domingo, 22 de fevereiro de 2009

De volta à mídia

Consegui acesso a internet e, apesar de não ter muito tempo de acompanhar o circuito, vou tentar ficar de olho na semana de tênis pelo mundo.

Hoje vou falar de um momento que o tênis brasileiro pode estar voltando a viver, mesmo que timidamente. Uma coisa é conversarmos aqui no blog, ou em comunidades freqüentadas por tenistas. Outra coisa é o público leigo falar de tênis.

Meu sogro, que, até onde sei, nunca pegou numa raquete de tênis me surpreendeu com uma pergunta ontem a noite: Agora tem um brasileiro jogando tênis, né?

Sim, para os leigos só aqueles que aparecem na televisão jogam tênis. Respondi: Tem vários. Aí ele completou. É, mas tem um agora que tem ranking, que aparece na televisão. Mas ele tem nome estrangeiro.

Expliquei que Thomaz Bellucci é paulista, já figura a seis meses entre os 100 do mundo e apareceu mais graças a final no Brasil Open.

Mesmo que pareça comentários totalmente leigos, essas afimações dele são fundamentais para a massificação do tênis no país. Bellucci não será um novo Guga, mas pode, esporadicamente, trazer o tênis de volta para a vitrine da mídia.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Carnaval

Pessoal, tô indo viajar amanhã de manhã e só volto no próximo sábado.

Sendo assim, muito provavelmente não postarei até lá.

Se os colaboradores quiserem postar agradeço muito!

Estou levando o notebook e com certeza farei alguns posts "de gaveta" que publicarei quando voltar.

Boa folia a todos e que Acapulco nos traga boas surpresas.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Goodbye Dubai! Não sentiremos sua falta!

O circuito do WTA está em uma das suas etapas mais lucrativas, o torneio realizado em Dubai é o que tem um dos maiores prêmios em dinheiro e mais estrelas.
A israelense Shahar Peer, de 21 anos, teve seu visto negado para entrar no país e perdeu a oportunidade de lutar por 800 pontos, pela simples questão de ser cidadão israelense, e israelenses são proibidos de entrar no país.

Penso da seguinte forma, religiosamente falando, um país que quer investir em turismo, quer criar tradição de apoiador de esportes como tênis, deve mudar suas atitudes perante a este tipo de assunto, o tênis é um dos esportes mais globais que existe, sua turnê viaja o mundo e os atletas devem ser aceitos nos países como atletas e não como ameaça para a sociedade. Peer é uma atleta, devia ter sido respeitada como tal.

Agora, vendo por um lado esportivo, esse incidente vai trazer muita dor de cabeça para os representantes da WTA, ou não. Como eles vão recompensar uma tenista Top 50 com os pontos que ela não teve como disputar nesse torneio, e que com certeza dariam posições muito importantes para a caminhada para o top 20. Larry Scott, o ‘cara’ da WTA, fez um discurso bem respeitoso e político defendendo Peer, dizendo estar profundamente triste com o acontecido. Mas isso não resolve as coisas. Será que a WTA conseguiria fazer um torneio de pontuação equivalente e proibir tenistas Top 10 de participar, para tentar resolver o problema de Peer? Eu acho que não.

Então, o prejuízo fica pra quem não tem nada a ver com o assunto, o atleta. Que está viajando o mundo a trabalho, e tem que passar por humilhações desse tipo.

Para os xeiques eu digo: se vocês querem entrar no mundo atual, querem ter as coisas que os ocidentais gostam, então se adapte a esse mundo primeiro, para não estragar as coisas boas que temos. Que vergonha, hein!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Quem está mais perto de fechar o Slam?

Com o título de Rafael Nadal no Australian Open surgiu a discussão de quem estaria mais perto de vencer os quatro torneios do chamado Grand Slam. Nadal ou Federer? O espanhol lá levantou as taças na Austrália, Wimbledon e Roland Garros, enquanto Federer ainda não conquistou o título na França, mas tem o US Open na sua galeria de troféus.

A grande maioria está dando como Nadal mais próximo da façanha, mas acho que os dois têm chances iguais. Explico:

Roger Federer é o segundo melhor jogador do mundo sobre o saibro. Em Roland Garros, desde 2005 só perde para Rafael Nadal. Ou seja, se o espanhol por um motivo ou outro se ausentar da disputa, o suíço se torna franco favorito.

Já Nadal está em uma fase espetacular. Isso garante ter todas as possibilidades de conquistar o feito. Porém, na quadra dura, não pode ser considerado favorito absoluto em confrontos contra vários jogadores, tais como, Andy Murray, Novak Djokovic, Jo-Wilfred Tsonga e o próprio Federer.

