segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Especial Bastidores

Galera, hoje o post vai ser curto.

Amanhã, terça-feira, às 20 horas, no Sportv vai passar um especial Bastidores com o Guga. Para quem ainda não adquiriu a série completa, o material é excelente. Não percam.

Estou com a idéia de colocar mais gente para escrever aqui.

Se alguém esiver interessado deixe um comentário.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Todos prontos para 2009

Dezembro chegando ao final e a temporada 2009 do tênis vai começar. Ao contrário dos anos anteriores, onde os principais jogadores só estreavam no Aberto da Austrália, dessa vez a ação começa mais cedo.

Logo na semana 1, que começa dia 5 de janeiro, Rafael Nadal, Roger Federer e Andy Murray estarão em ação em Doha, no Qatar. Já Novak Djokovic vai disputar Brisbane, na Austrália.

Na semana 2, onde serão disputados Sydney e Auckland, os quatro principais tenistas do ranking descansam e as maiores atrações serão Jo-Wilfred Tsonga, na Austrália e Juan Martin Del Potro, na Nova Zelândia.

Olhando as "entry-lists" vejo que Thomaz Bellucci poderia ter ido na semana 1 para Chennai, na Índia, onde teria vaga direto na chave principal. A pontuação é idêntica a de Brisbane, com 250 pontos para o vencedor.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Paredão

Muitos alunos me perguntam os benefícios do paredão para o seu jogo. Eles são realmente muitos, mas devemos ter a consciência de que em alguns momentos ele é ruim.

A primeira (óbvia) noção que devemos ter é que é impossível ganhar do paredão. Quanto mais forte batermos mais forte a bola vai voltar.

Posto isso sabemos que no paredão não iremos treinar nossos "winners". Acreditem, esse é um erro mais comum do que se imagina. Vá em qualquer clube e fique olhando o pessoal bater no paredão. Não vai demorar muito para aparecer alguém "soltando o braço".

O paredão é importantíssimo para aqueles que conseguem fazer o movimento correto, pois podem praticar bastante o controle, praticamente batendo sem mexer as pernas.

Para os muito iniciantes, a importância passa a ser completamente distinta. A maior dificuldade de quem está começando é saber onde a bola vai quicar. Como o paredão sempre devolve, passa a ser um bom exercício para "descobrir" onde ela vai.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Brasileiros nos ATP's

Um bom presente de Natal foi a divulgação das listas dos inscritos para os primeiros "250" (nova nomenclatura dos International Series) da temporada.

Assim como no Australian Open, Thomaz Bellucci e Marcos Daniel estão garantidos em Viña del Mar, no Chile. E, pela lista de inscritos, estão muito próximos de garantir uma vaga direta no Brasil Open, sem a necessidade de receber convite.

Já Thiago Alves, que começa a temporada na semana 2 em Salinas, no Equador, apesar de ser adepto das quadras rápidas, conseguiu vaga direto na chave do "250" de Johanesburgo, na África do Sul, que estréia no calendário nessa temporada.

Em duplas, Marcelo Melo e André Sá serão cabeça de chave 2 em Brisbane, enquanto Bruno Soares jogará ao lado do argentino Lucas Arnold Ker.

Se em 2008 o primeiro ATP a ser disputado por brasileiros foi na Costa do Sauípe, já podemos dizer que 2009 começa muito melhor.

O grande problema é que Tanto Bellucci quanto Thiago Alves dependem de um bom resultados nessas primeiras semanas, caso contrário perderão muitos pontos e terão que retornar rapidamente ao nível challenger.

Boa sorte a todos.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal

Hoje eu poderia falar sobre a confirmação de que nenhum brasileiro irá jogar o quali do Australian Open, ou então do Sabesp Futures, que está sendo realizado em São Paulo. Ou ainda comentar algo relacionado a técnica de jogo, contar algo ocorrido em alguma das minhas aulas. Ou ainda dizer que o Tulio veio aqui nos comentários dizer que a romena do post abaixo é bem melhor ao vivo do que nas fotos.

