangeiros, destaque para o retorno de Juan Ignacio Chela, que não joga desde Roland Garros e a vinda do norte-americano Benjamin Becker (aquele que “aposentou” Andre Agassi).

Apostas? Espero que o título fique com um brasileiro mas estou achando meio difícil.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A volta dos que não (?) foram

Três jogadores que tiveram algum destaque no ranking mundial pretendem voltar a jogar em alto rendimento em 2009. O argentino Gaston Gaudio, o sueco Joachim Johansson e o norte-americano Taylor Dent.

Todos eles tiveram seu melhor ranking em 2005. Gaudio foi quinto do mundo, "Pim-Pim" Johansson nono e Dent 21º. O sueco e o norte-americano fizeram inclusive a final do torneio de Adelaide, com vitória do europeu por 7/5; 6/3.

Gaudio tem um dos mais belos backhands dos últimos tempos e está praticamente parado a um ano, aparentemente por ter se "cansado" do circuito. Voltou em um torneio exibição na Argentina e chegou até a final. Existe inclusive o boato de que será convidado para jogar o Brasil Open.

O sueco Johansson tinha como maior arma o saque. Talvez por isso tenha tido uma lesão crônica no ombro que o obrigou a "abandonar" a carreira no meio de 2005. De lá pra cá jogou pouquíssimos torneios. O único em 2008 foi o de Estocolmo, onde surpreendeu o mundo ao bater o francês Nicolas Mahut por 7/5; 7/6 (5). Na segunda rodada caiu frente ao arentino David Nalbandian.


Já o americano Taylor Dent também é um jogador que tem em seu saque o ponto forte, sendo o terceiro mais rápido da história, atrás apenas de Andy Roddick e Ivo Karlovic. Ele gosta de jogar saque e voleio e ficou quase dois anos parado por problemas nas costas.

Após cirurgia, retornou em 2008, disputando dois ATP's e perdendo na estréia. Sua última aparição foi no challenger de Champaign, onde bateu Frederic Niemeyer e Robert Kendrick e abandonou logo em seguida.

Boa sorte a eles em 2009.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Domingueiros

Outro dia demos algumas dicas para jogadores baixos. Hoje vou fazer um post dando algumas dicas para vencer o jogador mais chato que existe. Aquele domingueiro do clube que bate todo errado mas irrita qualquer um e gera uma série infindável de erros e raquetadas no chão.

Quando enfrentamos alguém assim temos que ter a consciência de que o menos importante é jogar bonito. Até porque o que o adversário quer é isso. Devemos logo no início observar quais as deficiências do nosso adversário. E normalmente são as mesmas.

O domingueiro dificilmente sabe atacar. Então temos duas opções para enfrentar isso. A primeira opção é ir para a rede. Logo na primeira oportunidade faça um approach sem pretensão de dar winner. Como o domingueiro não é bom de ataque, muito provavelmente ele vai dar um slice e o voleio será relativamente fácil.

O grande problema é que alguns domingueiros (boa parte deles) são mestres na arte de dar lobs. Mesmo que tenhamos um bom smash não será fácil bater um cara assim. Até porque no primeiro erro de smash o adversário cresce e nossa tendência é perder a cabeça.

Nesses casos, a melhor opção é trazer o adversário para a rede. Ao invés do approach, o melhor passa a ser a bola angulada. Esses jogadores normalmente tem bastante recursos com bolas curtas mal jogadas. Mas se chegarem atrasados na rede dificilmente conseguirão causar algum estrago.

Ou seja, capriche na bola angulada, principalmente aquele slice que quica ali no T, saindo da quadra. Essa é a bola para preparar a passada. Jogue um game com saque american twist e slice na segunda bola. Pode ser feio, mas vai fazer um belo efeito.

E, principalmente, não se estresse com os erros, eles acontecem. Tudo que o domingueiro quer é que você comece a jogar sua raquete no chão.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Luiz "Nico" Mattar

Para a garotada de 20 e poucos anos, o tênis brasileiro começou com as conquistas de Gustavo Kuerten. Para quem, como eu, tem na casa dos 30 anos, as conquistas ao vivo vinham com Luiz Mattar, o Nico. Obviamente o paulista não chegou nem perto de Guga em termos de glórias, mas foi na época o jogador que mais chegou perto das glórias de Thomaz Koch.

Mattar chegou a ser o 29º do mundo e conquistou sete títulos de nível ATP, sendo quatro em quadras duras, dois no carpete e apenas um no saibro. Foi tri-campeão no Guarujá, dois no Rio de Janeiro, um em São Paulo e outro em Coral Springs.

Para alcançar o top 30 Nico venceu uma batalha em uma arena construída na praia de Copacabana, ao vencer na final o argentino Martin Jaite, por 6/4, 5/7 e 6/4. Outra partida famosa de Mattar foi a final em Itaparica em 1987, onde foi derrotado pelo então cabeludo Andre Agassi, por 7/6, 6/2. Esse foi o primeiro título do adolescente americano.

Já na Copa Davis, Mattar fez dois jogos marcantes. Um contra Boris Becker, em 31/1/1992, numa arena montada no Barra Shopping. Sob um calor de 40 graus, Mattar teve várias chances de vencer, mas acabou derrotado por 6/4, 5/7, 1/6, 7/6(2) e 6/0.

A outra foi uma vitória heróica contra o equatoriano Andres Gomez, em confronto realizado no Clube Harmonia, em São Paulo, no dia 4 de outubro de 1987. O Brasil precisava vencer para voltar a elite da Davis. Na época Gomez era o décimo do mundo e três anos depois venceu Roland Garros.

O clima do jogo era de final de Copa do Mundo e começou com muitas emoções. Com Mattar sacando, Gomez desperdiçou quatro break-points e o game durou 19 minutos. Foi uma longa batalha, principalmente no quarto set, quando Nico perdeu por 10/8 e o Brasil parecia ver o sonho do grupo mundial mais distante. Mas com muita raça o brasileiro virou e venceu por 6/3; 1/6; 8/10; 6/2 e 6/1.

Para mim, a recordação desse jogo são os gritos de Luciano do Valle e a torcida invadindo a quadra. Se Ivan Lendl (tem um post sobre ele aqui) era meu ídolo maior, Nico era o brasileiro que eu esperava subir cada vez mais no ranking.

sábado, 13 de dezembro de 2008

O jogo do ano

No mar de enquetes que assolam os blogs e fóruns de tênis em dezembro, a que mais aparece e chama a atenção é a que fala sobre o jogo do ano. É quase unanimidade a escolha da final de Wimbledon, entre Rafael Nadal e Roger Federer como tal.

A fantástica partida, marcada pelas paralizações causadas pela chuva, pela incrível reação de Federer e no final pela improvável e histórica vitória de Nadal, teve todos os ingredientes que uma final de Grand Slam merece.

Como esse jogo parece ser hors-concours, qual outro jogo poderia ser colocado como jogo do ano?

Cito alguns que achei muito bons. O Australian Open teve excelente partidas, algumas marcantes. Marcos Baghdatis x Lleyton Hewitt (a batalha da madrugada), Phillip Kohlschreiber x Andy Roddick e Roger Federer x Janko Tipsarevic.

Em Wimbledon, Richard Gasquet e Andy Murray protagonizaram um belo duelo, enquanto no US Open, Murray esteve presente em duas grandes partidas também. A belíssima virada contra Jurgen Melzer e a semifinal contra Rafael Nadal.

Nadal e Novak Djokovic fizeram um jogão nas semifinais da Olimpíadas que infelizmente terminou com um “bizarro” smash do sérvio para fora. O espanhol também protagonizou ao lado de Gilles Simon uma bela partida no Masters Series de Madrid.

E vocês, se lembram de outros grandes jogos da temporada?

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Australian Open

Saiu a lista dos jogadores inscritos no Australian Open e, como já era esperado, dois brasileiros conseguiram entrar direto na chave principal. Thomaz Bellucci e Marcos Daniel. Thiago Alves ficou como décimo terceiro alternate e dificilmente garantirá uma vaga sem jogar o quali.

Olhando a lista é curioso perceber que todos os top 115 estão inscritos, sendo que os 100 primeiros e mais quatro jogadores com ranking protegido (Juan Ignacio Chela, Taylor Dent, Stefan Koubek e Andrei Pavel) já estão garantido para o evento principal.

Entre os favoritos o grupo é o mesmo daqueles que terminaram o ano no topo: Rafael Nadal, Roger Federer, Novak Djokovic e Andy Murray no primeiro escalão e vários jogadores entre os que podem ser a grande surpresa do início da temporada.

A grande pressão está sobre Novak Djokovic, que pode sair de Melbourne como número 2 do mundo como pode ver Andy Murray chegar para brigar pela sua posição. Jo-Wilfred Tsonga também tem muitos pontos a defender do vice-campeonato de 2008.

Entre os brasileiros, Thomaz Bellucci pode surpreender pois está fazendo toda sua preparação visando as quadras rápidas. Já Marcos Daniel, que declarou que vai dar mais atenção ao saibro, dificilmente terá um bom resultado.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Jogadores baixos

Final de ano é aquela época onde procuramos assuntos para poder falar aqui no blog. Poderíamos ou partir para as fofocas ou falar de assuntos relacionados ao tênis. Prefiro a segunda opção. Para isso é fundamental ouvir as opiniões de vocês, para complementar meus posts.

Hoje vou falar sobre um assunto levantado pelo Thiago. Ele pediu dicas para seu jogo, afirmando ser baixo para o tênis.

Como em 90% dos esportes (até o futebol está entrando nessa), cada vez mais um tipo físico está sendo ideal para a prática do tênis. Se no handebol, vôlei e basquete os jogadores de mais de 2 metros de altura estão dominando, no automobilismo e no turfe são os menores de 1,75m. E no tênis.

Falando em termos de circuito profissional (não analisei dados, apenas estou comentando de olhômetro) são os atletas entre 1,85 e 1,95m que tendem a ter mais sucesso. E porquê isso?