Sendo assim acho que qualquer um dos dois pode ser o primeiro homem no século XXI a vencer os quatro Grand Slams em temporadas diferentes. Na mesma temporada duvido muito.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Como escolher as bolinhas de tênis

Bolas de tênis todo tenista é obrigado a usar, mas nem todos dão a devida atenção...acho que essa matéria vai ser uma boa para o pessoal do Blog... aproveitem! (matéria publicada na edição de número 59 ano 2008)

Como escolher as bolinhas de tênis?
Peso, tamanho, durabilidade. Existem fatores a se ponderar na hora de escolher uma simples bolinha

Por Fabrizio Tivolli


BOLAS DE TÊNIS são todas iguais?

Certamente não, se partirmos do princípio que o tenista que se preocupa com os "detalhes" do jogo - como o equipamento - precisa ter algumas informações para fazer a escolha adequada das bolas que usará. Isso influenciará diretamente no jogo e também no bolso (pela durabilidade que a bola pode ter). Primeiramente, o tenista deve saber em qual tipo de quadra jogará, pois temos bolas para superfícies duras (ou rápidas), saibro (ou lentas) e para qualquer tipo de piso. Essa diferença se dá pelo material usado na fabricação. A bola de tênis é uma mistura entre borracha, lã artificial e lã natural. A qualidade e procedência de cada material definirão suas características finais, como velocidade e durabilidade.


TIPOS:

Bolas para quadra dura (ou rápida): Esse tipo tem, em sua mistura, maior quantidade de lã natural que artificial no feltro, pois a lã natural oferece maior atrito e, conseqüentemente, isso a deixa um pouco mais lenta. Esse fator também interfere na durabilidade da bola.


Bolas para quadra de saibro (ou lenta): As bolas para quadras lentas possuem maior quantidade de lã artificial, que é mais "lisa", resultando em menos atrito e tornando o jogo mais rápido.


Bolas para todo tipo de quadra: Esse tipo de bola "all court" é o "feijão com arroz", pois se trata de uma mistura homogênea de lã natural e artificial na composição do feltro, tornando-se ideal para qualquer superfície.


Muitos tenistas, de profissionais a amadores, têm suas marcas e modelos de bolas de preferência, seja qual for o motivo. E muitos devem se perguntar se podem, realmente, existir diferenças em características como tamanho, peso etc. Isso é possível, mas, no geral, é algo sutil, pois, para as bolas, a ITF possui padrões e define recomendações na fabricação, que garantem bolas homogêneas nas marcas confiáveis.
Existem exigências da ITF, que define um padrão mundial, que garantem que não vamos encontrar modelos tão distintos entre as marcas. A entidade exige padrões de peso, circunferência, pressão e quique. Por isso, é ideal procurar um tubo de bola de uma marca credenciada por alguma entidade de respeito no tênis, para não passar nervoso.
Muitos tenistas sentem grande diferença quanto ao peso da bola, de marca para marca. Realmente, isso existe. O que define se uma bola é mais pesada que outra é a qualidade e tipo de borracha usada. Apesar de a diferença não ser gritante, ela existe. Por isso, devido a essa sensação do peso, dá-se a preferência de muitos tenistas por marcas mais pesadas ou mais leves, para evitar problemas físicos.


QUESTÕES FREQÜENTES: Aqui vão algumas perguntas comuns dos tenistas, mas de extrema importância:Para que servem os números impressos nas bolas de tênis?É simplesmente uma questão de diferenciação, pois a bola é exatamente igual. Por exemplo: Vou jogar em meu clube em um fim de semana e escolho a bola da marca x com o número 3. E meu colega também compra a marca "x", mas de número 1. Estes números só servem (inteligentemente) para não misturar com as bolas do oponente.
Qual o prazo de validade das bolas? Antigamente, algumas marcas especificavam o prazo de validade de uma bola em 18 meses. Realmente, elas duram bastante tempo quando estão guardadas em tubos pressurizados, porém, esse tempo é relativo, pois algumas podem durar mais do que isso (não muito mais!), mas, dificilmente duram menos. Por isso, não há um prazo de validade milimétricamente determinado.
O que fazer com bolas sem pressão? Quando a bola perde pressão ou o tubo é aberto, seus dias já estão contados, pois ela fica murcha, quicando muito menos. Além de fazer aquele barulho estranho na hora do golpe. Porém, estas bolas são recomendadas para crianças, por serem menos duras. Existem as bolas soft, de espuma, ideais para crianças (em minha opinião, de até aproximadamente oito anos).
Como guardar as bolinhas? Comentei que, a partir do momento que se abre um tubo, as bolas já estão com os dias contados. No entanto, existe um acessório muito útil: o pressurizador de bolas. Trata-se de um tubo de bolas "rosqueável", que mantém as bolas abertas sob pressão, prolongando sua vida útil. Acho de grande valia, desde que a bola seja de uma qualidade boa. Ou seja, ela precisará ter boa durabilidade de feltro para valer a pena o investimento.
Como vimos, as bolas de tênis não são itens tão simples de serem escolhidos. Como todos os equipamentos, elas merecem algum conhecimento que certamente fará diferença na hora do jogo.