Mas no dia 24 de dezembro tudo o que vou desejar é um Feliz Natal.

Quero agradecer a todos que visitam o blog e que me fazem continuar com disposição de atualizá-lo praticamente todos os dias. Muito obrigado pela paciência.

Ho Ho Ho!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Sorana Cirstea



Bem, meu tempo que já era reduzido ficou ainda mais agora nesse final de ano. Além do sol abrir e eu hoje ter ficado das 7 da manhã às 22 horas ou dentro da quadra de tênis ou na academia, o horário de lazer, antes dedicado ao blog agora tem um concorrente sério que é o Arquivo Bastidores.

Mas, para não deixar os seguidores do blog na mão, ainda restam algumas fotos do nosso amigo Túlio (que também já comprou o bastidores), em Flushing Meadows.

A estrela da vez é a a romena Sorana Cirstea, de apenas 18 anos e atual 36ª do ranking e atual campeã em Tashkent.

Túlio ficou encantado. Eu acho que tem melhores no circuito, mas vale pelo menos uma olhada.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Arquivo Bastidores


No final de outubro, o Rui, da comunidade Tennis Masters, anunciou que o Sportv tinha encomendado um programa com os melhores momento do extinto "bastidores" (programa esse que vai passar no dia 30 de dezembro, as 8 da noite). Aproveitando o pedido ele gravou todos os programas em DVD e ofereceu para algumas pessoas.

Desde novembro estava enrolando para tomar vergonha na cara e ir no Itaú depositar o dinheiro dos DVD's (menos de 15 reais por disco). Essa semana finalmente depositei e estou aqui com os programas.

Amigos, não é brincadeira não. Para quem gosta de tênis é um prato cheio. Conta toda a história da época gloriosa do Brasil no esporte (1997-2001). Tem imagens deliciosas, tanto de Guga quanto de todos que participaram desse momento (Meligeni, Oncins, Simoni, entre outros).

Para se ter uma idéia, o cardápio inclui: Wimbledon/97, US Open/97, Miami/98. Roland Garros/98, Wimbledon/98, US Open/98, Australian Open/99, Copa Davis/99 (Brasil x Espanha e Brasil x França), Roma/99, Roland Garros/99, Wimbledon/99, US Open/99, Grand Slam Cup/99, Australian Open/2000, Santiago/2000, Copa Davis/2000 (Brasil x Eslováquia e Brasil x França), Roland Garros/2000, Toronto/2000, Cincinnati/2000, Masters Cup/2000, Monte Carlo/2001, Roma/2001, Hamburgo/2001 e Roland Garros/2001.

Não sei ainda se existem exemplares disponíveis, mas mesmo que não haja, ajudo a fazer campanha para o Rui gravar mais alguns kits. É algo simplesmente imperdível.

Para quem tiver interessado, mande um e-mail para ele, no endereço viottirf@gmail.com

Repito, é imperdível. E eu ainda nem cheguei no segundo disco do primeiro volume...

sábado, 20 de dezembro de 2008

Parece Brasil

Apesar de ter sido vice-campeã da Copa Davis em 2008, a situação na equipe argentina de tênis é bastante confusa. Após a final, quando foram derrotados pela Espanha, rumores levam a crer que houve bastante confusão no vestiário, com o astro da equipe, David Nalbandian chegando as vias de fato com seus companheiros.

Para complicar ainda mais a situação, a federação argentina escolheu Tito Vásquez, o que revoltou todos os tenistas. Os outros nomes cotados eram Guillermo Villas, Martin Jaite e Hernam Gumy.

Os jogadores vieram a público dizer que não foram sequer consultados. Del Potro e Cañas chamaram os dirigentes de mentirosos por terem afirmados que os jogadores apoiaram a escolha. Já Gastón Gaudio, além de atirar em Vásquez deixou boa parte da munição direcionada a Nalbandian, que segundo ele foi um líder negativo.