Jogadores muito altos apesar de terem maior facilidade em sacar, terão dificuldades em devolver as bolas que para os “normais” estariam na linha da cintura. Para eles essas bolas estão lá no joelho.

Já os mais baixos precisam ter um jogo de pernas excepcional para percorrer o espaço que um grandalhão percorre com poucas passadas. Além disso, o “baixinho” é prejudicado no momento do saque, onde tem que golpear a bola para frente ao invés de para baixo e, como tem a envergadura menor, ao fazer o “swing”, precisa gerar maior aceleração em menor espaço.

Já os jogadores entre 1,85 e 1,95m conseguem reunir algumas das vantagens dos “gigantes” e por outro lado não perdem a agilidade dos “baixinhos”.

E quais seriam as dicas para os mais baixos? Treinar bastante o jogo de pernas, para conseguir se antecipar em todos os momentos, ter mais toque do que os demais, ou seja, ter uma maior variação de jogo, acertar um maior percentual de primeiro saque (sacar a cerca de 70% da potência máxima) e principalmente fazer o adversário jogar sempre uma bola a mais (ser regular, como falamos a alguns posts).

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Beliscar um ATP?

Final do ano é sempre época de criar notícias, em qualquer esporte. No tênis não poderia ser diferente. Depois do assunto Thomaz Bellucci e a troca de técnico, a bola da vez é Marcos Daniel.

Em uma pesquisa rápida, achei entrevistas de Marcos Daniel ao final das temporadas de 2005, 2006 e 2007. Ou seja, todo final de ano, sem notícias relevantes, buscam alguma declaração bombástica. Felizmente o gaúcho é bastante pé no chão e não costuma dar essa brecha.

Porém, esse ano, Marcos Daniel declarou: Quero tentar beliscar um ATP.

Pronto, foi a festa.

Obviamente todos querem beliscar um ATP. Jogadores piores do que ele já conseguiram, em semanas inspiradas onde tudo conspirou a favor. Mas daí a ter isso como objetivo é um caminho muito mais longo.

Certamente Marcos Daniel sonha em um título de primeira linha. Mas também tem consciência que seu melhor resutado até hoje foi uma quartas de final.

Portanto, sonho e realidade estão distantes. O que ele deve fazer é trabalhar duro (como sempre fez), para unir os dois. Se o tal título vier, ótimo. Caso contrário, que seja um ano de bons jogos e mais um ano de top 100.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Promessas que podem estourar

Já que o post sobre as previsões para 2009 deu o que falar, principalmente no Orkut, vamos falar hoje dos jogadores que podem deixar de ser promessas e tem tudo para estourar em 2009. Não irei falar de Juan Martin Del Potro, Jo-Wilfred Tsonga e Gilles Simon, que já são realidade e sim daqueles que ainda estão um pouco abaixo.

Para mim a sensação da temporada vai ser o croata Marin Cilic. Ele já poderia ter terminado o ano de 2008 em grande estilo, mas uma contusão atrapalhou seu final de temporada. Já o letão Ernest Gulbis é um que está sempre a beira do “estrelato” e para muitos é apontado como a bola da vez. Apesar do enorme talento eu não colocaria minhas fichas nele.

Um pouco abaixo de Cilic eu colocaria dois jogadores. O japonês Kei Nishikori e o argetnino Eduardo Schwenk. Nishikori venceu seu primeiro ATP em 2008 e veio subindo de nível no decorrer da temporada.

Já Schwenk teve uma rápida ascensão no início da temporada, rivalizando com o brasileiro Thomaz Bellucci nos challenger’s no saibro. Porém, com a ajuda de uma boa chave avançou algumas rodadas em Roland Garros e conquistou boas vitórias no saibro europeu após o Grand Slam francês.

Espero para que Thomaz entre nesse grupo, mas não acredito que isso seja tão imediato. Mas não custa nada torcer.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Temporada 2009

Começam a sair as listas de inscritos para os primeiros torneios do ano que vem. Logo na primeira semana já vemos que Thomaz Bellucci vai deixar de jogar o Aberto de São Paulo, torneio de nível challenger, onde defende uma quartas de final, para se arriscar no quali do forte torneio de Brisbane.

Como tem vaga garantida no Australian Open o brasileiro prefere fazer a preparação final na Oceania para diminuir o desgaste da viagem. Isso mostra que Thomaz tem planos grandes para 2009.

Por outro lado pode ser algo perigoso, visto que com a perda dos pontos de São Paulo, corre sério risco de sair do Top 100, o que pode comprometer sua entrada nos torneios da gira sul-americana no saibro, onde a expectativa por bons resultados é muito grande.

Tudo isso é uma escolha, Thomaz está preferindo correr o grande circuito e nisso temos que dar todo o apoio. Esperamos que consiga furar o quali em Brisbane e andar uma rodada em Melbourne, o que lhe garantiria preciosos pontos.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Regulariade

Essa é talvez a palavra mais importante no tênis. Para os iniciantes e intermediários, sempre, eu disse sempre, determina o vencedor de uma partida. Para os avançados, em boa parte das vezes também. Já entre os profissionais, cada vez mais isso também se torna uma regra.

O que justifica aquele senhor que joga aos domingos, batendo só de slice, da forma mais feia possível, vencer aquele outro que faz aula duas vezes por semana, tem excelentes golpes? A regularidade. Não adianta ter excelentes golpes se você só coloca 50% deles em quadra. O excelente golpe só vai ser vir quando ele funcionar sempre. Quando fizer parte do seu jogo, quando for regular.

Tenho dois alunos que são excelentes exemplos a serem citados. Um tem 14 anos e uma paralela de direita que dá gosto ver. O outro tem 19 e um saque que é praticamente impossível de devolver. Quem vê os dois batendo se impressiona e logo diz que jogam demais.

O grande problema é que a tal paralela entre uma vez a cada quatro tentativas e o ace vem sucedido de duas duplas-faltas. Resumindo, tenho alunos que são bem menos talentosos que os dois, mas sempre acabam vencendo, por serem extremamente regulares.

E como resolver isso? Jogo, muito jogo. Aulas com situação de jogo sempre, "punindo" o erro. Nunca fazer drills só por fazer, ter sempre um sentido competitivo neles.

Aí entra um tópico que comentei lá no início do blog. As aulas em grupo. Como vocês sabem, sou defensor delas, mas aplicadas de forma correta. Esses dois alunos são oriundos de locais onde faziam aula em grupo. Só que ao invés de situações de jogo eram expostos aquelas intermináveis filas, onde entravam, batiam duas bolas e esperavam dois minutos pra bater de novo. Dessa forma, até criaram bons golpes, mas nunca serão regulares.

E como fazer uma aula em grupo ter situações de jogo? Simples, vou contar um exemplo que aconteceu comigo ontem:

Depois de um interminável período de chuvas aqui no Rio de Janeiro, abriu finalmente um belo sol. Meus alunos de sete horas da manhã, que sabem que gosto de dar aulas pra muita gente e sabem também que podem ter mais tempo de quadra pagando menos desde que aceitem que um entre na aula do outro, resolveram aparecer todos juntos. Na verdade não foram todos, foram cinco.

Como fazer com que cinco pessoas que batem relativamente bem consigam jogar, se divertir e aprender ao mesmo tempo?

Simples, dividi em dois grupos, um de dois e outro de três. O lado com dois alunos sempre ficava com os dois em quadra. Já o com três jogava um de cada vez. E a partir daí fizemos vários exercícios onde o objetivo era que aquele que estivesse sozinho tivesse regularidade.

No primeiro exercício ele tinha que bater só na paralela, depois defender um smash para começar o ponto, depois uma esquerda rasante, uma bola aleatória e assim por diante. Ganhava o ponto, continuava em quadra, perdia saía. Perdia uma seqüência grande, ia para o lado com dois.

Resumo da aula: Todos saíram cansados, satisfeitos e muito mais regulares do que chegaram. O risco com que jogaram foi menor, pois um erro fazia sair.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Briga por alguns pontinhos

Se o calendário da ATP chegou ao final com a Tennis Masters Cup, os jogadores ainda brigam por alguns pontos jogando os últimos challengers e futures da temporada. Os últimos challengers do ano foram disputados nessa semana, em Lima, Cancún e no Japão.

E com isso continuamos a ver jogadores fazendo calendários que prejudicam um bom planejamento para o ano de 2009. Vou dar o exemplo do gaúcho Marcelo Demoliner, que começou o ano em 802º do ranking e está atualmente em 425º. Ele, que conseguiu um título de Future, havia terminado a temporada no início do mês. Inexplicavelmente apareceu na chave do Challenger de Lima. Além de perder na primeira rodada, parou a preparação para 2009 para viajar. A consequência disso pode ser péssima, atrasando todo o início de temporada.

Essa época do ano deveria ser utilizada para que os jogadores que tiveram um ano de 2008 ruim conseguissem alguns pontinhos. Por esse lado, Julio Silva, que aliás foi quem eliminou Demoliner no Peru, conseguiu andar uma rodada e somou cinco pontinhos. Sergio Roitman e Luis Horna foram outros que aproveitaram para diminuir um pouco o prejuízo.

domingo, 30 de novembro de 2008

Previsões para 2009

Vou me arriscar a falar um monte de baboseira, mas como a temporada chegou ao final acho que é a hora ideal para fazermos previsões para 2009. Já adianto que em novembro ou dezembro do ano que vem NÃO aceito reclamações de quem perder dinheiro por apostar no que eu disser aqui.

Em relação à briga pelo primeiro lugar no ranking sou bastante direto. Teremos um novo número um. E ele não será Roger Federer.

Não acredito que Nadal agüente o ritmo imposto esse ano. Acho que ele vai cair bastante de rendimento. Já Federer me parece que vai se dedicar bastante aos Grand Slams e tem tudo para pelo menos empatar com Sampras.

Seria Djokovic minha aposta? Não. Coloco minhas fichas no escocês Andy Murray como líder do ranking em 2009. Aposto em Murray no Australian Open, em Nadal em Roland Garros e em Federer para Wimbledon e US Open.