Fabrizio Tivolli: Encordoador e consultor de equipamentos de tênis há mais de 10 anosfabrizio@tivollisports.com.br

Transferência de peso

Me policiei durante a última semana para tentar perceber quais instruções que eu dou aos meus alunos durante as aulas. Para minha surpresa falo mais sobre transferir o peso para a bola do que eu imaginava.

O que seria transferir o peso para a bola? Sabendo-se que o tênis é um esporte de alavancas, onde uma otimizada utilização delas gera velocidade nos golpes, é fundamental que consigamos utilizar nosso peso no sentido de onde queremos mandar a bolinha.

Não vou entrar totalmente na teoria da física, até porque só me interesso pelo básico para entender a mecânica dos golpes.

Vamos utilizar um forehand de um destro para exemplificar. Quando de lado para a bola, o praticante coloca o pé esquerdo na frente e inicia o movimento. Nesse momento (no início do swing), todo o peso do jogador está apoiado sobre seu pé direito (o de trás).

Quando vai encontrar com a bola, o praticante deve transferir seu peso do pé direito (também fundamental no giro do quadril) para o esquerdo, que está mais a frente, no sentido da quadra adversária.

Testem isso e vejam como com muito menos esforço conseguimos gerar uma aceleração muito maior.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Se eu fosse técnico do Federer...

Começaria, logo de cara, com uma afirmação seguida de uma pergunta.
Ok, Roger, você venceu 13 Slams, 14 Masters Series, 4 Masters Cup, fechou 4 anos como número 1. Já venceu muito. Mas exatamente, o que tu procuras atualmente?
Aqui dou possíveis alternativas para o suíço:
a) vencer Roland Garros
b) superar Sampras em Slams
c) voltar a ser número 1
d) acabar com a pecha de freguês do Nadal
Notem que talvez (talvez!) apenas a alternativa "b" não envolva Rafael Nadal. Sinceramente, por mais que o espanhol esteja extremamente regular em todos os pisos, algo que não ocorria antes de 2008, quando o espanhol perdia com frequência nas quartas de torneios em pisos duros, dificilmente Nadal terá a mesma constância do suíço nos Slams, sobretudo no Aus Open e no US Open. Aí, Federer tem de fazer sua parte, chegar na final e vencer o outro adversário. Quando eu digo "fazer sua parte", quero afirmar que o suíço deve fazer exatamente o que tem feito: jogar sem técnico, confiar na sua técnica...
Se a resposta do suíço for outra que não "b", aí estamos diante de muita coisa a fazer.
Para voltar a ser número 1, Federer precisaria se dedicar muito mais do que fez em 2008 aos torneios Masters 1000. Perder para Karlovic em Cincinnati? Nem pensar. Parar no primeiro jogo no Canadá? Também não. Ele passou a encarar os Masters como meros testes para os Slams. Entendo que, depois de tantos anos no circuito e tantos anos sendo a vidraça, a motivação não é mais a mesma para todos os torneios. Nem Nadal, quando tiver a idade do Federer atualmente, vai ter o tesão que tem por jogar Roterdam ou Barcelona, por exemplo. Além disso, é nos Masters que Federer vai adquirir confiança para enfrentar "os outros que incomodam", como Murray e Simon, coisa que irá lhe ajudar para um Slam em que Nadal não esteja.
Como Federer e Nadal só deixarão de se enfrentar em finais de torneios grandes se não forem mais os dois primeiros do ranking, o suíço, ao começar a vencer Nadal, iria provavelmente somar alguns Slams, por consequência superaria Sampras, se aproximaria de voltar a ser número 1...aí está a importância de vencer Nadal para o suíço, porque ele sabe que certamente seria num cenário importante.
Agora, se a resposta for vencer Roland Garros, temos o maior dos problemas. Além de torcer por ajudinha divina por uma lesão do espanhol ou alguém muito inspirado cruzando no caminho, não restam muitas alternativas. Me parece que a final de 2008 não refletiu a distância entre os dois no piso lento, que não é tão grande assim. O problema do suíço é que, quando a coisa aperta, Nadal cresce quando enfrenta o suíço. E isso tem sido regra quase com valor de dogma quando os dois se enfrentam, independentemente do piso.
Resumindo: se eu fosse técnico dele, inevitavelmente teríamos que estudar muito o jogo do Nadal. Curioso como as coisas estão: um jogador do calibre do Federer, chegando próximo da consagração como atleta, está ao mesmo tempo em uma encruzilhada.
Futuramente coloco no blog o que o Federer teria de fazer, na minha opinião, para bater o espanhol.