Nalbandian preferiu não comentar nem as declarações de Gaudio e nem a escolha de Vásquez, mas ficou claro que a escolha de consenso dos argentinos era Martin Jaite.

Crise parecida com essa fez o Brasil cair para a terceira divisão da Davis. Por enquanto pelo menos os argentinos ainda não falaram em boicote.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Sauípe em 2010?

Nem começou a temporada 2009 e já rola o boato de que em 2010 o Brasil Open vai deixar a Costa do Sauípe. Mais uma vez a tentativa é fazer lobby para trazer o torneio para um grande centro.

O alto custo do torneio (cerca de US$ 3 milhões), aliado a crise mundial e a demissão dos responsáveis pela parte de venda do torneio fazem apenas aumentar a boataria.

É fato no entanto que, apesar da localização paradisíaca, Sauípe é um local de difícil acesso, o que nunca vai ajudar na popularização do torneio. Com o caixa dos patrocinadores em baixa, a “entry list” ano após ano está mais fraca, o que acaba gerando um “dilema de tostines”.

Soluções? Vejo poucas. Da dita gira “sul-americana”, Buenos Aires e Acapulco são torneios que pagam melhor, Viña Del Mar e Sauípe acabam brigando por jogadores com ranking mais baixos. Aparentemente os chilenos tem levado vantagem nisso.

Trazer para um grande centro pode ajudar, mas com certeza não vai gerar o dinheiro necessário para resolver o problema de caixa.

Aliás, qual grande centro tem condições de bancar o torneio? São Paulo seria uma escolha óbvia, Rio de Janeiro seria o ideal, mas não parece ser uma cidade interessada nesse tipo de evento. Florianópolis já não tem mais o fator Guga.

É mais fácil o Brasil sumir do calendário em 2010 do que organizar um grande torneio. Infelizmente.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Comprar raquete ou tênis?

Sempre que alguém me procura para começar a jogar tênis é inevitável a clássica pergunta: Precisa levar alguma coisa?

Minha resposta é: Não, basta vir de short ou bermuda e um tênis sem travas. Raquetes e bolas tenho a vontade.

A primeira preocupação do aluno geralmente é comprar uma raquete, mas, se ele está apenas fazendo aulas e ainda não encontrou parceiro para jogar fora do horário, essa não deve ser a prioridade.

Mais importante do que adquirir uma raquete (visto que o ideal é que ele teste pelo menos três modelos com características bem diferentes) é comprar um tênis apropriado para o esporte.

É impressionante a quantidade de alunos que tenho que escorregam mais do que deveriam na quadra de saibro. E, todos eles pelo mesmo motivo: falta de calçado apropriado. Quando compram um tênis apropriado são unânimes em dizer que se sente muito mais confortável em quadra.

Tênis para jogar tênis existem muitos, diversos modelos, marcas, características e principalmente preços. Pesquisando bem e dando sorte de encontrar uma boa promoção dá para encontrar modelos mais simples na casa dos 100 reais. Já os top de linha estão custando cerca de 400 a 500 reais.

Para quem, como eu, fica pelo menos 8 horas por dia dentro da quadra, até vale a pena gastar um pouco mais, afinal os pés são instrumento de trabalho. Quem teve lesão de joelho, um modelo com amortecedor é muito importante. Para o público em geral, no entanto, um tênis mais simples é mais do que suficiente, com uma durabilidade bastante razoável.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Aberto de São Paulo

Mais uma vez o Aberto de São Paulo, torneio nível challenger, vai abrir a temporada do tênis brasileiro. A competição será disputada no parque Villa-Lobos na primeira semana do ano e terá entrada gratuita.

O torneio é uma prova de que não é impossível organizar competições aqui no Brasil. Ano após ano o challenger vem ganhando importância e cada vez mais recebe jogadores bem ranqueados.

Para 2009 temos cinco brasileiros garantidos na chave principal através do ranking. Marcos Daniel, Thiago Alves (atual campeão), Ricardo Hocevar, Franco Ferreiro e João Olavo Souza, o Feijão. Além desses, Flávio Saretta já recebeu convite.