Vou ainda mais longe nas minhas previsões. Para a Masters Cup classificam-se Murray, Federer, Nadal, Djokovic, Juan Martin Del Potro, Jo-Wilfred Tsonga, Gilles Simon e Marin Cilic.

E os brasileiros? Coloco Thomaz Bellucci entre os 50 do mundo. Já Marcos Daniel não acredito que feche o ano entre os 100 melhores, até pela mudança na pontuação, que diminui a importância dos challenger’s. Thiago Alves acredito que possa brigar para ficar entre os 100 melhores.

Bem, torço para que algumas previsões se realizem (Federer vença dois Grand Slams, Bellucci fure o top 50) e que outras não (Murray líder do ranking), mas fica aí o registro do que acho para 2009.

sábado, 29 de novembro de 2008

Biótipo

Hoje vamos continuar falando sobre o post de musculação. Outra dúvida que havia surgido era em relação ao biótipo dos tenistas.

Podemos comparar as características físicas do tenista com as do atleta do voleibol, por suas ações serem bastante semelhantes. E quais seriam essas características?

Normalmente os tenistas são atletas magros e altos. Por que isso? Exatamente por aquilo que falamos anteriormente. O jogador de tênis não tem necessidade de ser forte, e sim veloz. Braços longos ajudam bastante para gerar aceleração, enquanto muita massa muscular atrapalha a movimentação.

Obviamente o passar do tempo e as novas teorias de treinamento vêm criando atletas cada vez mais forte, mas isso é uma característica de todos os esportes, desde o futebol (vejam como Ronaldinho Gaúcho mudou o corpo da época do Grêmio para hoje em dia), passando pelo basquete (esporte de contato, onde massa muscular é bastante importante) até o vôlei e o tênis.

No vôlei, por exemplo, hoje em dia já temos atletas mais musculosos, principalmente os de meio de rede. O mesmo ocorre no tênis, onde algumas exceções apresentam musculatura protuberante, como é o caso de Rafael Nadal. Isso no entanto não é regra e está longe de ser o mais indicado para o esporte.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Resistência e Potência

Como o post sobre musculação e tênis gerou bastante discussão tanto por aqui quanto no orkut, resolvi me aprofundar um pouco mais no tema. Vamos falar de uma forma simples sobre o que seria um treino para resistência e outro para resistência.

Quando falamos de resistência dentro de uma sala de musculação, normalmente estamos falando de séries com cerca de 15 repetições. Quando nosso amigo Sérgio fala sobre fazer 50 repetições com o elástico fisioterápico, ele está fazendo um trabalho errado.

Se a musculatura dele agüenta essas 50 repetições, quer dizer que a carga está baixa e o treino não está alcançando o objetivo. Pior ainda, pode causar lesões. A melhor solução para o caso dele seria aumentar a carga e fazer 3 séries de 15 repetições, em dias alternados.

Já o treino de potência é até semelhante ao de hipertrofia em termos de volume. Normalmente três séries de 8 ou 10 repetições, com a diferença de ser realizado em velocidade um pouco superior. Vejam bem, um pouco superior, não velocidade máxima.

E em relação a quais exercícios fazer? Obviamente cada caso é um caso, mas existem grupamentos básicos a serem trabalhados.

Para troncos e membros superiores, peitorais, dorsais, tríceps e bíceps braquiais, como em todas as séries de musculação. Além disso é importante trabalharmos o complexo do manguito rotador e o antebraço.

Já nos membros inferiores, quadríceps femoral, posteriores de coxa, adutores e abdutores de coxa e tríceps sural.

Lembrando sempre que tão ou mais importante do que o trabalho nos membros superiores, deve ser o nos inferiores.

Um bom planejamento de treino seria planificar durante o ano dividindo de forma que na fase de adaptação trabalhe-se resistência para no mesociclo seguinte trabalhar potência e assim sucessivamente.

Não se esqueçam que um bom treino sempre é acompanhado por um profissional de educação física que tenha conhecimento de tênis.

Bons treinos!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Promoções

Pessoal, no último final de semana batemos a média de 100 visitantes por dia durante os últimos 30 dias. Isso já me dá a possibilidade de começar a pensar em fazer promoções para os visitantes aqui do blog.

Já comecei a correr atrás de apoio para essas promoções e pelo menos alguns tubos de bolinhas já temos garantido para premiar os vencedores.

Agora alta definir qual promoção iremos fazer. Alguém tem alguma idéia de como poderíamos operacionalizar isso?

Estou pensando em fazer promoções com duração de um ou no máximo dois meses, onde cada um aposta no vencedor dos torneios da ATP e challenger a cada semana, o que vocês acham?

Como funcionaria isso? Por exemplo: na semana temos o torneio de Chennai e de Auckland (exemplo fictício, sequer olhei o calendário). Ao mesmo tempo temos o Challenger de São Paulo, um no Uzbequistão e outro em algum canto do mundo. Cada participante aposta no campeão de cada torneio. Cada acerto vale um ponto. Ao final de oito semanas quem acumular mais pontos leva o prêmio.

Alguma outra sugestão?

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Musculação e tênis

Bem no início do blog, nosso amigo Sérgio levantou uma questão interessante a ser discutida. Hoje, quase dois meses depois, finalmente vou entrar no assunto. Musculação ajuda ou atrapalha o tenista?

Antes de dar uma resposta simples, vamos analisar alguns dados.

O mais importante é termos a noção de que a bola de tênis não é golpeada com força e sim com velocidade. Portanto, de nada nos adianta fazer força para bater. Aliás, fazer força só atrapalha, quanto mais relaxado estivermos melhor.

Sendo assim, devemos primar por aquilo que faz gerar velocidade. A aceleração e a amplitude de movimento. A noção de que nosso corpo é uma série de alavancas é muito importante.

Voltando ao caso da musculação, temos que saber qual tipo de objetivo devemos alcançar. Podemos dividi-los em: Força máxima, hipertrofia, potência e resistência.

Desses, descartamos a força máxima, que praticamente não é treinada em nenhuma academia (seriam séries máximas de 2 repetições). A hipertrofia sim pode atrapalhar o tenista, desde que seja exagerada, por encurtar a musculatura. Já a resistência pode ser positiva para o tenista.

Mas o mais importante de analisarmos é a potência. Séries com cerca de oito repetições, realizadas com velocidade. Essa valência é fundamental para que possamos gerar aceleração para a execução do golpe.

Resumindo, a musculação por si só não pode ser considerada nem positiva nem negativa. O que deve-se saber é o tipo de trabalho que está sendo realizado.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Final de semana dos coadjuvantes

E o que ninguém esperava aconteceu. Mesmo sem Rafael Nadal a Espanha bateu a Argentina por 3 a 1 em plena Mar Del Plata e conquistou o título da Copa Davis.

Não vou falar de sexta e sábado pois as análises estão logo aí em baixo. Vou me ater ao jogo de ontem, entre Fernando Verdasco e Jose Acasuso.

Nervosismo a parte, o jogo foi um verdadeiro anti-clímax da empolgante temporada que tivemos em 2008. Em um ano onde Nadal tomou a liderança do ranking de Roger Federer, onde Novak Djokovic venceu seu primeiro Grand Slam e de quebra a Masters Cup, onde Andy Murray entrou na briga pelos grandes títulos e que marcou o surgimento de inúmeros outros jogadores, assistir Fernando Verdasco contra Jose Acasuso na Davis foi no mínimo chato.

A partida, vencida pelo espanhol por 6/3, 6/7 (3), 4/6, 6/3 e 6/1, foi um festival de erros. Não tenho as estatísticas aqui, mas o número de erros não-forçados com certeza foi enorme. E mais do que isso. Foram bolas que saíam muito, smashes fáceis jogados no pé da rede e por aí vai.

Eu, particularmente, estava torcendo por Acasuso. Não por querer que a Argentina vencesse, mas sim por achar que uma decisão entre David Nalbandian e Feliciano Lopez era um jogo com muito mais cara de final de Copa Davis.

Lopez é apenas o sexto melhor espanhol no ranking de entradas, atrás de Nadal, David Ferrer, Verdasco, Nicolas Almagro e Tommy Robredo. Palmas para Emilio Sánchez, que teve coragem de colocá-lo como títular em um piso que o ajudava muito. E palmas obviamente para Lopez também, que foi o grande herói do título ao fazer o ponto mais improvável de todos, ao bater Juan Martin Del Potro e ainda por cima tirar o atual nono do ranking do restante do confronto.

Com o duro calendário imposto pela ATP, é cada vez mais importante para um país que sonha vencer a Davis, ter vários jogadores bem colocados no ranking. A Espanha, por exemplo, tem seis jogadores entre os 30 primeiros e 15 no top 100. Já a Argentina, tem "apenas" dois top 30 apesar de ter nove top 100.

Com esses números, o que dizer do sonho brasileiro de conquistar uma Copa Davis?

domingo, 23 de novembro de 2008

Vai dar zebra?

Quinta-feira escrevi aqui que a Argentina era franca favorita para conquistar o título da Copa Davis na final contra a Espanha que está sendo realizada em Mar Del Plata. Com a ausência de Rafael Nada, nada mais óbvio do que imaginar que Nalbandian e Del Potro iam facilmente levantar o troféu.

Na primeira partida o script foi seguido a risca, com Nalbandian atropelando o espanhol David Ferrer, por 6/3, 6/2 e 6/3.

As surpresas começaram na segunda partida. Primeiro, Emilio Sánchez, capitão espanhol, trocou Fernando Verdasco por Feliciano Lopez. E Lopez, exímio voleador, fez uma partida incrível e após perder o primeiro set por 7/5, conseguiu a virada. Mais do que a derrota, o jogo ainda tirou Juan Martin Del Potro do confronto, o que deixou os argentinos em posição complicada.

A dupla, que até então parecia ser uma partida sem muita importância, passou a ser um jogo fundamental, tanto que o capitão argentino Alberto Martín, escalou David Nalbandian ao lado de Agustín Calleri. Pelo lado espanhol jogaram Verdasco e Lopez.