O joelho de Nadal

O número 1 do mundo Rafael Nadal foi derrotado por Andy Murray na final do ATp 500 de Roterdã, levando um pneu na negra. Até aí nada demais, afinal o britânico é um dos poucos que podem bater o espanhol e o placar do terceiro set acontece até nas melhores famílias. O grande problema é a forma como isso aconteceu.

Não é de hoje que Nadal sofre com problemas físicos, nos pés e joelhos. Seu jogo, baseado em sua força, o obriga a estar fisicamente acima da média e o torna mais perto das lesões. No final do ano passado teve que abrir mão de jogar a Masters Cup e a final da Copa Davis por conta de contusões.

Nadal deveria começar a repensar seu calendário. Daqui a pouco começa a temporada de saibro e ele joga por semanas seguidas e defende praticamente a metade de seus pontos. Esse é o momento onde deve focar. O momento agora é de se tratar e não de descansar somente uma semana e voltar em Dubai. O correto seria só voltar a jogar em março, no Masters 1000 de Miami.

Com tudo isso, continuo apostando que Andy Murray é o meu favorito para terminar a temporada como líder do ranking.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Parabéns, Thomaz

Depois de uma semana, Thomaz Bellucci entrou de vez no time dos tenistas brasileiros que conseguiram destaque no circuito ATP. Com o vice-campeonato na Costa do Sauípe ele se tornou a grande esperança de dias melhores para o nosso tênis.

A sua evolução é impressionante. Em fevereiro de 2007 ele era o 574 do mundo. Um ano depois estreiava em torneios ATP, recebendo um WC para o Brasil Open, onde foi surrado pelo equatoriano Nicolas Lappentti. Nesse momento aparecia em 181º. Esse ano já é Top 100, já venceu dois jogos de Grand Slam e agora já é vice-campeão de ATP. Para o ano que vem aposto que será cabeça-de-chave desse mesmo torneio.

Thomaz foi muito criticado por sua postura no segundo semestre do ano passado, quando foi tentar a sorte nos torneios de quadra rápida. Os resultados não apareceram, mas estar entre os grandes foi salutar para a sua evolução. De cara me lembrei de uma entrevista de Larri Passos para o "Bastidores", gravado no Masters Series de Miami, em 98. Larri reclamava daqueles que queriam que Guga só jogasse no saibro. Guardada as óbvias proporções, é o mesmo que Thomaz sofreu ano passado.

Essa semana Bellucci desabrochou. De cara bateu o italiano Potito Starace, oitavo cabeça de chave. Nas quartas passou pelo ex-número 1 do mundo, Juan Carlos Ferrero. Na final fez belíssima partida contra Tommy Robredo, perdendo na negra.

Só não vamos achar que semana que vem, em Buenos Aires, ele vá repetir a campanha. O normal inclusive é que perca na primeira rodada. Em Acapulco sim, espero mais uma bela semana.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Final de ATP

E não é que Thomaz Bellucci conseguiu chegar na final do Brasil Open. Com isso, além de se afirmar como jogador de nível ATP, o paulista provavelmente vai conseguir dar uma sobrevida ao único evento desse nível do país e, mais do que isso, pode da noite para o dia se tornar o novo ídolo do tênis nacional.

Na final o adversário será o espanhol Tommy Robredo, que entrará como franco favorito. Isso pode ser bom para Thomaz, que, jogando mais solto costuma atuar melhor. Mesmo que perca, por qualquer placar que seja, o brasileiro já pode ficar orgulhoso da bela semana que fez.

Vendo Thomaz jogar tenho muitas esperanças em relação ao seu futuro. Escrevi alguns posts sobre ele que merecem ser relidos agora. aqui, aqui e aqui.

Resumindo, continuo achando Thomaz um bom jogador, atualmente capaz de se manter entre os 50 do mundo. Se melhorar sua performance na quadra dura tem jogo para estar entre os 30 melhores do mundo.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Tênis é lazer

Nada me dá mais prazer dentro de uma quadra do que ver um iniciante evoluir. É impressionante como, mesmo fazendo meia-hora de aula, existem alunos que em dois meses já estão trocando bolas do fundo de quadra, executando os golpes básicos com alguma desenvoltura. E isso acontece com adultos ou crianças. Hoje me aconteceu de ficar observando um aluno desse tipo bater bola.

Por outro lado, nada me incomoda mais do que ver uma criança que não tem a menor vontade de jogar tênis fazendo aula por imposição dos pais. Passei por essa situação hoje também.

Sou o primeiro a falar para o responsável que é mais interessante buscar uma outra atividade que a criança se sinta confortável. Sendo mais direto, algo que ela goste de fazer. Não adianta, por mais competente que sejamos, por mais conhecimento que tenhamos sobre fases de aprendizagem e psicomotricidade, nada se compara ao prazer de aprender, de descobrir coisas novas. Se isso não existe, estaremos de mãos atadas.

