domingo, 30 de novembro de 2008

Previsões para 2009

Vou me arriscar a falar um monte de baboseira, mas como a temporada chegou ao final acho que é a hora ideal para fazermos previsões para 2009. Já adianto que em novembro ou dezembro do ano que vem NÃO aceito reclamações de quem perder dinheiro por apostar no que eu disser aqui.

Em relação à briga pelo primeiro lugar no ranking sou bastante direto. Teremos um novo número um. E ele não será Roger Federer.

Não acredito que Nadal agüente o ritmo imposto esse ano. Acho que ele vai cair bastante de rendimento. Já Federer me parece que vai se dedicar bastante aos Grand Slams e tem tudo para pelo menos empatar com Sampras.

Seria Djokovic minha aposta? Não. Coloco minhas fichas no escocês Andy Murray como líder do ranking em 2009. Aposto em Murray no Australian Open, em Nadal em Roland Garros e em Federer para Wimbledon e US Open.

Vou ainda mais longe nas minhas previsões. Para a Masters Cup classificam-se Murray, Federer, Nadal, Djokovic, Juan Martin Del Potro, Jo-Wilfred Tsonga, Gilles Simon e Marin Cilic.

E os brasileiros? Coloco Thomaz Bellucci entre os 50 do mundo. Já Marcos Daniel não acredito que feche o ano entre os 100 melhores, até pela mudança na pontuação, que diminui a importância dos challenger’s. Thiago Alves acredito que possa brigar para ficar entre os 100 melhores.

Bem, torço para que algumas previsões se realizem (Federer vença dois Grand Slams, Bellucci fure o top 50) e que outras não (Murray líder do ranking), mas fica aí o registro do que acho para 2009.

sábado, 29 de novembro de 2008

Biótipo

Hoje vamos continuar falando sobre o post de musculação. Outra dúvida que havia surgido era em relação ao biótipo dos tenistas.

Podemos comparar as características físicas do tenista com as do atleta do voleibol, por suas ações serem bastante semelhantes. E quais seriam essas características?

Normalmente os tenistas são atletas magros e altos. Por que isso? Exatamente por aquilo que falamos anteriormente. O jogador de tênis não tem necessidade de ser forte, e sim veloz. Braços longos ajudam bastante para gerar aceleração, enquanto muita massa muscular atrapalha a movimentação.

Obviamente o passar do tempo e as novas teorias de treinamento vêm criando atletas cada vez mais forte, mas isso é uma característica de todos os esportes, desde o futebol (vejam como Ronaldinho Gaúcho mudou o corpo da época do Grêmio para hoje em dia), passando pelo basquete (esporte de contato, onde massa muscular é bastante importante) até o vôlei e o tênis.

No vôlei, por exemplo, hoje em dia já temos atletas mais musculosos, principalmente os de meio de rede. O mesmo ocorre no tênis, onde algumas exceções apresentam musculatura protuberante, como é o caso de Rafael Nadal. Isso no entanto não é regra e está longe de ser o mais indicado para o esporte.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Resistência e Potência

Como o post sobre musculação e tênis gerou bastante discussão tanto por aqui quanto no orkut, resolvi me aprofundar um pouco mais no tema. Vamos falar de uma forma simples sobre o que seria um treino para resistência e outro para resistência.

Quando falamos de resistência dentro de uma sala de musculação, normalmente estamos falando de séries com cerca de 15 repetições. Quando nosso amigo Sérgio fala sobre fazer 50 repetições com o elástico fisioterápico, ele está fazendo um trabalho errado.

Se a musculatura dele agüenta essas 50 repetições, quer dizer que a carga está baixa e o treino não está alcançando o objetivo. Pior ainda, pode causar lesões. A melhor solução para o caso dele seria aumentar a carga e fazer 3 séries de 15 repetições, em dias alternados.

Já o treino de potência é até semelhante ao de hipertrofia em termos de volume. Normalmente três séries de 8 ou 10 repetições, com a diferença de ser realizado em velocidade um pouco superior. Vejam bem, um pouco superior, não velocidade máxima.

