quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Derrota esperada.

Passados alguns dias do confronto Brasil x Croácia válido pela Copa Davis, onde perdemos a chance de retornar ao Grupo Mundial da competição, podemos fazer uma análise mais racional do final de semana.
Quando o sorteio foi efetuado e o Brasil soube que iria enfrentar os croatas fora de casa, todos tinham total ciência de que uma vitória seria algo quase que impossível. Os europeus obviamente iriam escolher um piso bastante rápido e Marin Cilic, Ivo Karlovic e Mario Ancic são todos jogadores top do circuito, enquanto nosso time vinha lutando nos Challenger’s e pequenos ATP’s.
Tudo isso posto a mesa, podemos sem medo de errar afirmar que o confronto foi uma grata surpresa para o tênis brasileiro. Sem a presença de Marin Cilic, o time croata ficou um pouco menos forte, mas mesmo assim endurecer qualquer jogo de simples já seria bastante difícil.
Thomaz Bellucci, nosso número na semana passada havia jogado apenas uma partida em sua vida no carpete, exatamente na Davis do ano passado contra o austríaco Jurgen Melzer e perdido por triplo 6/4.
Na quadra dura o brasileiro participou de dois Master Series, sendo eliminado em ambos na primeira rodada, sendo que em um deles em sets diretos (e rápidos) por Ivo Karlovic, um ATP (onde também perdeu na primeira rodada) e o US Open, quando conseguiu sua única vitória na carreira até o momento em piso duro (contando os torneios maiores).
Já Thiago Alves, que acertadamente foi escolhido para a vaga de Marcos Daniel, prefere os pisos rápidos mas é um jogador ainda em nível challenger, apesar da clara evolução do seu jogo.
O que se viu no entanto foi um confronto equilibrado, onde prevaleceu a maior experiência dos croatas, que venceram 10 dos 11 tie-breaks disputados. Aliás, dos 13 sets jogados em simples, 9 foram para o desempate, com 8 vitórias croatas.
Nesse momento que o ranking, e conseqüentemente a maior bagagem emocional dos donos da casa, fizeram a diferença.
Para o futuro, no entanto, fica a certeza de que temos um time capaz de nos levar de volta ao Grupo Mundial. Chegando lá, dificilmente seremos capazes de vencer qualquer um dos nossos adversários, mas só de estar de volta à elite já será uma grande vitória. E a expectativa é que esse momento já aconteça em 2010.

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