Faltam distribuir ainda três convites. Um vai para o campeão do future da semana que vem aqui no Brasil e outro para o vencedor da semana seguinte. O último WC ainda não foi anunciado.

Entre os estrangeiros, destaque para o retorno de Juan Ignacio Chela, que não joga desde Roland Garros e a vinda do norte-americano Benjamin Becker (aquele que “aposentou” Andre Agassi).

Apostas? Espero que o título fique com um brasileiro mas estou achando meio difícil.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A volta dos que não (?) foram

Três jogadores que tiveram algum destaque no ranking mundial pretendem voltar a jogar em alto rendimento em 2009. O argentino Gaston Gaudio, o sueco Joachim Johansson e o norte-americano Taylor Dent.

Todos eles tiveram seu melhor ranking em 2005. Gaudio foi quinto do mundo, "Pim-Pim" Johansson nono e Dent 21º. O sueco e o norte-americano fizeram inclusive a final do torneio de Adelaide, com vitória do europeu por 7/5; 6/3.

Gaudio tem um dos mais belos backhands dos últimos tempos e está praticamente parado a um ano, aparentemente por ter se "cansado" do circuito. Voltou em um torneio exibição na Argentina e chegou até a final. Existe inclusive o boato de que será convidado para jogar o Brasil Open.

O sueco Johansson tinha como maior arma o saque. Talvez por isso tenha tido uma lesão crônica no ombro que o obrigou a "abandonar" a carreira no meio de 2005. De lá pra cá jogou pouquíssimos torneios. O único em 2008 foi o de Estocolmo, onde surpreendeu o mundo ao bater o francês Nicolas Mahut por 7/5; 7/6 (5). Na segunda rodada caiu frente ao arentino David Nalbandian.


Já o americano Taylor Dent também é um jogador que tem em seu saque o ponto forte, sendo o terceiro mais rápido da história, atrás apenas de Andy Roddick e Ivo Karlovic. Ele gosta de jogar saque e voleio e ficou quase dois anos parado por problemas nas costas.

Após cirurgia, retornou em 2008, disputando dois ATP's e perdendo na estréia. Sua última aparição foi no challenger de Champaign, onde bateu Frederic Niemeyer e Robert Kendrick e abandonou logo em seguida.

Boa sorte a eles em 2009.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Domingueiros

Outro dia demos algumas dicas para jogadores baixos. Hoje vou fazer um post dando algumas dicas para vencer o jogador mais chato que existe. Aquele domingueiro do clube que bate todo errado mas irrita qualquer um e gera uma série infindável de erros e raquetadas no chão.

Quando enfrentamos alguém assim temos que ter a consciência de que o menos importante é jogar bonito. Até porque o que o adversário quer é isso. Devemos logo no início observar quais as deficiências do nosso adversário. E normalmente são as mesmas.

O domingueiro dificilmente sabe atacar. Então temos duas opções para enfrentar isso. A primeira opção é ir para a rede. Logo na primeira oportunidade faça um approach sem pretensão de dar winner. Como o domingueiro não é bom de ataque, muito provavelmente ele vai dar um slice e o voleio será relativamente fácil.

O grande problema é que alguns domingueiros (boa parte deles) são mestres na arte de dar lobs. Mesmo que tenhamos um bom smash não será fácil bater um cara assim. Até porque no primeiro erro de smash o adversário cresce e nossa tendência é perder a cabeça.

Nesses casos, a melhor opção é trazer o adversário para a rede. Ao invés do approach, o melhor passa a ser a bola angulada. Esses jogadores normalmente tem bastante recursos com bolas curtas mal jogadas. Mas se chegarem atrasados na rede dificilmente conseguirão causar algum estrago.

Ou seja, capriche na bola angulada, principalmente aquele slice que quica ali no T, saindo da quadra. Essa é a bola para preparar a passada. Jogue um game com saque american twist e slice na segunda bola. Pode ser feio, mas vai fazer um belo efeito.