E em relação a quais exercícios fazer? Obviamente cada caso é um caso, mas existem grupamentos básicos a serem trabalhados.

Para troncos e membros superiores, peitorais, dorsais, tríceps e bíceps braquiais, como em todas as séries de musculação. Além disso é importante trabalharmos o complexo do manguito rotador e o antebraço.

Já nos membros inferiores, quadríceps femoral, posteriores de coxa, adutores e abdutores de coxa e tríceps sural.

Lembrando sempre que tão ou mais importante do que o trabalho nos membros superiores, deve ser o nos inferiores.

Um bom planejamento de treino seria planificar durante o ano dividindo de forma que na fase de adaptação trabalhe-se resistência para no mesociclo seguinte trabalhar potência e assim sucessivamente.

Não se esqueçam que um bom treino sempre é acompanhado por um profissional de educação física que tenha conhecimento de tênis.

Bons treinos!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Promoções

Pessoal, no último final de semana batemos a média de 100 visitantes por dia durante os últimos 30 dias. Isso já me dá a possibilidade de começar a pensar em fazer promoções para os visitantes aqui do blog.

Já comecei a correr atrás de apoio para essas promoções e pelo menos alguns tubos de bolinhas já temos garantido para premiar os vencedores.

Agora alta definir qual promoção iremos fazer. Alguém tem alguma idéia de como poderíamos operacionalizar isso?

Estou pensando em fazer promoções com duração de um ou no máximo dois meses, onde cada um aposta no vencedor dos torneios da ATP e challenger a cada semana, o que vocês acham?

Como funcionaria isso? Por exemplo: na semana temos o torneio de Chennai e de Auckland (exemplo fictício, sequer olhei o calendário). Ao mesmo tempo temos o Challenger de São Paulo, um no Uzbequistão e outro em algum canto do mundo. Cada participante aposta no campeão de cada torneio. Cada acerto vale um ponto. Ao final de oito semanas quem acumular mais pontos leva o prêmio.

Alguma outra sugestão?

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Musculação e tênis

Bem no início do blog, nosso amigo Sérgio levantou uma questão interessante a ser discutida. Hoje, quase dois meses depois, finalmente vou entrar no assunto. Musculação ajuda ou atrapalha o tenista?

Antes de dar uma resposta simples, vamos analisar alguns dados.

O mais importante é termos a noção de que a bola de tênis não é golpeada com força e sim com velocidade. Portanto, de nada nos adianta fazer força para bater. Aliás, fazer força só atrapalha, quanto mais relaxado estivermos melhor.

Sendo assim, devemos primar por aquilo que faz gerar velocidade. A aceleração e a amplitude de movimento. A noção de que nosso corpo é uma série de alavancas é muito importante.

Voltando ao caso da musculação, temos que saber qual tipo de objetivo devemos alcançar. Podemos dividi-los em: Força máxima, hipertrofia, potência e resistência.

Desses, descartamos a força máxima, que praticamente não é treinada em nenhuma academia (seriam séries máximas de 2 repetições). A hipertrofia sim pode atrapalhar o tenista, desde que seja exagerada, por encurtar a musculatura. Já a resistência pode ser positiva para o tenista.

Mas o mais importante de analisarmos é a potência. Séries com cerca de oito repetições, realizadas com velocidade. Essa valência é fundamental para que possamos gerar aceleração para a execução do golpe.

Resumindo, a musculação por si só não pode ser considerada nem positiva nem negativa. O que deve-se saber é o tipo de trabalho que está sendo realizado.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Final de semana dos coadjuvantes

E o que ninguém esperava aconteceu. Mesmo sem Rafael Nadal a Espanha bateu a Argentina por 3 a 1 em plena Mar Del Plata e conquistou o título da Copa Davis.

Não vou falar de sexta e sábado pois as análises estão logo aí em baixo. Vou me ater ao jogo de ontem, entre Fernando Verdasco e Jose Acasuso.