A partida foi emocionante, mas de altos e baixos. Os argentinos venceram o primeiro set por 7/5 e perderam o segundo por 7/6. A terceira parcial foi a mais emocionante e decisiva. Os espanhóis chegaram a abrir 5/1 e saque.

Verdasco foi para o saque e chegou a desperdiçar um set-point. Os “hermanos” buscaram o set na raça e levaram para o tie-break, onde chegaram a abrir 5/1 e saque para Nalbandian. Quando ele ia sacar o segundo serviço alguém na platéia gritou Espanha e gerou uma dupla-falta. Daí em diante os espanhóis dominaram e conseguiram “revirar” o set, fechando em 7/5.

O quarto set foi bem parecido com o terceiro. Os espanhóis chegaram a ter 5/1, 40/15 e permitiram a quebra. Porém, no game seguinte, Fernando Verdasco foi perfeito e ajudou a quebrar o saque de Calleri, fechando o jogo em 6/2.

E para domingo?

Ainda bem que não consegui postar no sábado a noite. Apostaria todas as minhas em Verdasco contra Acasuso, mas pelo visto a partida vai se desenhando para uma vitória argentina.

Depois, Nalbandian vai ter obrigação de superar o cansaço e os voleios de Feliciano Lopez para vencer a série. Essa partida promete e muito, visto que são os dois melhores jogadores no confronto até o momento. Se o físico permitir, acho que o argentino tem boas chances de vencer.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Menos importância para os challenger's

Com a temporada 2008 encerrada e enormes mudanças no sistema de pontuação para 2009, podemos dizer que o tênis brasileiro saiu prejudicado.

Resumindo bastante, os Grand Slams e os antigos Masters Series dobraram a pontuação, passando a valer respectivamente 2000 e 1000 pontos. Os principais ATP’s valerão 500 pontos (a grande maioria dobrou de valor, mas alguns valiam 225) e os menores distribuirão 250 pontos para os campeões (antes davam 175).

E onde entram os brasileiros nisso? Até 2008, um título de challenger grande valia mais de 50% de um título de ATP pequeno. Para 2009, um título de ATP pequeno valerá 250 pontos, enquanto um de challenger de 125 mil valerá 100 pontos.

Com isso, furar o top 100 jogando challenger’s será muito mais difícil, com o calendário tendo que ser bastante repensado. Jogar quali de ATP em alguns casos será muito mais interessante do que vencer challenger’s.

O grande problema para os tenistas brasileiros será o custo de tudo isso. De uma coisa não podemos reclamar atualmente. Temos um belo circuito challenger na América Latina, o que permite nossos jogadores de brigar por pontos sem ir para muito longe de casa.

Como conseqüência disso veremos um top 80 muito mais estável durante todo o ano. Dificilmente Marcos Daniel e Thomaz Bellucci terão a chance de voltar a ser top 70 sem ir longe em torneios ATP’s.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Copa Davis

Vai chegando a hora da decisão da Copa Davis, entre Espanha e Argentina. O que era para ser “o” evento da América do Sul em termos tenísticos nos últimos anos, ficou um pouco esvaziado com a ausência do atual número 1 do mundo, o espanhol Rafael Nadal.

Sem Nadal o favoritismo fica todo com os argentinos, que irão contar nas partidas de simples com David Nalbandian e Juan Martin Del Potro, dois jogadores que terminaram o ano jogando bem.

Nalbandian foi vice-campeão do Masters Series de Paris e, pelo segundo ano consecutivo bateu na trave de entrar na Masters Cup. Já Del Potro jogou e caiu na primeira fase da competição realizada em Shanghai. Apesar de cansado da dura temporada, o jovem tenista ainda parece ter alguma lenha para queimar. Os outros convocados são Agustín Calleri e Jose Acasuso.

Já pelo lado espanhol o líder da equipe deve ser David Ferrer, com Fernando Verdasco jogando a outra partida de simples. Feliciano Lopez e Marcel Granollers completam o time. Ferrer está em péssima fase, despencando no ranking de entradas da ATP (fechou o ano em décimo-segundo, após chegar a quarto no início do ano) e Verdasco também já passou do seu melhor momento na temporada, que foi no meio do ano.

O confronto, que era completamente indefinido passou a ter a Argentina como franca favorita. Não vejo como, em condições normais, a Espanha protagonizar uma zebra. A única partida que colocaria os espanhóis como ligeiros favoritos é a dupla, e mesmo assim em uma partida de difícil prognóstico, pois nenhum dos oito convocados são duplistas natos.

Assim, aposto no título da Argentina em 3x1, com David Nalbandian fazendo o ponto vencedor e saindo de Mar Del Plata como herói.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Bellucci, Zwetsch e o futuro

Não demorou muito para Thomaz Bellucci anunciar João Zwetsch como seu novo treinador após romper a parceria com Léo Azevedo. O fato de já ter anunciado o nome do treinador é extremamente positivo, pois quanto antes começar o planejamento, melhor ele pode ser desenvolvido.

Foi um tanto decepcionante a escolha de Zwetsch para o cargo. Até daria para entender caso Thomaz optasse por um treinador com mais experiência que Azevedo. Aqui no Brasil as opções seriam Larri Passos e Ricardo Acciolly, o Pardal. Já a troca que foi feita, em termos de bagagem, foi seis por meia dúzia.

A boataria dizia que o novo treinador viria do sul. Com isso Pardal estaria fora da lista. As opções seriam quatro: Larri Passos, Marcus Vinícius Barbosa, o Bocão, João Zwetsch e Fernando Roese.

Larri era uma escolha muito difícil, dificilmente Thomaz se adaptaria ao seu estilo. Zwetsch e Roese eram vistos como retrocesso e a escolha mais óbvia seria Bocão. Ledo engano. Bellucci apostou em João e parece seguir o caminho traçado por Flávio Saretta, de trocar de treinador como troca de cordas.

Só relembrando, João Zwetsch foi o treinador demitido por Saretta no meio de uma partida em Roland Garros por conta de uma discussão. Como ponto positivo, foi com ele que o mesmo Saretta alcançou sua melhor fase na carreira.

Resta agora torcer, apesar de achar que a troca foi equivocada.

PS: O Guilherme, dono das comunidades do Thomaz Bellucci, Simone Bolelli e Philipp Kohlschreiber ta dando uma força pro blog nas comunidades. Aí vão os links para vocês visitarem:
Bellucci:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=38107498

Bolelli:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=38141981&refresh=1

Kohlschreiber:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=32199306

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Voleio

Ainda não vai ser hoje que falarei sobre o "fim do saque e voleio", como já me pediram para falar aqui. Acho esse tema interessante, mas atualmente está meio lugar comum falar sobre isso. Vou tocar em outro aspecto que acho interessante sobre esse assunto. Vocês já perceberam com as crianças adoram volear e smashar?

As minhas aulas mais movimentadas envolvendo crianças são aquelas que fazemos competições de voleios e smashes. Ainda não encontrei um motivo certo para isso, mas imagino que seja a emoção de bater uma bola "difícil e forte".

Sendo assim, utilizo bastante os voleios nas minhas aulas. E aí surge uma nova questão. Será que não podemos criar bons voleadores para o futuro? Não sei a resposta para a pergunta, mas estou tentando fazer isso, incentivando a garotada a matar os pontos na rede.

Os desafios que encontro são os seguintes: Convencê-los a não fazer swing volley, volear de backhand com apenas uma das mãos e virar de lado para o smash.

E vocês, já perceberam como a molecada se amarra em bater na bola sem deixar ela quicar?

domingo, 16 de novembro de 2008

Masters Cup

Terminou hoje a temporada 2008 da ATP com a final da Masters Cup entre o sérvio Novak Djokovic e o russo Nikolay Davydenko, com vitória de Djokovic por 6/1, 7/5.

Com certeza a Masters Cup foi bem abaixo do esperado. Após uma temporada empolgante, onde Nole e o britânico Andy Murray entraram na briga com Roger Federer e Rafael Nadal pelos primeiros lugares do ranking, uma final onde o campeão não precisa enfrentar nenhum dos outros três nomes citados não pode ser considerada como das melhores.

Obviamente Djokovic não tem nada a ver com isso e mostrou que pode ser mais do que um jogador apenas de dois meses por temporada. Esse ano, depois de vencer brilhantemente o Australian Open e Indian Wells e ainda faturar um Masters Series no saibro, em Roma, o sérvio caiu demais de rendimento e não conseguiu repetir os bons resultados de julho e agosto de 2007.

A Masters Cup mostrou também como a temporada está sendo desgastante para os principais tenistas. Rafael Nadal, líder do ranking, foi obrigado a abandonar o Masters Series de Paris e não teve condições de jogar a Masters Cup e a Copa Davis. Roger Federer também abandonou em Paris e jogou visivelmente sem condições físicas perfeitas em Shangai.

Se isso tem um lado ruim, que é não poder contar com todos os melhores do mundo em forma para todos os torneios, também podemos enxergar um lado bom. Os jogadores cada vez mais serão obrigados a escolher suas prioridades e a briga pelas primeiras posições do ranking deve esquentar muito. Ainda mais considerando a subida de produção dos franceses Jo-Wilfred Tsonga e Gilles Simon e do argentino Juan Martin Del Potro.

sábado, 15 de novembro de 2008

O Ganha-pão de alguns

Algum tempo atrás falamos sobre os futures que estão sendo realizados no Brasil durante praticamente toda a temporada. Como o nome já diz, eles são destinados a jogadores que podem ser o futuro do tênis.

Infelizmente, não é isso que vimos no início da série de torneios e nem o que estamos vendo agora no final. Se no início Rogério Dutra-Silva e seu irmão Daniel, “roubaram” os pontos da garotada, nas últimas semanas, Rogerinho e Julio Silva, estão se prestando ao mesmo papel.

Sou contra a participação desse tipo de jogador em Futures. Rogerinho e Julinho tem totais condições de jogar challengers, mesmo que tenham que furar qualis. Vamos lembrar que Julio Silva, esse ano mesmo, chegou a vencer um jogo em nível ATP.