E, principalmente, não se estresse com os erros, eles acontecem. Tudo que o domingueiro quer é que você comece a jogar sua raquete no chão.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Luiz "Nico" Mattar

Para a garotada de 20 e poucos anos, o tênis brasileiro começou com as conquistas de Gustavo Kuerten. Para quem, como eu, tem na casa dos 30 anos, as conquistas ao vivo vinham com Luiz Mattar, o Nico. Obviamente o paulista não chegou nem perto de Guga em termos de glórias, mas foi na época o jogador que mais chegou perto das glórias de Thomaz Koch.

Mattar chegou a ser o 29º do mundo e conquistou sete títulos de nível ATP, sendo quatro em quadras duras, dois no carpete e apenas um no saibro. Foi tri-campeão no Guarujá, dois no Rio de Janeiro, um em São Paulo e outro em Coral Springs.

Para alcançar o top 30 Nico venceu uma batalha em uma arena construída na praia de Copacabana, ao vencer na final o argentino Martin Jaite, por 6/4, 5/7 e 6/4. Outra partida famosa de Mattar foi a final em Itaparica em 1987, onde foi derrotado pelo então cabeludo Andre Agassi, por 7/6, 6/2. Esse foi o primeiro título do adolescente americano.

Já na Copa Davis, Mattar fez dois jogos marcantes. Um contra Boris Becker, em 31/1/1992, numa arena montada no Barra Shopping. Sob um calor de 40 graus, Mattar teve várias chances de vencer, mas acabou derrotado por 6/4, 5/7, 1/6, 7/6(2) e 6/0.

A outra foi uma vitória heróica contra o equatoriano Andres Gomez, em confronto realizado no Clube Harmonia, em São Paulo, no dia 4 de outubro de 1987. O Brasil precisava vencer para voltar a elite da Davis. Na época Gomez era o décimo do mundo e três anos depois venceu Roland Garros.

O clima do jogo era de final de Copa do Mundo e começou com muitas emoções. Com Mattar sacando, Gomez desperdiçou quatro break-points e o game durou 19 minutos. Foi uma longa batalha, principalmente no quarto set, quando Nico perdeu por 10/8 e o Brasil parecia ver o sonho do grupo mundial mais distante. Mas com muita raça o brasileiro virou e venceu por 6/3; 1/6; 8/10; 6/2 e 6/1.

Para mim, a recordação desse jogo são os gritos de Luciano do Valle e a torcida invadindo a quadra. Se Ivan Lendl (tem um post sobre ele aqui) era meu ídolo maior, Nico era o brasileiro que eu esperava subir cada vez mais no ranking.

sábado, 13 de dezembro de 2008

O jogo do ano

No mar de enquetes que assolam os blogs e fóruns de tênis em dezembro, a que mais aparece e chama a atenção é a que fala sobre o jogo do ano. É quase unanimidade a escolha da final de Wimbledon, entre Rafael Nadal e Roger Federer como tal.

A fantástica partida, marcada pelas paralizações causadas pela chuva, pela incrível reação de Federer e no final pela improvável e histórica vitória de Nadal, teve todos os ingredientes que uma final de Grand Slam merece.

Como esse jogo parece ser hors-concours, qual outro jogo poderia ser colocado como jogo do ano?

Cito alguns que achei muito bons. O Australian Open teve excelente partidas, algumas marcantes. Marcos Baghdatis x Lleyton Hewitt (a batalha da madrugada), Phillip Kohlschreiber x Andy Roddick e Roger Federer x Janko Tipsarevic.

Em Wimbledon, Richard Gasquet e Andy Murray protagonizaram um belo duelo, enquanto no US Open, Murray esteve presente em duas grandes partidas também. A belíssima virada contra Jurgen Melzer e a semifinal contra Rafael Nadal.