Cabe então um pedido aos pais. Se a criança não se interessa pelo tênis, vocês podem até tentar (funciona em boa parte das vezes em um primeiro momento). Se a resposta for negativa, não tente forçar a barra. Tenham certeza que alguma outra atividade física vai ser mais lúdica para ela.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Estréias complicadas e uma esperança

Como esperado, as estréias dos brasileiros no Brasil Open foram bastante complicadas. No quali uma excelente surpresa foi aprontada por Daniel Silva, que depois de oito horas dentro de quadra nos três jogos conseguiu uma vaga na chave principal. Outro que se garantiu foi Caio Zampieri que surpreendeu João “Feijão” Souza.

Os espanhóis foram os grandes carrascos dos brasileiros na primeira rodada. Marcel Granollers bateu Flávio Saretta (que pelo menos venceu um set), Tommy Robredo não deu nenhuma chance à Thiago Alves e Nicolas Almagro bateu Ricardo Hocevar, que conseguiu endurecer bastante a partida, tornando válida sua estréia em eventos de primeira linha.

Daniel Silva teve enormes chances contra Nicolas Devilder, chegando a abrir 4/1 no primeiro set, mas acabou derrotado por 7/6; 6/2. Caio Zampieri enfrentou ( e conseguiu perder para) o italiano Fabio Fognini que claramente mostrou que o último lugar que gostaria de estar era dentro da quadra.

Thomaz Bellucci enfrentou o cabeça 8, o italiano Potito Starace. O paulista mostrou que realmente á maior (única) esperança brasileira de ter um tênis top atualmente. Foi bastante agressivo (dessa vez errou dentro da normalidade) e não deu chances para o italiano, vencendo por 6/3; 6/4.

Na segunda rodada uma bela vitória. Ganhar jogando bem é fácil. O grande problema é vencer jogando mal. Hoje, contra o polonês Lukasz Kubot, Thomaz perdeu o primeiro set sem acertar um backhand sequer.

O segundo set foi bom para Bellucci, mas o terceiro set começou muito mal, com o polonês abrindo 4/1. Daí em diante, Thomaz colocou o “coração na ponta da chuteira”, vibrou, chamou a torcida e largou 19 aces, vencendo por 6/4 na negra.
Seu próximo adversário, agora pelas quartas de final, é o ex-número 1 do mundo Juan Carlos Ferrero. Se vencer será a vitória mais importante de sua carreira.

Não se pode dizer que Thomaz será um novo Guga (dificilmente algum brasileiro alcançará o mesmo nível), mas jogando no saibro, pode-se esperar excelentes resultados do brasileiro.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Tipos de Quadra, por Flávio, do Esporte Social

Hoje estou abrindo espaço para o Flávio, do blog Esporte Social, que escreve um texto sobre os pisos de quadras de tênis.

Discordo de alguns pontos que ele colocou, mas vou publicar o texto na íntegra para mais a frente contra-argumentar.

Fiquem a vontade para comentar.

"Qual o piso ideal para a prática do Tênis Social?

Com o crescimento do Tênis Social - aquele que não tem comprometimento nenhum com qualquer tipo de competitividade, e sim com a boa forma física e mental além de prover qualidade de vida mediante a recreação - se popularizou muito a abertura de novas escolas de tênis por todo o Brasil porém o país está em uma entre-safra de grandes atletas, e estamos sofrendo com uma "monocultura tenística" nos últimos 20 anos, no qual produzimos muitos atletas de qualidade em um determinado tipo de piso. Mas o que o piso tem haver com o esporte nosso dos finais de semana? E de que forma ele interfere na nossa performance e desenvolvimento técnico, tático e físico?

Ainda dentro desse panorama, temos um quadro no mínimo preocupante que é o fato de que poucos atletas brasileiros que obtém destaque em quadras rápidas, e o que fica como aviso desse pouco aproveitamento brasileiro é como está sendo feito o trabalho de base para as novas gerações, e para os amantes do esporte, e qual maneira possa ser desenvolvida não somente bons jogadores de um determinado piso, mas que seja revelados diversos talentos e todos os pisos; e o que cada tipo de quadra pode ter relação com o desenvolvimento do esporte social em sua aborgadem técnica e física?

Um dos fatores que contribuem para essa monocultura tenística são os tipos de quadras oferecidas pelos clubes pelo Brasil afora. Sem dúvidas o tipo de piso é fator direto para compreender o desenvolvimento em qualquer tipo de piso; negar isso é como admitir que os jogadores de Futsal teriam a mesma performance se a quadra fosse de grama, ou de terra. Eis aqui os princiáis tipos de superfícies e o que cada uma contribuí (ou não) para desenvolvimento da jogabilidade.

