quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Bellucci, Daniel e os cangurus

Mal cheguei em casa de viagem e entrei no site do Australian Open para ver o resultado dos brasileiros na primeira rodada do primeiro Grand Slam da temporada. Na teoria esperava duas partidas duras, tanto de Thomaz Bellucci quanto de Marcos Daniel.

Bellucci estreou contra Yen-Hsun Lu de Taipé. O oriental é o atual 61 do mundo, posição melhor que a do brasileiro. Mesmo assim, nos fóruns de internet, todos davam como certa uma vitória de Thomaz, apesar dos péssimos resultados no início de temporada.

Não foi bem assim que aconteceu. Lu venceu em sets diretos, por 6/3, 7/5, 6/4 e o brasileiro finalmente volta ao saibro, em sua última tentativa de se manter no nível ATP nesse primeiro semestre. Felizmente ele conseguiu entrada direta para os quatro torneios da gira sul-americana.

Já Marcos Daniel estreou contra o francês Jeremy Chardy, que é o 68 do mundo. Mais uma vez tinha gente dizendo que o brasileiro era favorito, apesar de nunca ter vencido um jogo de Grand Slam fora do saibro (onde só venceu um, após desistência). Obviamente o resultado foi frustrante. 6/4, 6/4 e 6/1.

Vamos torcer agora por um bom resultado na gira sul-americana, ou o tênis brasileiro vai viver um 2009 pior que o promissor 2008.

3 comentários:

Rui Viotti Filho disse...

No jogo do Marcos Daniel aconteceu o que eu esperava. O francê Chardy é superior em piso duro e o brasileiro não pôde fazer uma boa preparação, já que se contundiu no Aberto de São Paulo. Quanto ao Bellucci ficou uma dúvida, depois que seu carrasco, Lu, eliminou na segunda rodada um dos favoritos. E olhem que o Nalbandian vinha com muito ritmo, tendo vencido o forte ATP de Sydney. Pode ter sido azar do paulista, pegar o taiwanês justamente numa semana inspirada. Agora só na gira de saibro é que teremos uma idéia melhor das condições do Bellucci.

Anônimo disse...

Depois desses resultados ficaa pergunta...

Porque o Tênis Brasileiro tem plenas dificuldades em pisos duros ?

Abraço !

Rui Viotti Filho disse...

Porque a grande maioria dos nossos jogadores se formou em quadras de saibro. Já em outros países, como nos EUA, os tenistas aprendem a jogar em piso duro. Quando chegam ao profissionalismo, é uma vantagem considerável. Conta muito também o talento individual. O único top brasileiro, Guga, tinha nível suficiente para obter bons resultados em piso duro, embora o saibro fosse seu principal ganha-pão.