quinta-feira, 23 de abril de 2009

Professores e proessores

É, eu voltei.

Nosso amigo e colunista Túlio, em um de seus comentários, falou de professores que ele conhece que sequer sabem as empunhaduras usadas para os golpes do jogo. Outro visitante do blog, ao conversar pessoalmente comigo, revelou que estava tendo aulas com um professor de futebol improvisado em uma quadra de tênis.

Eu mesmo já me peguei procurando professores para trabalhar comigo e me deparei com uma escassez de profissionais qualificados. E o aluno, o que pode fazer para não cair no golpe dos oportunistas de plantão?

Em primeiro lugar temos que ter a noção de que um bom professor não necessariamente será um exímio jogador. De nada adianta bater com perfeição se não consegue enxergar os erros no aluno. Muito menos se não consegue corrigir o mesmo.

Por outro lado, é inaceitável que o professor não tenha um nível de jogo condizente com o “cargo”. Resumindo, ele não precisa ser excelente, mas tem que ser no mínimo bom. O aluno tem que se espelhar nele, ao menos no primeiro momento. Mais importante do que ter um golpe eficiente é ter um golpe tecnicamente correto.

Além disso, o bom profissional é aquele que consegue observar o erro do aluno, do maior para o menor. De nada adianta perceber que você está movimentando demais o punho e deixar passar que não está havendo o giro do quadril. A tendência é que haja uma melhora muito mais significativa se conseguirmos girar o quadril da forma correta.

Outro aspecto fundamental de um professor de tênis é estar mais preocupado com o desenvolvimento do aluno do que com o dinheiro no final do mês. É triste ouvir, como canso de ouvir, coisas do tipo: “Ah, ele é bom professor, mas é uma pessoa muito difícil”. Nesse caso, tenham certeza, ele não é bom professor.

Pesquisem muito antes de contratar um professor. Façam aulas experimentais. Vejam no que ele pode te ajudar, certifiquem-se de que ele tem o CREF (registro junto ao conselho regional de Educação Física) e tenham bons treinos!

2 comentários:

Unknown disse...

eu tive 3 professores diferentes e ja vi outros 2 dando aulas e reparei algumas curiosidades que gostaria de saber sua opniao:
1- 4 desses professores nao treinam slice e costumam reclamar quando o aluno bate a esquerda com slice sendo que jogadores como federer por exemplo abusam desse recurso para varias o jogo.
2- alguns deixam muito o treinamento correr sem intervir nos erros para corrigir as falhas como tirar o olho da bola, flexionar joelhos, fazer a terminaçao correta etc, ja tive aulas de 2 horas sem que o professor nao parece o treino nenhuma vez para corrigir o que eu errava.
Dos 3 professores que tive o meu ultimo foi o que me trouxe melhores resultados com coisas simples como por exemplo dar enfase na regularidade dos golpes, com ele nao posso soltar golpes vencedores por enquanto e sim colocar a bola deslocando o adversario e isso esta me fazendo errar pouco, nao isolo mais bolas e vencer jogos de adversarios melhores e mais agressivos que eu mas que cometem muitos erros, pude reparar que em jogos amadores vc vence a grande maioria dos jogos em erros do oponente do que em golpes vencedores e tb no fato de insistir na terminaçao e o famoso "nao tira o olho da bola" alem de treinar muito a parte de footwork com exercicios mais especificos para essa parte.

Volnandes Pereira disse...

Diego,

1 - Em relação ao slice, o grande problema é viciar o jogador no golpe mais "fácil". Também não costumo treinar slice com iniciantes. Somente depois de ter uma regularidade no backhand que parto para o slice.

2- Aí realmente é complicado.

3- É isso aí. Não só em jogos amadores, mas na maioria dos jogos profissionais, também ganha quem erra mesno.