O grande problema é que olhando a chave dos futures, vemos jogadores de 26, 28 anos correndo atrás de alguns dólares como ganha-pão. Infelizmente, no nosso país, não se prepara o atleta para a vida. Um dia o sonho de ser um ídolo multi-milionário acaba para 99,99% dos sonhadores. Mas as contas para pagar no final do mês continuam lá.

Para resolver isso temos dois caminhos que devem ser seguidos. O primeiro, esportivo, é encontrar um meio de privilegiar o acesso dos jovens a esses torneios. O segundo, social, é buscar uma forma de inserir os ex-atletas no mercado de trabalho.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Thomaz Bellucci e Leo Azevedo

Essa semana, mais exatamente na quarta-feira, saiu a notícia de que Thomaz Bellucci e Leo Azevedo não trabalharão juntos na temporada de 2009. Isso foi discutido em todos os meios do tênis e para alguns foi uma enorme surpresa.

Desde quando escrevi o post sobre o calendário do jogador, quando alguns foram a favor e outros contra, recebi a informação de que a família de Thomaz, junto com a Koch Tavares, que cuida da carreira do tenista, estava fazendo um lobby a favor de um treinador mais experiente.

As críticas sobre o trabalho de Azevedo eram grandes, e o principal que se dizia era que o treinador não tinha experiência para estar ao lado de Thomaz em ATP’s, Masters Series e Grand Slams. Que com a subida no ranking o jogador precisava de um técnico que conhecesse os atalhos dessas competições.

Quanto ao currículo de Leo Azevedo, que chegou a trabalhar na academia de Juan Carlos Ferrero, na Espanha, dizem que ao invés de ter sido convidado a trabalhar lá, o treinador teria pago para fazer esse estágio.

Independente de ser verdade ou não, o fato é que com Leo Azevedo, Bellucci saiu de um nível future para jogar ATP’s, Masters Series e Grand Slams. Eu sou contra esse tipo de troca, apesar de achar que a pré-temporada foi iniciada de maneira equivocada.

Para o futuro, alguns nomes surgem como favoritos para ser o treinador de Bellucci. Marcus Vinícius Barbosa, o Bocão, Larri Passos (difícil, não parece ser o perfil deles, trabalhar um com o outro) e Ricardo Acciolly, o Pardal.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Fim de temporada para Nadal

Rafael Nadal, atual número um do mundo, anunciou que não vai disputar a final da Copa Davis, contra a Argentina, fora de casa. Com isso, o espanhol encerra sua temporada e começa oficialmente a série anual de boatos sobre sua real condição física.

Os principais especialistas em tênis batem na mesma tecla ano após ano. Deste ano Nadal não passa, é o que dizem. A argumentação é bem fundamentada, visto que o espanhol precisa demais do seu físico para jogar. E o circuito mundial é extremamente rigoroso, o que deixa todos os atletas a beira de lesões.

Eu sou um que ao final de todas as temporadas teria perdido um dinheiro caso tivesse apostado no futuro de Nadal. Para mim, ele já não estaria jogando com tanta freqüência. Mas o espanhol é fantástico em relação a isso e conseguiu inclusive se tornar o líder do ranking.

Dessa vez não farei aposta nenhuma, apesar de ter a consciência de que 2009 é o ano em que Nadal e sua equipe terão uma visão realista de quanto tempo a mais de circuito o espanhol tem pela frente.

Desde o US Open, Nadal é o cara a ser batido. Todos os focos estão sobre ele. Todas as chaves começam com o nome dele. De caçador passou a ser a caça. Como lidar com isso é a pergunta que ele tem que responder.

E até agora suas atuações foram apenas dentro da média. Uma boa semifinal em Flushing Meadows, outra semi em Madrid, uma desistência em Paris e forfait na Masters Cup e na Davis.

Se Nadal conseguir ao menos manter o nível que vem apresentando nos últimos anos no saibro, o tênis agradece.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Roddick sacando



Hoje é o penúltimo post das fotos que o Túlio tirou no US Open.

Como ele mesmo pediu, aí vão as fotos do americano Andy Roddick sacando.

Na primeira foto, é interessante ver a terminação do golpe e a cabeça levantada vendo a bola.

Na segunda, percebam o quanto ele sai do chão e a empunhadura utilizada.

domingo, 9 de novembro de 2008

Top-spin. Sim ou não?

Essa semana um aluno me fez uma pergunta que é bastante interessante. Logo na primeira aula ele disse: Volnandes, você vai me ensinar a bater com top-spin?

Respondi que sim, mas que não naquele momento, que mais importante do que bater com top-spin é bater na bola. Ele adorou, pois me disse que tinha saído das aulas de tênis pois o professor anterior dele tanto insistia com o top-spin que ele se irritou.

Acho isso um ponto bastante importante no ensino de tênis. O primeiro objetivo de quem vai fazer aula é BRINCAR. E não tem como se divertir se você não consegue acertar a bola.

Minha estratégia de ensino baseia-se totalmente nisso. 90% dos meus alunos saem da minha aula jogando tênis. Obviamente não com as regras do jogo, mas conseguem trocar algumas bolas comigo.

Como? Obviamente não com toda a técnica desejada, mas com certeza com um belo sorriso no rosto. E, felizes por conseguirem, voltam na aula seguinte.

Daí sim começamos a tentar consertar os erros. Raquete do lado do corpo, perna na frente, giro de quadril, terminação. Mas, mais importante que tudo isso, bola nas cordas da raquete. Top-spin? Nem falo do que se trata para os iniciantes.

Lembrem-se, mais importante do que bater com efeito é bater pro outro lado e se divertir.

sábado, 8 de novembro de 2008

Tarde de tênis

Passei esse sábado em casa e resolvi assistir aos jogos de tênis que estão passando na BandSports e no Sportv. No primeiro, a atração é o Masters Feminino, em Doha, no segundo a Copa Petrobrás.

No Masters, primeiro jogaram Elena Dementieva e Vera Zvonareva. Sim, é o Masters e, mais ainda, uma semifinal. Dementieva joga muito tênis, mas o saque, como já é lugar comum, é horroroso. E ele melhorou bastante. Zvonareva venceu em três sets. O jogo foi tão bom que dei uma bela cochilada no meio dele.

A outra semifinal, que acabou agorinha, foi entre Venus Williams e Jelena Jankovic. Essa partida foi mais interessante. Não assisti ela inteira, mas houveram bons momentos, mas fica claro que Venus está acima da concorrência. Isso é preocupante para o tênis, pois a americana, algum tempo atrás, era dada como ultrapassada.

O último game, com Jankovic sacando, foi emblemático da atual WTA. Muitos erros, duplas faltas, pontos mal jogados, etc.

Pela Copa Petrobrás assisti Thomaz Bellucci contra Paul Capdeville. Continuo me perguntando o que o brasileiro faz no torneio. Ele está em um nível bem acima do nível challenger, principalmente no saibro. O grande problema são os apagões mentais que ele sofre. Hoje foi um belo exemplo disso.

Depois de fechar o primeiro set por 6/3 e abrir 3/0 no segundo, Thomaz teve um apagão, errou 7 bolas não-forçadas e permitiu que Capdeville vencesse 2 games. Aí sentou, colocou a cabeça no lugar e venceu por 6/2.

Daqui a pouco vai começar Peter Luczak contra Adrian Garcia, mas aí é dose para mamute.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O saque





Como o Túlio disse que posso usar e abusar das fotos...

Aí estão fotos de diferentes momentos do saque.

Os "modelos" são Tommy Robredo, Carlos Moya, Juan Martin Del Potro e Nikolay Davydenko.

Detalhes interessantes: A famosa pronação no saque de Robredo, a "espada do He-Man" no saque do Davydenko.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Masters Cup

É pessoal, ta complicado escrever às terças e quintas. Dei uma modificada no meu horário e agora nesses dias entro às 7 da manhã e só saio às 10 da noite. Ou seja, atualizar o blog nesses dias vai ficar um pouco menos freqüente, mas juro que vou tentar.

Até que meu futuro como adivinho não seria tão miserável. A alguns posts atrás, falamos sobre as surpresas que sempre aparecem no final do ano, nos Masters Series de Madrid e Paris.

Minhas fichas foram para Jo-Wilfred Tsonga e David Nalbandian. Em Madrid errei por muito, mas em compensação em Paris... O tiro foi na mosca!

Com o título em Paris, Tsonga se classificou para a Masters Cup, onde estará no grupo de Novak Djokovic, Nikolay Davydenko e Juan Martin Del Potro.

Minhas apostas para esse grupo São o próprio Tsonga e Davydenko, que elevou seu nível de jogo nas últimas semanas. Djokovic vem apresentando um tênis bem abaixo do esperado desde a metade da temporada de saibro e Del Potro parece ter virado o fio, depois de um segundo semestre brilhante.

Na outra chave estão Roger Federer, Andy Murray, Andy Roddick e Gilles Simon. No meu ponto de vista essa chave contém os dois maiores postulantes ao título: Andy Murray e Roger Federer, exatamente nessa ordem.

Cabe ressaltar no entanto, que Roddick e Simon já venceram Federer na temporada, o que pode criar alguma dificuldade para o suíço, o que não acredito muito.

Se por um lado Federer e Murray estão na mesma chave, por outro isso evita que os dois se enfrentem nas semifinais, o que deixa totalmente aberto o caminho para uma final entre ambos.

E vocês, o que apostam?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Pré-temporada

A alguns posts atrás, mais exatamente aqui (http://surfandonosaibro.blogspot.com/2008/09/thomaz-bellucci.html), falamos sobre o calendário escolhido por Thomaz Bellucci para o final de temporada. Fui enfático ao dizer que aprovava suas aventuras por ATP’s de quadras duras, mesmo sabendo que resultados positivos seriam complicados de aparecer.