Nadal e Novak Djokovic fizeram um jogão nas semifinais da Olimpíadas que infelizmente terminou com um “bizarro” smash do sérvio para fora. O espanhol também protagonizou ao lado de Gilles Simon uma bela partida no Masters Series de Madrid.

E vocês, se lembram de outros grandes jogos da temporada?

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Australian Open

Saiu a lista dos jogadores inscritos no Australian Open e, como já era esperado, dois brasileiros conseguiram entrar direto na chave principal. Thomaz Bellucci e Marcos Daniel. Thiago Alves ficou como décimo terceiro alternate e dificilmente garantirá uma vaga sem jogar o quali.

Olhando a lista é curioso perceber que todos os top 115 estão inscritos, sendo que os 100 primeiros e mais quatro jogadores com ranking protegido (Juan Ignacio Chela, Taylor Dent, Stefan Koubek e Andrei Pavel) já estão garantido para o evento principal.

Entre os favoritos o grupo é o mesmo daqueles que terminaram o ano no topo: Rafael Nadal, Roger Federer, Novak Djokovic e Andy Murray no primeiro escalão e vários jogadores entre os que podem ser a grande surpresa do início da temporada.

A grande pressão está sobre Novak Djokovic, que pode sair de Melbourne como número 2 do mundo como pode ver Andy Murray chegar para brigar pela sua posição. Jo-Wilfred Tsonga também tem muitos pontos a defender do vice-campeonato de 2008.

Entre os brasileiros, Thomaz Bellucci pode surpreender pois está fazendo toda sua preparação visando as quadras rápidas. Já Marcos Daniel, que declarou que vai dar mais atenção ao saibro, dificilmente terá um bom resultado.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Jogadores baixos

Final de ano é aquela época onde procuramos assuntos para poder falar aqui no blog. Poderíamos ou partir para as fofocas ou falar de assuntos relacionados ao tênis. Prefiro a segunda opção. Para isso é fundamental ouvir as opiniões de vocês, para complementar meus posts.

Hoje vou falar sobre um assunto levantado pelo Thiago. Ele pediu dicas para seu jogo, afirmando ser baixo para o tênis.

Como em 90% dos esportes (até o futebol está entrando nessa), cada vez mais um tipo físico está sendo ideal para a prática do tênis. Se no handebol, vôlei e basquete os jogadores de mais de 2 metros de altura estão dominando, no automobilismo e no turfe são os menores de 1,75m. E no tênis.

Falando em termos de circuito profissional (não analisei dados, apenas estou comentando de olhômetro) são os atletas entre 1,85 e 1,95m que tendem a ter mais sucesso. E porquê isso?

Jogadores muito altos apesar de terem maior facilidade em sacar, terão dificuldades em devolver as bolas que para os “normais” estariam na linha da cintura. Para eles essas bolas estão lá no joelho.

Já os mais baixos precisam ter um jogo de pernas excepcional para percorrer o espaço que um grandalhão percorre com poucas passadas. Além disso, o “baixinho” é prejudicado no momento do saque, onde tem que golpear a bola para frente ao invés de para baixo e, como tem a envergadura menor, ao fazer o “swing”, precisa gerar maior aceleração em menor espaço.

Já os jogadores entre 1,85 e 1,95m conseguem reunir algumas das vantagens dos “gigantes” e por outro lado não perdem a agilidade dos “baixinhos”.

E quais seriam as dicas para os mais baixos? Treinar bastante o jogo de pernas, para conseguir se antecipar em todos os momentos, ter mais toque do que os demais, ou seja, ter uma maior variação de jogo, acertar um maior percentual de primeiro saque (sacar a cerca de 70% da potência máxima) e principalmente fazer o adversário jogar sempre uma bola a mais (ser regular, como falamos a alguns posts).

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Beliscar um ATP?

Final do ano é sempre época de criar notícias, em qualquer esporte. No tênis não poderia ser diferente. Depois do assunto Thomaz Bellucci e a troca de técnico, a bola da vez é Marcos Daniel.