Nervosismo a parte, o jogo foi um verdadeiro anti-clímax da empolgante temporada que tivemos em 2008. Em um ano onde Nadal tomou a liderança do ranking de Roger Federer, onde Novak Djokovic venceu seu primeiro Grand Slam e de quebra a Masters Cup, onde Andy Murray entrou na briga pelos grandes títulos e que marcou o surgimento de inúmeros outros jogadores, assistir Fernando Verdasco contra Jose Acasuso na Davis foi no mínimo chato.

A partida, vencida pelo espanhol por 6/3, 6/7 (3), 4/6, 6/3 e 6/1, foi um festival de erros. Não tenho as estatísticas aqui, mas o número de erros não-forçados com certeza foi enorme. E mais do que isso. Foram bolas que saíam muito, smashes fáceis jogados no pé da rede e por aí vai.

Eu, particularmente, estava torcendo por Acasuso. Não por querer que a Argentina vencesse, mas sim por achar que uma decisão entre David Nalbandian e Feliciano Lopez era um jogo com muito mais cara de final de Copa Davis.

Lopez é apenas o sexto melhor espanhol no ranking de entradas, atrás de Nadal, David Ferrer, Verdasco, Nicolas Almagro e Tommy Robredo. Palmas para Emilio Sánchez, que teve coragem de colocá-lo como títular em um piso que o ajudava muito. E palmas obviamente para Lopez também, que foi o grande herói do título ao fazer o ponto mais improvável de todos, ao bater Juan Martin Del Potro e ainda por cima tirar o atual nono do ranking do restante do confronto.

Com o duro calendário imposto pela ATP, é cada vez mais importante para um país que sonha vencer a Davis, ter vários jogadores bem colocados no ranking. A Espanha, por exemplo, tem seis jogadores entre os 30 primeiros e 15 no top 100. Já a Argentina, tem "apenas" dois top 30 apesar de ter nove top 100.

Com esses números, o que dizer do sonho brasileiro de conquistar uma Copa Davis?

domingo, 23 de novembro de 2008

Vai dar zebra?

Quinta-feira escrevi aqui que a Argentina era franca favorita para conquistar o título da Copa Davis na final contra a Espanha que está sendo realizada em Mar Del Plata. Com a ausência de Rafael Nada, nada mais óbvio do que imaginar que Nalbandian e Del Potro iam facilmente levantar o troféu.

Na primeira partida o script foi seguido a risca, com Nalbandian atropelando o espanhol David Ferrer, por 6/3, 6/2 e 6/3.

As surpresas começaram na segunda partida. Primeiro, Emilio Sánchez, capitão espanhol, trocou Fernando Verdasco por Feliciano Lopez. E Lopez, exímio voleador, fez uma partida incrível e após perder o primeiro set por 7/5, conseguiu a virada. Mais do que a derrota, o jogo ainda tirou Juan Martin Del Potro do confronto, o que deixou os argentinos em posição complicada.

A dupla, que até então parecia ser uma partida sem muita importância, passou a ser um jogo fundamental, tanto que o capitão argentino Alberto Martín, escalou David Nalbandian ao lado de Agustín Calleri. Pelo lado espanhol jogaram Verdasco e Lopez.

A partida foi emocionante, mas de altos e baixos. Os argentinos venceram o primeiro set por 7/5 e perderam o segundo por 7/6. A terceira parcial foi a mais emocionante e decisiva. Os espanhóis chegaram a abrir 5/1 e saque.

Verdasco foi para o saque e chegou a desperdiçar um set-point. Os “hermanos” buscaram o set na raça e levaram para o tie-break, onde chegaram a abrir 5/1 e saque para Nalbandian. Quando ele ia sacar o segundo serviço alguém na platéia gritou Espanha e gerou uma dupla-falta. Daí em diante os espanhóis dominaram e conseguiram “revirar” o set, fechando em 7/5.