Muito me surpreendeu (e decepcionou) a presença de Bellucci no Masters da Copa Petrobras, que está sendo realizado em Santiago. Mesmo sabendo que o evento é patrocinado pela Koch Tavares, que agencia a carreira do paulista, não dá para entender qual seria o ponto positivo dessa participação, visto que seu treinador, Leonardo Azevedo, havia afirmado que terminaria o ano cedo para fazer uma boa e longa pré-temporada para 2009.

Aqui abro um parêntese para falar um pouco de periodização de treinamento. Tentarei ser breve, mas é importante saber alguns detalhes. Antigamente, na década de 60, o então soviético Lev Paviloviti Matveiev, lançou um modelo de periodização de treinamento para os atletas olímpicos da extinta União Soviética. Esse modelo busca um ou dois picos de performance por temporada.

Obviamente esse modelo ficou no passado, visto que qualquer atleta dos dias atuais tem muito mais que uma ou duas competições importantes por temporada.

Não temos os dados dos principais tenistas, mas por pura observação ao longo dos anos, podemos dizer que Roger Federer, por exemplo, tem picos no Australian Open, em Roland Garros / Wimbledon (são muito próximos), no US Open e na Masters Cup. Reparem que seus resultados nos Masters Series de quadra dura no início do ano (entre AO e RG) são bem piores do que no meio do ano, em Cincinnatti e no Canadá, que são pouco antes do US Open. Já em Madrid e Paris seus resultados também ficam abaixo.

Nadal, por exemplo, joga incrivelmente bem da temporada de saibro até Wimbledon. Nalbandian tem seus melhores resultados no final do ano e por aí vai.

Como se monta uma periodização de treinamento nos moldes atuais? O primeiro passo é criar um macro-ciclo de treinamento (normalmente uma temporada). Depois disso, seleciona-se quais são os momentos onde o atleta deve estar no topo da performance. Feito isso, divide-se o macro-ciclo em meso-ciclos com objetivos definidos (cada meso-ciclo culmina com um pico de performance). Após definir esses parâmetros, monta-se um micro-ciclo semanal de trabalho onde cada semana tem um objetivo a ser alançado.

Explicado isso, Eu vou sugerir um calendário que acho ideal para Bellucci em 2009. Longe de querer criticar diretamente sua equipe de trabalho, mas ao meu ver, seria um modo diferente de se encarar essa fase de transição que o paulista vai passar.

Thomaz jogou o challenger de Buenos Aires sendo eliminado dia 24 de outubro. Daí, seriam duas semanas de férias totais do tênis, até dia 8. Ou seja, ir a Santiago somente para curtir a noite em Vitacura, no Las Urracas.

De 10 a 29 de novembro entraria a fase basal, onde Thomaz deveria treinar a parte física, dando ênfase à valência de agilidade, algo que ele tem maior dificuldade, além de claro, treinar força, resistência e potência. Não vou entrar em detalhes de como fazer esse trabalho, mas tem uns bons vídeos no blog do argentino Martin Vassallo-Arguello.

As três primeiras semanas de dezembro, até dia 20, seriam dedicadas a um trabalho técnico-tático, que no começo obviamente ficaria prejudicado pela carga alta de trabalho das semanas anteriores.

A partir daí, duas semanas de polimento e estréia no Aberto de São Paulo, onde acho que seria a melhor opção para início de temporada visando o Australian Open.

Ah, os picos de performance na temporada...

Para um jogador em fase de transição é complicado fazer um planejamento de um ano. Eu faria de seis meses. O primeiro pico seria na Gira sul-americana de saibro e o segundo em Roland Garros.

Bem, desculpem o texto longo. Fica aí a sugestão para a equipe de Thomaz.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Vaidisova e Tsonga





Como percebi que fotos fazem sucesso por aqui, resolvi postar mais algumas exclusivas tiradas pelo Túlio no US Open.

Primeiro, posto as fotos de Nicole Vaidisova, noiva do "belo" Radek Stepanek. O que será que ela viu nele?

Depois duas fotos da sensação do momento, o francês, Jo-Wilfred Tsonga.

Em uma vemos ele voleando. Apesar do pé não estar tão a frente (provavelmente pela velocidade da bola), percebam como o braço está totalmente estendido a frente do corpo.

Na outra, percebam a perfeita preparação da esquerda. Detalhes para o pé direito dele, tocando o solo no momento perfeito.

domingo, 2 de novembro de 2008

Fases do aprendizado

Em um post anterior, nosso amigo Sérgio comentou sobre os vícios de alguns jogadores, de final de semana ou não. Isso me deu uma idéia de escrever sobre a idade ideal para se começar a jogar tênis.

A maioria dos jogadores tops, teve o primeiro contato com o tênis entre os 4 e 5 anos, mas daí a dizer que começaram a “jogar” com essa idade é pura ilusão.

Sempre que sou procurado por pais querendo que os filhos joguem tênis, essa pergunta vem a tona. Qual seria a idade ideal. Não existe idade ideal. Já tive alunos com 2 anos de idade.

Porém, temos que ter a consciência de que com essa idade, não ensinamos o tênis como desporto. Nosso objetivo é puramente de auxiliar no desenvolvimento motor da criança. Não se pode imaginar um indivíduo dessa idade jogando como os adultos. Os exercícios são todos voltados para o conhecimento do próprio corpo, da relação do olho com o a bola e do contato com um implemento, que no caso é a raquete.

Numa fase seguinte, por volta dos 4, 5 anos, o objetivo muda um pouco. Ainda se trabalha basicamente coordenação motora, mas já se usa muito mais raquete e bolinha simultaneamente. Inicia-se assim o mini-tênis.

E aqueles que só vão começar depois disso? Bem, até os 9, 10 anos, o objetivo ainda é totalmente lúdico, mas passamos a moldar o movimento biomecanicamente correto.

Depois disso, com certeza todo praticante trará algum vício. Transferências de outros esportes sempre estarão presentes. Atualmente estou com um aluno que parece estar jogando tênis de mesa dentro da quadra. Cotovelo flexionado, postura cifótica...

Dá para corrigir? Sim, é possível, mas sempre ficará algo que a pessoa no momento da “guerra" vai acabar fazendo.

Em um próximo post falo sobre os vícios mais comuns e alguns bons exercícios para corrigir. Se eu demorar muito para falar sobre isso me cobrem!

sábado, 1 de novembro de 2008

Federer x Nadal ou Nadal x Federer

Um dos temas mais recorrentes do tênis atual é a rivalidade entre o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal. Torcedores de um e de outro se comportam como verdadeiros torcedores de time de futebol, o que por um lado aumenta o interesse pelo esporte e pelo outro transforma em ódio algo que de forma alguma se justifica.

Meu objetivo hoje aqui vai ser traçar o perfil da maior parte dos torcedores de um e de outro tenista. Vamos começar pelo atual número um do mundo, Rafael Nadal.

Nadal, por sua garra e força mental, costuma ter a simpatia da garotada que está começando a jogar tênis. Torna-se então, exemplo de dedicação e empenho, o que é muito positivo.

Já Federer é mais admirado pelos mais velhos e por aqueles que já jogam tênis a mais tempo. Seu principal atributo é a plasticidade do seu jogo.

Dificilmente veremos um professor torcendo por Nadal, exatamente pelo espanhol apresentar um estilo de jogo pouco ortodoxo de bater na bolinha. Por outro lado, é normal que a maioria dos brasileiros tenha admiração pelo espanhol, pelo seu sangue latino e por suas principais conquistas terem sido conquistada no saibro, onde Guga também brilhou.

O único ponto inaceitável é o fato de observarmos na internet um ódio mútuo entre os torcedores. Nas comunidades do Federer não se pode falar bem de Nadal e vice-versa. O suíço e o espanhol se dão bem e trocam elogios públicos, o que mostra que a atitude de ódio é completamente desproporcional.

Independente de quem seja nosso favorito, devemos saber que ambos são excelentes jogadores e terão seu nome gravado na história. Torcer é importante, mas sempre respeitando o adversário. O tênis é um esporte onde se aprende muito tanto na vitória quanto na derrota.

Ah, antes que perguntem, sempre torci para o Federer.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O fim do carpete

Essa semana que passou foi braba. Trabalhei pra caramba e quase não sobrou tempo para dar atenção ao blog. Aliás, não posso nem reclamar, depois de dois meses de chuva, com o número de alunos diminuindo, finalmente as pessoas começaram a voltar a procurar aulas de tênis. Bom para mim, que tinha visto a arrecadação cair demais e bom para o esporte, pois a procura tem sido principalmente de iniciantes.

Mas hoje meu tema não serão os iniciantes. Na última quinta-feira surgiu uma notícia de que a ATP vai, a partir de 2009, proibir os jogos em piso de carpete. A notícia é tão absurda que até agora estou duvidando da veracidade.

O argumento utilizado é que os jogadores que solicitaram, alegando excesso de lesões. A proposta afirma que os pisos de carpete serão trocados por hard courts.

Bem, quanto aos jogadores terem solicitado, já surgiram duas amostras de que não parece ter sido bem assim. Jo-Wilfred Tsonga e Mario Ancic já se levantaram contra. Quanto ao número de lesões, não precisa ser nenhum especialista em medicina desportiva para saber que as quadras duras tem tanto ou mais potencial lesivo do que o carpete.

Então, qual seria o real motivo dessa nova “regra”? Não sei, mas temo pela pasteurização do jogo. O tênis sempre foi um esporte aonde diferentes estilos sempre viveram em harmonia, cada um se destacando em uma superfície distinta.

Bons tempos onde a grama e o carpete eram as casas dos jogadores de saque e voleio, o saibro (vermelho e verde) dos jogadores de fundo e as quadras duras um misto dos dois.

Atualmente a grama está cada dia mais lenta, o saibro vai desaparecendo do calendário e a quadra dura vai crescendo cada vez mais em importância. Nada contra as Hards, mas com isso aos poucos o tênis vai perdendo um pouco da sua beleza.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Errata

Tava demorando para eu falar besteira.

Retiro o que disse sobre o Andre Baran. Ele NÃO estava na Davis.

