terça-feira, 20 de outubro de 2009

Copa Davis

Passado um pouco a dor pela derrota na repescagem do Grupo Mundial para o Equador, mais exatamente para o veterano Nicolas Lapentti, chega a hora de analisarmos o porque de estarmos ainda distante de termos uma equipe capaz de voltar à elite.

Primeiramente vamos recordar a era Guga. Naquela época, conseguimos alcançar as semifinais da competição. Foram duas vitórias em séries disputadas no saibro e uma tremenda surra de 5x0 que a Austrália nos aplicou na grama. Isso porque tínhamos um jogador que desequilibrava na terra batida.

Pois bem, a Copa Davis é uma competição onde não podemos depender de somente um jogador especialista em um piso. É uma competição por equipes, onde a diversidade de pisos faz com que sejam necessários mais do que dois jogadores top.

Vejamos a Espanha. Mesmo tendo Rafael Nadal, a equipe conta com diversos jogadores entre os melhores do mundo, alguns especialistas em pisos duros, como Feliciano Lopez. O sucesso da Espanha vai além de ter um ou dois bons jogadores. Lá existe uma estrutura de detecção de novos talentos e trabalho para desenvolvimento dos mesmos.

Não é por Thomaz Belluci ou Marcos Daniel perder para Nicolas Lappenti que o Brasil não voltou para o Grupo Mundial. A questão é muito mais profunda e passa diretamente pelos nossos dirigentes e as políticas públicas de apoio ao esporte.