O quarto set foi bem parecido com o terceiro. Os espanhóis chegaram a ter 5/1, 40/15 e permitiram a quebra. Porém, no game seguinte, Fernando Verdasco foi perfeito e ajudou a quebrar o saque de Calleri, fechando o jogo em 6/2.

E para domingo?

Ainda bem que não consegui postar no sábado a noite. Apostaria todas as minhas em Verdasco contra Acasuso, mas pelo visto a partida vai se desenhando para uma vitória argentina.

Depois, Nalbandian vai ter obrigação de superar o cansaço e os voleios de Feliciano Lopez para vencer a série. Essa partida promete e muito, visto que são os dois melhores jogadores no confronto até o momento. Se o físico permitir, acho que o argentino tem boas chances de vencer.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Menos importância para os challenger's

Com a temporada 2008 encerrada e enormes mudanças no sistema de pontuação para 2009, podemos dizer que o tênis brasileiro saiu prejudicado.

Resumindo bastante, os Grand Slams e os antigos Masters Series dobraram a pontuação, passando a valer respectivamente 2000 e 1000 pontos. Os principais ATP’s valerão 500 pontos (a grande maioria dobrou de valor, mas alguns valiam 225) e os menores distribuirão 250 pontos para os campeões (antes davam 175).

E onde entram os brasileiros nisso? Até 2008, um título de challenger grande valia mais de 50% de um título de ATP pequeno. Para 2009, um título de ATP pequeno valerá 250 pontos, enquanto um de challenger de 125 mil valerá 100 pontos.

Com isso, furar o top 100 jogando challenger’s será muito mais difícil, com o calendário tendo que ser bastante repensado. Jogar quali de ATP em alguns casos será muito mais interessante do que vencer challenger’s.

O grande problema para os tenistas brasileiros será o custo de tudo isso. De uma coisa não podemos reclamar atualmente. Temos um belo circuito challenger na América Latina, o que permite nossos jogadores de brigar por pontos sem ir para muito longe de casa.

Como conseqüência disso veremos um top 80 muito mais estável durante todo o ano. Dificilmente Marcos Daniel e Thomaz Bellucci terão a chance de voltar a ser top 70 sem ir longe em torneios ATP’s.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Copa Davis

Vai chegando a hora da decisão da Copa Davis, entre Espanha e Argentina. O que era para ser “o” evento da América do Sul em termos tenísticos nos últimos anos, ficou um pouco esvaziado com a ausência do atual número 1 do mundo, o espanhol Rafael Nadal.

Sem Nadal o favoritismo fica todo com os argentinos, que irão contar nas partidas de simples com David Nalbandian e Juan Martin Del Potro, dois jogadores que terminaram o ano jogando bem.

Nalbandian foi vice-campeão do Masters Series de Paris e, pelo segundo ano consecutivo bateu na trave de entrar na Masters Cup. Já Del Potro jogou e caiu na primeira fase da competição realizada em Shanghai. Apesar de cansado da dura temporada, o jovem tenista ainda parece ter alguma lenha para queimar. Os outros convocados são Agustín Calleri e Jose Acasuso.

Já pelo lado espanhol o líder da equipe deve ser David Ferrer, com Fernando Verdasco jogando a outra partida de simples. Feliciano Lopez e Marcel Granollers completam o time. Ferrer está em péssima fase, despencando no ranking de entradas da ATP (fechou o ano em décimo-segundo, após chegar a quarto no início do ano) e Verdasco também já passou do seu melhor momento na temporada, que foi no meio do ano.

O confronto, que era completamente indefinido passou a ter a Argentina como franca favorita. Não vejo como, em condições normais, a Espanha protagonizar uma zebra. A única partida que colocaria os espanhóis como ligeiros favoritos é a dupla, e mesmo assim em uma partida de difícil prognóstico, pois nenhum dos oito convocados são duplistas natos.