Em uma pesquisa rápida, achei entrevistas de Marcos Daniel ao final das temporadas de 2005, 2006 e 2007. Ou seja, todo final de ano, sem notícias relevantes, buscam alguma declaração bombástica. Felizmente o gaúcho é bastante pé no chão e não costuma dar essa brecha.

Porém, esse ano, Marcos Daniel declarou: Quero tentar beliscar um ATP.

Pronto, foi a festa.

Obviamente todos querem beliscar um ATP. Jogadores piores do que ele já conseguiram, em semanas inspiradas onde tudo conspirou a favor. Mas daí a ter isso como objetivo é um caminho muito mais longo.

Certamente Marcos Daniel sonha em um título de primeira linha. Mas também tem consciência que seu melhor resutado até hoje foi uma quartas de final.

Portanto, sonho e realidade estão distantes. O que ele deve fazer é trabalhar duro (como sempre fez), para unir os dois. Se o tal título vier, ótimo. Caso contrário, que seja um ano de bons jogos e mais um ano de top 100.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Promessas que podem estourar

Já que o post sobre as previsões para 2009 deu o que falar, principalmente no Orkut, vamos falar hoje dos jogadores que podem deixar de ser promessas e tem tudo para estourar em 2009. Não irei falar de Juan Martin Del Potro, Jo-Wilfred Tsonga e Gilles Simon, que já são realidade e sim daqueles que ainda estão um pouco abaixo.

Para mim a sensação da temporada vai ser o croata Marin Cilic. Ele já poderia ter terminado o ano de 2008 em grande estilo, mas uma contusão atrapalhou seu final de temporada. Já o letão Ernest Gulbis é um que está sempre a beira do “estrelato” e para muitos é apontado como a bola da vez. Apesar do enorme talento eu não colocaria minhas fichas nele.

Um pouco abaixo de Cilic eu colocaria dois jogadores. O japonês Kei Nishikori e o argetnino Eduardo Schwenk. Nishikori venceu seu primeiro ATP em 2008 e veio subindo de nível no decorrer da temporada.

Já Schwenk teve uma rápida ascensão no início da temporada, rivalizando com o brasileiro Thomaz Bellucci nos challenger’s no saibro. Porém, com a ajuda de uma boa chave avançou algumas rodadas em Roland Garros e conquistou boas vitórias no saibro europeu após o Grand Slam francês.

Espero para que Thomaz entre nesse grupo, mas não acredito que isso seja tão imediato. Mas não custa nada torcer.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Temporada 2009

Começam a sair as listas de inscritos para os primeiros torneios do ano que vem. Logo na primeira semana já vemos que Thomaz Bellucci vai deixar de jogar o Aberto de São Paulo, torneio de nível challenger, onde defende uma quartas de final, para se arriscar no quali do forte torneio de Brisbane.

Como tem vaga garantida no Australian Open o brasileiro prefere fazer a preparação final na Oceania para diminuir o desgaste da viagem. Isso mostra que Thomaz tem planos grandes para 2009.

Por outro lado pode ser algo perigoso, visto que com a perda dos pontos de São Paulo, corre sério risco de sair do Top 100, o que pode comprometer sua entrada nos torneios da gira sul-americana no saibro, onde a expectativa por bons resultados é muito grande.

Tudo isso é uma escolha, Thomaz está preferindo correr o grande circuito e nisso temos que dar todo o apoio. Esperamos que consiga furar o quali em Brisbane e andar uma rodada em Melbourne, o que lhe garantiria preciosos pontos.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Regulariade

Essa é talvez a palavra mais importante no tênis. Para os iniciantes e intermediários, sempre, eu disse sempre, determina o vencedor de uma partida. Para os avançados, em boa parte das vezes também. Já entre os profissionais, cada vez mais isso também se torna uma regra.