Mas vejamos as caractéristicas quanto a jogabilidade para cada tipo de perfil técnico, físico e tático em uma visão do esporte voltado a recreação e o desenvolvimento da saúde através do esporte.

SAIBRO: Este tipo de piso se caracteriza por sua superfície ser composta de pó de tijolo. A principal característica técnica deste piso é que ao quicar da bolinha no chão, a mesma perde muita velocidade mas acaba ganhando em efeito, o que consequentemente acaba tornando o jogo mais lento.

Prós:

- Boa para quem tem bom jogo de fundo de quadra;
- Boa quem está um pouquinho além do peso por exigir menos deslocamento;
- Ótima para desenvolvimento do drive.

Contras:

- Para quem não tem paciência para ficar trocando bolinha;
- Para quem gosta do estilo de jogo saque-voleio;
- Para quem não tem um bom arsenal de spins;
- Para quem não gosta de "surfar no saibro".

CARPETE: Quadra de surpeficíe dura, onde a bolinha obtém uma velocidade muito alta. Boa para quem tem bons reflexos e uma boa capacidade de deslocamento. Técnicamente é a quadra que oferece maior leque de possibilidades técnicas.

Prós:

- Para quem joga no estilo saque-voleio;
- Para quem tem bons saques;
- Para desenvolvimento físico;
- Para treino de devolução;
- Para desenvolvimento técnico-tático com aprimoramento de winners;
- Para aprimoramento do raciocínio tático.

Contras:

- Para quem está com sobre peso, que pode a vir gerar seja lesões por impacto;
- Para quem não tem um arsenal tático definido;
- Para quem não tem uma boa devolução de serviço.

GRAMA: Superfície muito irregular, é constituída de uma espécie de relva que não ultrapassa os 8mm. Devido ao fato de proporcionar menor resistência ao quique da bolinha, a mesma não perde velocidade e vai sempre em uma altura muito baixa da linha de devolução, e que além disso dependendo do quique a direção pode ser mudada drásticamente ,o que proporciona um jogo muito veloz.

Prós:

- Para o estilo de jogo clássico saque-voleio;
- Para detém um serviço muito bom;
- Para quem quer exercitar e desenvolver uma ótima devolução.

Contras:

- Para quem não tem uma boa-ótima devolução;
- Para quem gosta de drives na linha de base;
- Para quem não tem habilidade de subir a rede.
- Para quem não detém uma qualidade de spins no saque.

SINTÉTICA: Quadra de superfície muito veloz, onde o quique da bolinha vem em uma altura muito maior que as outras e de ritmo de jogo é bem veloz. Em grande maioria possuí um leve sistema de amortecimento de impacto devido a diversas camadas internas durante a construção.

Prós:

- Ideal para quem já possuí um desenvolvimento físico;
- Boa para o estilo de jogo saque-voleio;
- Favorece a utilização de recursos técnicos como spin, top spin, slices, etc.

Contras:

- Para quem está fora de forma;
- Para quem não possuí uma boa devolução;
- Para quem não detém de atributos técnicos e variação tática definidas."

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Brasil Open

E o sorteio foi o mais ingrato possível para os brasileiros que jogarão o Brasil Open a partir de amanhã. Marcos Daniel e Thomaz Bellucci tinham vagas garantidas na chave principal. Thiago Alves, Ricardo Hocevar e Flávio Saretta receberam convite da organização. Antes mesmo de começar o quali, Marcos Daniel desistiu da disputa, alegando dores no braço direito.

Os outros brasileiros pegaram as maiores pedreiras possíveis. Ricardo Hocevar, que estréia em ATP's encara Nicolas Almagro, cabeça 1, 17 do mundo e atual campeão. Thiago Alves está do outro lado da chave, enfrentando o cabeça 2, Tommy Robredo. Flávio Saretta joga contra Marcel Granollers, cabeça 5 e finalmente Thomaz Bellucci terá pela frente o cabeça 8, Potito Starace.

O que esperar do torneio?

Primeiro que João Souza, o Feijão, fure o quali. Depois que alguém apronte uma surpresa. Bellucci é o mais provável. Se em Viña del Mar perdeu um jogo de 50% de chances contra Jose Acasuso, agora tem mais um jogo difícil mas não impossível. E mais uma vez, com uma vitória poderá ter a chave aberta pela frente.

Dos outros espero apenas muito espírito de luta. Para Hocevar a chance da maior vitória da carreira. Para Alves um jogo para lá de encardido contra um dos maiores catimbeiros do circuito (coisa que Alves também é). E para Saretta uma participação digna.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Especificidade

Dia desses, lá na comunidade Tênis Brasil, surgiu uma discussão sobre especificidade, onde um membro afirmava que nadar estava melhorando o condicionamento físico em suas partidas de tênis.