Portanto não posso falar nada dele, inclusive, passarei a torcer por ele depois dessa minha pixotada.

Henrique Cunha


Outro dia falei sobre as esperanças brasileiras para o futuro. Citei Nicolas Santos, Fernando Romboli e principalmente Marcelo Demoliner. Na semana passada, em Porto Alegre, Henrique Cunha, paulista de Jaú, furou a fila e aos 18 anos conquistou seu primeiro título de torneio future.

Cunha chegou a ser o sexto do mundo no intrincado ranking da ITF, que combina simples com duplas e geralmente não mostra quem é o melhor juvenil, pois aqueles que chegam ao topo rapidamente partem para a carreira profissional. O brasileiro, por exemplo, mesmo com esse ranking não conseguiu passar das quartas de final em nenhum Grand Slam. Ele caiu na segunda rodada em Roland Garros, nas quartas em Wimbledon e na estréia no US Open. Em Queens, no entanto, Henrique Cunha venceu o título.

Seu maior momento, no entanto, foi em Roland Garros 2007. Cunha ficou "famoso" para os brasileiros por treinar com Roger Federer. Por ser canhoto, o suíço o escolheu para ter a oportunidade de treinar com alguém que batesse com a mesma mão que Rafael Nadal.

Nunca vi Henrique Cunha jogar, mas pode-se perceber pela foto (crédito para a revista Tênis) que ele é baixo, o que não é uma boa notícia. Sua especialidade são as quadras rápidas, o que se pressupõe que seu jogo de pernas seja excelente.

Seu primeiro ponto na ATP veio ao bater Andre Baran em maio, o que não foi nenhuma novidade (quem viu Baran treinando em Sorocaba na Davis sabe que o garoto tem uma "marra" inversamente proporcional ao talento). Daí em diante alguns pontinho e em Porto Alegre o primeiro título.

Como já disse, não vi o garoto jogando, então não posso dar opinião. Alguém de São Paulo pode falar mais dele? Pelo sim pelo não, continuo colocando algumas fichas em Demoliner e aguardo mais informações e resultados de Henrique Cunha.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Novos temas

Com pouco mais de um mês de blog e alguns leitores assíduos, recebi alguns comentários por aqui e outros via Orkut sobre os temas que deveriam ser tratados. Algumas pessoas querem que eu dê uma atenção maior aos fundamentos do tênis, falando para os iniciantes. Outros já pedem uma análise maior do circuito.

Comecei a escrever pensando em falar basicamente do circuito, contar algumas experiências engraçadas, curiosas e reveladoras. Porém, logo no início, os comentários eram pedindo que falasse de alguns fundamentos do jogo. Por isso fui para esse lado.

O saque, por exemplo, ainda não consegui concluir. Para falar da movimentação dos pés no fundamento, sem dizer nenhuma besteira, estou esperando um dia com um pouco mais de tempo para dar uma estudada no assunto. Sérgio, não esqueci não!

No domingo à noite, antes de colocar as fotos da Ana Ivanovic, passamos dos 2000 acessos, em menos de 40 dias. Analisando esses números observei que o pessoal acessa mais quando falamos de tênis brasileiro. Sendo assim, vou tentar focar nesse assunto.

Vou lançar algumas possibilidades de temas aqui e peço para que vocês digam sobre o que querem conversar nessa semana: Masters Series de Paris, Corrida para a Masters Cup, Resumo da Copa Petrobras, título de Henrique Cunha em Porto Alegre e Iniciação ao saque. Esses são os temas que tenho na cabeça para escrever por esses dias.

Opinem!

domingo, 26 de outubro de 2008

Musa



Como eu disse, em outubro teríamos algumas novidades por aqui e hoje trago a primeira delas.

Nosso amigo Tulio, da comunidade Tennis Masters teve o prazer de estar em NY durante o US Open e trouxe nada mais nada menos do que Ana Ivanovic para nós.

Divirtam-se

sábado, 25 de outubro de 2008

A transição

Em qualquer esporte existem aqueles talentos precoces, que maravilham a todos e surgem como promessas de profissionais de sucesso. No tênis não poderia ser diferente. Mas daí a se tornar uma realidade, essas promessas tem que passar por uma fase de transição muito dura, que vai separar aquele que vai viver do esporte daquele que vai viver de lembranças.

Aqui no Brasil temos dois casos clássicos e bastante famosos. Marcelo Saliola e Jaime Oncins. Os dois foram promessas de gênios, mas ficaram pelo duro caminho a ser seguido. Jaiminho ainda conseguiu uma bela carreira profissional, mas muito abaixo do que esperavam aqueles que o viram bater quando criança.

Outro dia ouvi uma história de uma promessa aqui do Rio de Janeiro, um garoto que não vou citar o nome, mas quem é do meio logo vai ligar a história a pessoa. A família desse garoto não tem condição financeira de bancar o tênis, e infelizmente, viu no garoto uma forma de subir na vida.

O garoto, que chegou a ganhar um Banana Bowl de 14 anos (bingo, já descobriram), foi convidado a treinar na Amil, o pai ganhou um carro (um conhecido meu que está patrocinando) e o sucesso subiu a cabeça.

Acreditem, nas etapas do Cosat, ele só queria falar espanhol, queria gente para carregar a raqueteira, etc. Não deu outra. Semanas depois perdeu o brasileirão para o Bernardo, de Teresópolis (quem não descobriu antes, descobre agora). Três meses depois de ir para a Amil, onde era apenas mais um, voltou para o seu clube, onde é o rei. Infelizmente, não deve estourar.

Não o conheço pessoalmente, prefiro não fazer juízo de valor, mas tenho certeza de que será um talento desperdiçado. Por isso, quando vemos jogadores como Franco Ferreiro, Caio Zampieri e João "Feijão" Souza jogarem fora o talento que têm, ficamos sensibilizados com a luta de Julinho Silva, Marcos Daniel e outros para viver do tênis.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Raquetes

Muitos que chegam para fazer aula me perguntam qual seria a raquete ideal para quem está começando. A resposta é sempre a mesma: Depende. Para falar de raquetes, é interessante que tenhamos algumas noções básicas sobre equilíbrio.

Simplificando um pouco, existem três tipos de raquetes: peso para o cabo (Head light), equilibrada e peso para a cabeça (Head heavy).

Peso no cabo: Raquete difícil de gerar aceleração, pois como a cabeça é leve, o ponto de equilíbrio é mais próximo do cabo. Isso diminuiu a potência gerada pela raquete, exigindo um movimento mais completo para gerar velocidade. Normalmente são indicadas para jogadores avançados.

Peso na cabeça: Raquete que ajuda a gerar aceleração, visto que o ponto de equilíbrio é mais próximo da cabeça. Funciona mais ou menos como um martelo, onde o peso na cabeça faz com que a aceleração seja máxima com qualquer movimento. Ajuda muito a fazer a bola passar da rede, mas dificulta bastante o controle.

Equilibrada: É um misto entre as duas raquetes. Não gera tanta velocidade, mas em compensação não se perde tanto em controle.

Obviamente não é só isso que se deve observar em uma raquete, mas é básico que antes de olhar qualquer outra característica do equipamento tenhamos noção do equilíbrio dela.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Uma nova realidade

Chegamos ao fim de 2008 com uma nova realidade no ranking mundial. Desde a Masters Cup de 2003, quando Roger Federer bateu Andre Agassi na final e, mesmo não tomando a liderança do ranking, tornou-se o grande jogador do circuito, não tínhamos tantos jogadores disputando palmo a palmo os principais torneios.

Até Wimbledon-2007, apenas Federer e Rafael Nadal eram os jogadores a serem batidos. As finais de Grand Slam eram dominadas pelos dois desde o Australian Open de 2005, até o final de 2007.

No final de 2007 entrou em cena o sérvio Novak Djokovic, que surgiu nos Master Series do início do ano, incomodou no meio da temporada e em 2008 venceu um Grand Slam. Nole chegou a ameaçar tomar a segunda posição no ranking no meio da temporada de saibro, mas não conseguiu.

Na segunda metade do ano surgiram Andy Murray, que chegou a final do US Open e Juan Martin Del Potro, que ganhou 4 ATP’s seguidos. Murray já é uma realidade em termos de ranking (é o atual número 4) e o argentino desponta como candidato à quinta colocação.

Isso posto à mesa podemos imaginar que 2009 vai ser um ano onde as surpresas serão mais freqüentes, os títulos serão mais divididos e a emoção vai ser maior.

Ou seja, o tênis promete para o ano que vem.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Quadra de saibro x quadra dura

Hoje vou trazer algo do meu dia a dia para compartilhar com vocês, visto que muita gente me pergunta a respeito. O que é melhor, quadra de saibro ou quadra dura?

A resposta é a mais óbvia possível: Depende. Cada uma tem suas vantagens e desvantagens.

Vamos começar pelo saibro. A principal vantagem do saibro é ser uma superfície menos danosa para as articulações do corpo humano. Sendo assim, é possível ficar mais tempo dentro de quadra, estando menos sujeito a lesões.

É a quadra favorita dos tenistas brasileiros por um motivo bastante simples. Na maioria dos clubes ditos especializados em tênis, a maioria das quadras são de saibro. Aqui no Rio, por exemplo, apenas a Lob tem mais quadras duras do que de saibro.

Em dia de chuvas fracas o saibro demora mais a molhar, o que permite que o jogo continue até as linhas ficarem escorregadias.

Como ponto negativo é a manutenção diária. Uma quadra de saibro é praticamente um artesanato. É necessário um tratador diariamente para manter o piso em perfeitas condições, o que em muitos dos casos impossibilita a construção dela

Já a quadra dura leva isso como vantagem relativa. Por um lado não existe necessidade de ninguém trabalhando nela. Construiu, já está usando. Porém, uma quadra de saibro dura pelo menos 10 anos somente com manutenção diária, feita por um tratador. Já a dura, depois de 5 anos já precisa ser mexida, pois são comuns as rachaduras.