O que justifica aquele senhor que joga aos domingos, batendo só de slice, da forma mais feia possível, vencer aquele outro que faz aula duas vezes por semana, tem excelentes golpes? A regularidade. Não adianta ter excelentes golpes se você só coloca 50% deles em quadra. O excelente golpe só vai ser vir quando ele funcionar sempre. Quando fizer parte do seu jogo, quando for regular.

Tenho dois alunos que são excelentes exemplos a serem citados. Um tem 14 anos e uma paralela de direita que dá gosto ver. O outro tem 19 e um saque que é praticamente impossível de devolver. Quem vê os dois batendo se impressiona e logo diz que jogam demais.

O grande problema é que a tal paralela entre uma vez a cada quatro tentativas e o ace vem sucedido de duas duplas-faltas. Resumindo, tenho alunos que são bem menos talentosos que os dois, mas sempre acabam vencendo, por serem extremamente regulares.

E como resolver isso? Jogo, muito jogo. Aulas com situação de jogo sempre, "punindo" o erro. Nunca fazer drills só por fazer, ter sempre um sentido competitivo neles.

Aí entra um tópico que comentei lá no início do blog. As aulas em grupo. Como vocês sabem, sou defensor delas, mas aplicadas de forma correta. Esses dois alunos são oriundos de locais onde faziam aula em grupo. Só que ao invés de situações de jogo eram expostos aquelas intermináveis filas, onde entravam, batiam duas bolas e esperavam dois minutos pra bater de novo. Dessa forma, até criaram bons golpes, mas nunca serão regulares.

E como fazer uma aula em grupo ter situações de jogo? Simples, vou contar um exemplo que aconteceu comigo ontem:

Depois de um interminável período de chuvas aqui no Rio de Janeiro, abriu finalmente um belo sol. Meus alunos de sete horas da manhã, que sabem que gosto de dar aulas pra muita gente e sabem também que podem ter mais tempo de quadra pagando menos desde que aceitem que um entre na aula do outro, resolveram aparecer todos juntos. Na verdade não foram todos, foram cinco.

Como fazer com que cinco pessoas que batem relativamente bem consigam jogar, se divertir e aprender ao mesmo tempo?

Simples, dividi em dois grupos, um de dois e outro de três. O lado com dois alunos sempre ficava com os dois em quadra. Já o com três jogava um de cada vez. E a partir daí fizemos vários exercícios onde o objetivo era que aquele que estivesse sozinho tivesse regularidade.

No primeiro exercício ele tinha que bater só na paralela, depois defender um smash para começar o ponto, depois uma esquerda rasante, uma bola aleatória e assim por diante. Ganhava o ponto, continuava em quadra, perdia saía. Perdia uma seqüência grande, ia para o lado com dois.

Resumo da aula: Todos saíram cansados, satisfeitos e muito mais regulares do que chegaram. O risco com que jogaram foi menor, pois um erro fazia sair.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Briga por alguns pontinhos

Se o calendário da ATP chegou ao final com a Tennis Masters Cup, os jogadores ainda brigam por alguns pontos jogando os últimos challengers e futures da temporada. Os últimos challengers do ano foram disputados nessa semana, em Lima, Cancún e no Japão.

E com isso continuamos a ver jogadores fazendo calendários que prejudicam um bom planejamento para o ano de 2009. Vou dar o exemplo do gaúcho Marcelo Demoliner, que começou o ano em 802º do ranking e está atualmente em 425º. Ele, que conseguiu um título de Future, havia terminado a temporada no início do mês. Inexplicavelmente apareceu na chave do Challenger de Lima. Além de perder na primeira rodada, parou a preparação para 2009 para viajar. A consequência disso pode ser péssima, atrasando todo o início de temporada.

Essa época do ano deveria ser utilizada para que os jogadores que tiveram um ano de 2008 ruim conseguissem alguns pontinhos. Por esse lado, Julio Silva, que aliás foi quem eliminou Demoliner no Peru, conseguiu andar uma rodada e somou cinco pontinhos. Sergio Roitman e Luis Horna foram outros que aproveitaram para diminuir um pouco o prejuízo.