Vale ressaltar que o tênis, o futebol, o vôlei, o ciclismo e por aí vai, não são influenciados em termos de ganhos aeróbicos por treinamentos de natação. Não existe essa transferência entre os meios.

Assim como de nada vai adiantar aquele treinamento que víamos antigamente, de correr em ladeira, subir em arquibancadas e coisas do gênero.

O primeiro passo para um treinamento eficiente é conseguir diagnosticar que tipo de ação é realizada na atividade. No tênis, por exemplo, são estímulos curtos e de grande potência, visto que temos que pouquíssimo tempo para perceber que uma bola vai curta e corrermos até ela, nos recuperando logo depois.

Por outro lado, temos momentos de descanso entre os pontos. Sendo assim, não é necessário ter o treinamento contínuo de um maratonista, por exemplo, apesar de algumas vezes os jogos durarem 3, 4 horas, mas são com esforço intermitente.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Jogos para sempre

Uma das séries mais interessantes sobre esportes que vejo nos dias atuais é o "Jogos para sempre" do Sportv, onde conta-se a história de um jogo que marcou época. Pensando nisso imaginei como seria transportar isso para o tênis. Quais os grandes jogos que marcaram os grandes jogadores?

Começaria com o maior jogo da carreira de Gustavo Kuerten. A semifinal da Masters Cup de 2000, contra Pete Sampras, em Lisboa, na única oportunidade que Guga conseguiu vencer o norte-americano. Os último game da partida é algo épico, para ver e rever.

Ainda com Guga eu lembraria da terceira rodada do US Open de 2001, contra o bielo-russo Max Mirnyi, onde conseguiu virar uma partida que perdia por 2 sets a 0 e foi jogada madrugada adentro e da final de Roland Garros em 2000, quando precisou de 11 match-points para bater o sueco Magnus Norman.

Já de Fernando Meligeni cabe um programa sobre a final dos jogos pan-americanos de 2003, em Santo Domingo, onde após salvar alguns match-points, conseguiu virar uma partida perdida contra o chileno Marcelo Ríos e se aposentar com a medalha de ouro.

E dos tenistas atuais? De Roger Federer poderíamos escolher entre as finais de Wimbledon 2007 e Hamburgo, também em 2007, ambas contra Rafael Nadal ou ainda na Masters Cup de 2003, na fase classificatória contra o norte-americano Andre Agassi ou no ano seguinte contra o russo Marat Safin, quando ganhou um tie-break por 20/18. Safin venceu o suíço em um jogo épico nas semifinais do Australian Open de 2005, por 9/7 no quinto set.

Rafael Nadal certamente teria como sua partida favorita a final de Wimbledon em 2008, onde conseguiu bater o suíço Roger Federer em seu templo. Ainda contra seu maior rival tem a final de Roma em 2006 onde salvou match-point no quinto set.

E para vocês, quais jogos seriam para sempre?

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Colônia de Férias

Obviamente na colônia de férias da minha empresa não pode faltar uma introdução ao tênis. Nas duas semanas que passei praticamente o dia todo com as crianças, podemos perceber o que elas estão gostando ou não.

Em todos os dias, assim que elas chegavam, era certo de perguntarem se ia ter piscina. A segunda atividade mais requisitada era o tênis.

O grupo mais novo, entre 3 e 7 anos, apesar da óbvia dificuldade de acertar a bola, se divertia com exercícios de introdução ao tênis, tais como quicar a bola, jogá-la para o alto e retomar, lançar para um amiguinho, etc. No final, 90% deles conseguia devolver as bolinhas lançadas, executando algo tipo um "smash"

Já os mais velhos, entre 8 e 12 anos, já conseguiam, em sua maioria, bater na bolinha após ela quicar e, em alguns momentos, até conseguiam trocar algumas bolas.

Independente do que cada um conseguiu executar, o mais importante foi ter plantado uma semente em cerca de 45 crianças que, quem sabe, algum dia possam se tornar praticante do tênis.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Novos colunistas

Aos poucos o blog vai crescendo. Quando criei, meu objetivo era ter um caminho para expor minhas opiniões e fazer análises sobre tênis. Só que cada dia mais a coisa foi tomando uma proporção maior do que eu imaginava e sinceramente em alguns momentos não tenho tempo para manter atualizado.

Sendo assim convidei algumas pessoas para me ajudar nessa missão. Os dois primeiros que estão adicionados como colaboradores são o Fabrizio Tivolli, da Tivolli Sports, encordoador oficial do Brasil Open e que vai estar aqui falando de equipamentos.

A outra colaboradora é a Lays Guerrero, publicitária que está estudando jornalismo. A maioria dos seus textos serão do circuito WTA.

