quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Goodbye Dubai! Não sentiremos sua falta!

O circuito do WTA está em uma das suas etapas mais lucrativas, o torneio realizado em Dubai é o que tem um dos maiores prêmios em dinheiro e mais estrelas.
A israelense Shahar Peer, de 21 anos, teve seu visto negado para entrar no país e perdeu a oportunidade de lutar por 800 pontos, pela simples questão de ser cidadão israelense, e israelenses são proibidos de entrar no país.

Penso da seguinte forma, religiosamente falando, um país que quer investir em turismo, quer criar tradição de apoiador de esportes como tênis, deve mudar suas atitudes perante a este tipo de assunto, o tênis é um dos esportes mais globais que existe, sua turnê viaja o mundo e os atletas devem ser aceitos nos países como atletas e não como ameaça para a sociedade. Peer é uma atleta, devia ter sido respeitada como tal.

Agora, vendo por um lado esportivo, esse incidente vai trazer muita dor de cabeça para os representantes da WTA, ou não. Como eles vão recompensar uma tenista Top 50 com os pontos que ela não teve como disputar nesse torneio, e que com certeza dariam posições muito importantes para a caminhada para o top 20. Larry Scott, o ‘cara’ da WTA, fez um discurso bem respeitoso e político defendendo Peer, dizendo estar profundamente triste com o acontecido. Mas isso não resolve as coisas. Será que a WTA conseguiria fazer um torneio de pontuação equivalente e proibir tenistas Top 10 de participar, para tentar resolver o problema de Peer? Eu acho que não.

Então, o prejuízo fica pra quem não tem nada a ver com o assunto, o atleta. Que está viajando o mundo a trabalho, e tem que passar por humilhações desse tipo.

Para os xeiques eu digo: se vocês querem entrar no mundo atual, querem ter as coisas que os ocidentais gostam, então se adapte a esse mundo primeiro, para não estragar as coisas boas que temos. Que vergonha, hein!

4 comentários:

Lays Guerrero disse...

Fiquei pensando logo depois de terminar o post, só mais uma observação sobre o acontecido.

Se Nadal ou Federer fossem israelenses, o que os xeiques de Dubai fariam?

Aposto que seria diferente!

Volnandes Pereira disse...

Muito, muito bom mesmo o post.

Parabéns!

Anônimo disse...

Será que o bom senso vai vencer os petrodólares?

Sempre fui contra dois tipos de paises para sediar eventos esportivos...

1 - Eventos promovidos por culturas de cunho religioso;

2 - Culturas de cunho político que ferem os direitos humanos

Otimo post !

Daniel Gasparoto disse...

Post ótimo mesmo!
Também fiquei bem puto com a organização por banir a israelense.
Foi uma palhaçada sem tamanho.