Em dias de chuva a quadra dura rapidamente está impossibilitada de ser usada, porém, logo após a chuva parar, basta um rodo e em pouco tempo a quadra está preparada para receber os tenistas.

Para reduzir um pouco essa discussão quase eterna, costumo concluir: Se a quadra é para um condomínio, ou uma casa de veraneio, não tenha dúvidas em optar pelo piso duro. Com manutenção quase zero e uso reduzido, o custo benefício será maior. Já se a construção vai ser em um clube, ou local com muito uso e existe a disponibilidade financeira de contratar um profissional para ficar responsável pela quadra, não pense duas vezes e construa uma quadra de saibro.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

De volta ao batente

Fui a Buenos Aires semana passada. Na minha cabeça estava visitar o quali da Copa Petrobras, mas acabei me enrolando nas visitas turísticas e acabei não indo a Bosques de Pallermo.

Fui a turismo, mas sou workaholic, não tem jeito. O blog pra mim já virou obrigação, por isso que, como estava de folga, resolvi relaxar e deixar vocês livres de mim por alguns dias.

No entanto cheguei a escrever um post na quinta, que não publiquei antes pois o hotel não tinham Wi-fi. No entanto vou reproduzí-lo abaixo.

"Não sei quando vou conseguir postar esse texto, mas hoje é quinta-feira, dia 16, e estou em Buenos Aires. Me programei para passar pelo quali da Copa Petrobras, mas vocês sabem como é... Turista é um problema. Bombonera, Recoleta, Uruguai aqui do lado.

Mesmo assim vou tentar ir assistir ao no Villas Tenis Club. Basta descobrir onde fica, mas isso não deve ser difícil.

Já que estou aqui posso passar o que vejo em relação ao tênis. Logo ao chegar fui dar uma volta e passando pela Avenida Corrientes (a do Obelisco), encontrei uma enorme loja de tênis, com uma infinidade de raquetes, de um tamanho que nunca vi no Rio de Janeiro (em São Paulo deve ter algo parecido). Ao perguntar os preços, no entanto, percebi que compras aqui não são mais em conta do que no nosso país.

A KFactor six-one 95 está custando 700 pesos (490 reais), sendo que com pagamento a vista cai 10%. Já a KBlade 98 sai por 730 pesos. Bolinhas então estão mais caras ainda: 22 pesos (R$ 17,50).

Na televisão obviamente estão falando muito da derrota dos porteños para o Chile, mas o destaque para o Masters Series de Madrid é enorme. Daqui a pouco (são 21 horas) começa o VT de Nalbandian x Del Potro.

Bem, vou parando por aqui. O estômago está apertando e após algumas empanadas e alfajores está na hora de uma parrillada."

sábado, 18 de outubro de 2008

Buenos Aires

Pessoal, estou desde quarta feira em Buenos Aires.

Vou tentar amanha ir ate o quali da Copa Petrobras mas nao garanto nada...

Segunda as postagens voltam ao normal.

Nao faco ideia de como se usa o acento por aqui.

Gracias

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Test Drive Babolat AeroPro Drive Cortex

Como o Sérgio solicitou, vamos falar um pouco da AeroPro Drive Cortex, que supostamente é a raquete de Rafael Nadal. Digo supostamente pois muita gente diz que na verdade ele usa um paint job (pinta a raquete).

A AeroPro caiu na minha mão para testar em janeiro desse ano. Logo que peguei na raquete percebi que era uma raquete mais fácil de jogar do que eu havia imaginado. É uma raquete equilibrada, pesa por volta de 300 gramas sem cordas (320g com cordas), bastante agradável de se jogar. Ela é spin-friendly, algo que suas 16x19 cordas ajudam bastante.

Jogadores intermediários podem utilizar essa raquete sem maiores problemas, desde que esteja acostumado com seu peso, visto que ela ajuda bastante a fazer a bola andar (inclusive tive algum problema com isso, acertando a tela algumas vezes, principalmente no backhand).

Na rede é complicado controlar a bolinha, visto que já tenho alguma dificuldade em volear. Com uma raquete que solta a bola, isso é praticamente impossível para mim.

O sweet-spot dela é fácil de ser achado. Maior que o de uma raquete tipo a 6.1 da Wilson mas menor do que raquetes de intermediários.

Resumindo, é uma raquete muito amigável. Eu, particularmente não gosto de raquetes amigáveis. Prefiro ter que domar a raquete, isso acaba me dando mais controle.

Maior ponto positivo - Facilidade de gerar spin.

Maior ponto negativo - Para mim foi conseguir colocar a bola na quadra.

Para aqueles que gostam de escolher a raquete do ídolo, é melhor jogar com a do Nadal do que com a do Federer. Pelo menos mal ao cotovelo, ombros e punhos não deve fazer.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Ivan Lendl

Hoje vou falar do talvez mais subestimado tenista de todos os tempos. O tcheco (que se naturalizou norte-americano por problemas com o governo tcheco por seu estilo de vida americano) Ivan Lendl, maior jogador da segunda metade da dácada de 80 foi o jogador que me fez gostar e começar a jogar tênis. Por seu estilo frio, sem muita vibração, não cativava muito o público em geral, que preferia John Mc Enroe e Jimmy Connors num primeiro momento e Boris Backer depois.

Lendl no entanto é considerado pelos especialistas como o pai do tênis moderno. Ele foi o primeiro a usar cientificamente a preparação física.

A partida mais lembrada de Lendl é a final de Rolang Garros de 1984, quando conquistou seu primeiro Grand Slam. Jogando contra John McEnroe perdeu os dois primeiros sets, por 6/3 e 6/2. Venceu o terceiro por 6/4 e estava atrás em 2/4 no quarto set. O tcheco então conseguiu virar para 7/5. Na negra, mais um 7/5 e o título na França.

Para se ter uma idéia do que Lendl fez nas quadras, vale dizer alguns dos seus números: 19 finais de Grand Slam, com 8 títulos (3 Rolang Garros, 3 US Open e 2 Australian Open). 8 finais consecutivas do US Open, 4 em Roland Garros, 3 na Austrália e 2 em Wimbledon. Alcançou 27 semifinais dos 34 Grand Slams que disputou.

É o único jogador que em cinco anos, 82, 85, 86, 87 e 89 conseguiu um percentual acima de 90% de vitórias.

Nas duplas conquistou um título, em 1979, jogando com o brasileiro Carlos Alberto Kirmayr, em Berlim.

Sua característica de jogo era de fundo de quadra, com potentes golpes, tanto de direita quanto de esquerda. Em Wimbledon, no entanto, Lendl jogava saque e voleio e mesmo assim alcançou as finais em 86 e 87, sendo derrotado por Becker e Pat Cash, respectivamente.

Lendl também foi um dos pioneiro em relação ao marketing, com suas camisas da Adidas com linhas finas e coloridas no peito que ficaram famosas e foram campeãs de venda na época. A marca também lançou a linha de raquetes que o tcheco usava. Depois, no final de carreira, ainda assinou com a Mizuno.

E para vocês, qual(is) seu(s) jogador(er) favorito(s)?

domingo, 12 de outubro de 2008

Masters Series de Madrid

Começou nesse domigo o Masters Series de Madrid, penúltimo torneio dessa grandeza na temporada 2008. Alguns posts atrás comentamos sobre as surpresas comuns nesses torneios de final de temporada. Agora, podemos analisar as previsões com mais base.

Fazer previsões e deixá-las registradas nunca foi uma boa idéia, mas vamos arriscar.

Rafael Nadal e Roger Federer, atuais número 1 e 2 do mundo, atuaram pela última vez na Copa Davis, o que lhes deu um bom tempo de descanso e preparação para esse final de temporada. Ouso dizer que em Madrid, jogando em casa, os organizadores farão uma quadra ao estilo de Nadal, e ele é um dos favoritos ao título. Já Federer continua sendo o rei da quadra dura e também deve chegar à final.

Novak Djokovic, terceiro do ranking e que no começo do ano dominou as ações na quadra dura, jogou dois torneios nas últimas semana e apesar de alcançar uma final demonstrou estar abaixo do nível que já apresentou na temporada. Não deve incomodar muito.

Já os candidatos a surpresa que citei naquele post passado, Jo-Wilfred Tsonga e David Nalbandian, devem ficar somente como candidatos em Madrid.

Tsonga abandonou sua última partida. Apesar de não ser nada relacionado a cirurgia no joelho, sua condição física continua sendo um enorme ponto de interrogação.

Já Nalbandian fez uma bela semana em Estocolmo, conquistando a taça. O jogo dele parece estar em alta, mas como o físico é sempre seu ponto negativo, eu não apostaria em duas semanas consecutivas jogando em altíssimo nível.

sábado, 11 de outubro de 2008

Split-step

Hoje vou dar uma parada nos posts sobre o saque e vou falar um pouco de algo sempre esquecido no jogo. Alguns dias atrás falamos do footwork. Hoje vou ser mais específico. Vamos falar do split-step que é o pequeno saltito que fazemos para nos preparar para correr atrás da bola batida pelo nosso adversário.

Um dos maiores erros do jogador amador é rebater a bola e ficar parado, com a planta dos pés no chão enquando a bola viaja para o outro lado, começando a se preparar para devolver somente quando o adversário bate na bola.

O correto é que durante o ponto o jogador se mantenha sempre na ponta dos pés, em equilíbrio instável, o que significa que a qualquer momento ele pode agir para ir na direção da bola.

Pouco antes do adversário tocar na bola, devemos fazer um pequeno saltito, caindo obviamente na ponta dos pés. O nome desse movimento é split-step. Ao visualizar a direção que a bola vem, nos deslocamos para devolver.

Quando a bola está passando da rede já começamos a levar a raquete para trás, movimento que já deve estar completo quando a bola toca o solo do nosso lado (momento onde devemos estar totalmente equilibrado para executar o golpe).

Um exercício interessante é jogar "falando". Quando batemos na bola falamos: bate, quando o adversário rebate, ao fazer o split-step, dizemos: split.

Testem e vejam como isso melhora o deslocamento na quadra.

Bons treinos!