Outra novidade é o Google Adsense, propaganda do Google para gerar receita. Pensando um pouco a frente, quem sabe conseguiremos criar um domínio próprio? Portanto, se alguém quiser ajudar pode se sentir a vontade.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Gira sul-americana

Mal saímos da Oceania, onde o Australian Open, como faz todos os anos, proporcionou excelentes partidas de tênis e o circuito da ATP já está dividido pelo planeta. Na América do sul ele só aparece por três semanas na temporada. Essa e as duas próximas.

Hoje começou o ATP de Viña Del Mar, no Chile, com a participação de Thomaz Bellucci e Marcos Daniel, que já foi eliminado, logo na estréia, pelo encardido italiano Potito Starace por duplo 6/4.

Não acho que podemos esperar muito de Daniel esse ano. Os challenger’s (seu ganha-pão) perderam importância e seu jogo é um pouco abaixo do nível ATP, mesmo no saibro. O sorteio das chaves e a escolha do calendário é cada vez mais importante para o gaúcho.

Bellucci por sua vez estréia contra um argentino, Juan Pablo Brzezicki, jogador de challenger’s que veio do quali. Avançando terá um jogo bastante complicado contra Jose Acasuso, quarto cabeça de chave. Torço muito para o paulista, pois essas quatro próximas semanas serão decisivas para seu 2009.

Thomaz ainda joga duplas com Martin “Segundo Saque” Vassallo-Arguello, sendo o único brasileiro nessa chave.

Thiago Alves está na África do Sul e não deu sorte no sorteio do ATP local, encarando o cabeça 1, Jo Wilfred-Tsonga.

PS: O “Segundo Saque” é o site de Arguello, muito famoso no mundo do tênis.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O melhor do mundo

Não vou falar hoje sobre o resultado da final masculina do Australian Open. Isso com certeza todos que aqui estão já sabem. Vou tentar buscar os motivos para tal resultado. Mas antes, tenho que lamentar o comportamento dos fãs xiitas que estão frequentando nossas comunidades de tênis no orkut. Caramba, depois do exemplo de civilidade (e por que não dizer amizade) que Rafael Nadal e Roger Federer apresentaram na premiação do Grand Slam australiano será que ainda cabe fãs de um quererem discutir com fãs de outros? Essa é a rivalidade mais saudável do esporte (não só do tênis) no século XXI.

E qual o motivo de Nadal ser o atual número um do mundo e derrotar pela quinta vez consecutiva seu maior rival?

Vamos tentar listar por tópicos as diferenças e características de cada um na partida de hoje.

Técnica - Federer é muito superior a Nadal. O suíço joga sem fazer força, enquanto Nadal necessita muito do físico para jogar. No entanto, vale ressaltar, que o espanhol evoluiu muito, principalmente de um ano para cá. Já acelera muito mais as bolas, mata os pontos que ela quica curta e principalmente, tem conseguido excelentes ângulos com seu backhand. Não basta a técnica para fazer Federer vencer.

Movimentação - Nadal é o melhor do mundo, talvez (muito provavelmente) de todos os tempos. E vinha usando isso a seu favor em todos os encontros contra Federer. Só que o suíço mostrou que em 2009 seu footwork melhorou demais. Tanto que hoje conseguiu excelentes pontos não só contra-atacando com passadas de esquerda com o punho, mas chegando em bolas que antes não chegava.

Tática - Na minha opinião é aí que Roger Federer poderia vencer mais vezes Rafael Nadal. A variedade de golpes do suíço é superior a do espanhol. Um de seus melhores golpes é o slice de esquerda, que incomoda bastante não só o espanhol quanto qualquer jogador que utilize uma empunhadura extrema como Nadal.

No jogo de hoje Federer decidiu que iria mais à rede (decisão acertada), colocando Nadal sob pressão em boa parte da partida e que iria atacar o backhand do espanhol. Esse foi seu maior erro, mas é perfeitamente justificável.

Nadal tem o forehand mais pesado do circuito, seu topspin incomoda todos que o enfrentam, o que o coloca em posição favorável manter seus adversários na defensiva. Já no backhand, apesar da bola subir, ela aparenta ser mais leve. Isso no entanto já não é mais uma grande desvantagem, visto que, como coloquei lá em cima, ele está conseguindo belos ângulos com sua "esquerda".

No US Open, Andy Murray conseguiu vencer Nadal fazendo ele bater tantos forehands quanto backhands. Por mais que o espanhil se desloque muito bem em quadra, é fato que ele não está acostumado a defender dos dois lados. Na partida de hoje, os melhores momentos de Federer foram quando conseguiu jogar o espanhol de um lado para o outro, terminando com uma aproximação à rede.

Bem, resumindo é isso. Acho Federer tecnicamente jogador, mas dentro da quadra Nadal já mostrou ser mais inteligente. Para o futuro não sei se o suíço tem disposição para mudar esse quadro, mas hoje o espanhol é o melhor do mundo.