Hoje estou abrindo espaço para o Flávio, do blog Esporte Social, que escreve um texto sobre os pisos de quadras de tênis.
Discordo de alguns pontos que ele colocou, mas vou publicar o texto na íntegra para mais a frente contra-argumentar.
Fiquem a vontade para comentar.
"Qual o piso ideal para a prática do Tênis Social?
Com o crescimento do Tênis Social - aquele que não tem comprometimento nenhum com qualquer tipo de competitividade, e sim com a boa forma física e mental além de prover qualidade de vida mediante a recreação - se popularizou muito a abertura de novas escolas de tênis por todo o Brasil porém o país está em uma entre-safra de grandes atletas, e estamos sofrendo com uma "monocultura tenística" nos últimos 20 anos, no qual produzimos muitos atletas de qualidade em um determinado tipo de piso. Mas o que o piso tem haver com o esporte nosso dos finais de semana? E de que forma ele interfere na nossa performance e desenvolvimento técnico, tático e físico?
Ainda dentro desse panorama, temos um quadro no mínimo preocupante que é o fato de que poucos atletas brasileiros que obtém destaque em quadras rápidas, e o que fica como aviso desse pouco aproveitamento brasileiro é como está sendo feito o trabalho de base para as novas gerações, e para os amantes do esporte, e qual maneira possa ser desenvolvida não somente bons jogadores de um determinado piso, mas que seja revelados diversos talentos e todos os pisos; e o que cada tipo de quadra pode ter relação com o desenvolvimento do esporte social em sua aborgadem técnica e física?
Um dos fatores que contribuem para essa monocultura tenística são os tipos de quadras oferecidas pelos clubes pelo Brasil afora. Sem dúvidas o tipo de piso é fator direto para compreender o desenvolvimento em qualquer tipo de piso; negar isso é como admitir que os jogadores de Futsal teriam a mesma performance se a quadra fosse de grama, ou de terra. Eis aqui os princiáis tipos de superfícies e o que cada uma contribuí (ou não) para desenvolvimento da jogabilidade.
Mas vejamos as caractéristicas quanto a jogabilidade para cada tipo de perfil técnico, físico e tático em uma visão do esporte voltado a recreação e o desenvolvimento da saúde através do esporte.
SAIBRO: Este tipo de piso se caracteriza por sua superfície ser composta de pó de tijolo. A principal característica técnica deste piso é que ao quicar da bolinha no chão, a mesma perde muita velocidade mas acaba ganhando em efeito, o que consequentemente acaba tornando o jogo mais lento.
Prós:
- Boa para quem tem bom jogo de fundo de quadra;
- Boa quem está um pouquinho além do peso por exigir menos deslocamento;
- Ótima para desenvolvimento do drive.
Contras:
- Para quem não tem paciência para ficar trocando bolinha;
- Para quem gosta do estilo de jogo saque-voleio;
- Para quem não tem um bom arsenal de spins;
- Para quem não gosta de "surfar no saibro".
CARPETE: Quadra de surpeficíe dura, onde a bolinha obtém uma velocidade muito alta. Boa para quem tem bons reflexos e uma boa capacidade de deslocamento. Técnicamente é a quadra que oferece maior leque de possibilidades técnicas.
Prós:
- Para quem joga no estilo saque-voleio;
- Para quem tem bons saques;
- Para desenvolvimento físico;
- Para treino de devolução;
- Para desenvolvimento técnico-tático com aprimoramento de winners;
- Para aprimoramento do raciocínio tático.
Contras:
- Para quem está com sobre peso, que pode a vir gerar seja lesões por impacto;
- Para quem não tem um arsenal tático definido;
- Para quem não tem uma boa devolução de serviço.
GRAMA: Superfície muito irregular, é constituída de uma espécie de relva que não ultrapassa os 8mm. Devido ao fato de proporcionar menor resistência ao quique da bolinha, a mesma não perde velocidade e vai sempre em uma altura muito baixa da linha de devolução, e que além disso dependendo do quique a direção pode ser mudada drásticamente ,o que proporciona um jogo muito veloz.
Prós:
- Para o estilo de jogo clássico saque-voleio;
- Para detém um serviço muito bom;
- Para quem quer exercitar e desenvolver uma ótima devolução.
Contras:
- Para quem não tem uma boa-ótima devolução;
- Para quem gosta de drives na linha de base;
- Para quem não tem habilidade de subir a rede.
- Para quem não detém uma qualidade de spins no saque.
SINTÉTICA: Quadra de superfície muito veloz, onde o quique da bolinha vem em uma altura muito maior que as outras e de ritmo de jogo é bem veloz. Em grande maioria possuí um leve sistema de amortecimento de impacto devido a diversas camadas internas durante a construção.
Prós:
- Ideal para quem já possuí um desenvolvimento físico;
- Boa para o estilo de jogo saque-voleio;
- Favorece a utilização de recursos técnicos como spin, top spin, slices, etc.
Contras:
- Para quem está fora de forma;
- Para quem não possuí uma boa devolução;
- Para quem não detém de atributos técnicos e variação tática definidas."
Cultura da violência
Há 7 anos
Um comentário:
Olá a todos, muito interessante o tópico!
Sou de São Simão no interior de São Paulo e aqui temos uma quadra de saibro que no momento está desativada, entramos em contato com o prefeito e com empresas privadas para tentarmos a reativação dessa quadra municipal no intuíto de fomentar o tênis na cidade. O maior problema que enfrentamos agora é a falta de verba e principalmente de orientação técnica. Conseguimos o saibro de uma empresa de construção mas até onde eu sei não é esse saibro que é usado e sim uma mistura própria para o fim. Alguém do blog pode me indicar algum projeto ou alguém que entenda do assunto para que possamos ter um norte de onde começar com essa reforma? o meu e-mail é michaelnt8@gmail.com
Obrigado desde já!
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