Assim, aposto no título da Argentina em 3x1, com David Nalbandian fazendo o ponto vencedor e saindo de Mar Del Plata como herói.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Bellucci, Zwetsch e o futuro

Não demorou muito para Thomaz Bellucci anunciar João Zwetsch como seu novo treinador após romper a parceria com Léo Azevedo. O fato de já ter anunciado o nome do treinador é extremamente positivo, pois quanto antes começar o planejamento, melhor ele pode ser desenvolvido.

Foi um tanto decepcionante a escolha de Zwetsch para o cargo. Até daria para entender caso Thomaz optasse por um treinador com mais experiência que Azevedo. Aqui no Brasil as opções seriam Larri Passos e Ricardo Acciolly, o Pardal. Já a troca que foi feita, em termos de bagagem, foi seis por meia dúzia.

A boataria dizia que o novo treinador viria do sul. Com isso Pardal estaria fora da lista. As opções seriam quatro: Larri Passos, Marcus Vinícius Barbosa, o Bocão, João Zwetsch e Fernando Roese.

Larri era uma escolha muito difícil, dificilmente Thomaz se adaptaria ao seu estilo. Zwetsch e Roese eram vistos como retrocesso e a escolha mais óbvia seria Bocão. Ledo engano. Bellucci apostou em João e parece seguir o caminho traçado por Flávio Saretta, de trocar de treinador como troca de cordas.

Só relembrando, João Zwetsch foi o treinador demitido por Saretta no meio de uma partida em Roland Garros por conta de uma discussão. Como ponto positivo, foi com ele que o mesmo Saretta alcançou sua melhor fase na carreira.

Resta agora torcer, apesar de achar que a troca foi equivocada.

PS: O Guilherme, dono das comunidades do Thomaz Bellucci, Simone Bolelli e Philipp Kohlschreiber ta dando uma força pro blog nas comunidades. Aí vão os links para vocês visitarem:
Bellucci:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=38107498

Bolelli:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=38141981&refresh=1

Kohlschreiber:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=32199306

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Voleio

Ainda não vai ser hoje que falarei sobre o "fim do saque e voleio", como já me pediram para falar aqui. Acho esse tema interessante, mas atualmente está meio lugar comum falar sobre isso. Vou tocar em outro aspecto que acho interessante sobre esse assunto. Vocês já perceberam com as crianças adoram volear e smashar?

As minhas aulas mais movimentadas envolvendo crianças são aquelas que fazemos competições de voleios e smashes. Ainda não encontrei um motivo certo para isso, mas imagino que seja a emoção de bater uma bola "difícil e forte".

Sendo assim, utilizo bastante os voleios nas minhas aulas. E aí surge uma nova questão. Será que não podemos criar bons voleadores para o futuro? Não sei a resposta para a pergunta, mas estou tentando fazer isso, incentivando a garotada a matar os pontos na rede.

Os desafios que encontro são os seguintes: Convencê-los a não fazer swing volley, volear de backhand com apenas uma das mãos e virar de lado para o smash.

E vocês, já perceberam como a molecada se amarra em bater na bola sem deixar ela quicar?

domingo, 16 de novembro de 2008

Masters Cup

Terminou hoje a temporada 2008 da ATP com a final da Masters Cup entre o sérvio Novak Djokovic e o russo Nikolay Davydenko, com vitória de Djokovic por 6/1, 7/5.

Com certeza a Masters Cup foi bem abaixo do esperado. Após uma temporada empolgante, onde Nole e o britânico Andy Murray entraram na briga com Roger Federer e Rafael Nadal pelos primeiros lugares do ranking, uma final onde o campeão não precisa enfrentar nenhum dos outros três nomes citados não pode ser considerada como das melhores.

Obviamente Djokovic não tem nada a ver com isso e mostrou que pode ser mais do que um jogador apenas de dois meses por temporada. Esse ano, depois de vencer brilhantemente o Australian Open e Indian Wells e ainda faturar um Masters Series no saibro, em Roma, o sérvio caiu demais de rendimento e não conseguiu repetir os bons resultados de julho e agosto de 2007.

A Masters Cup mostrou também como a temporada está sendo desgastante para os principais tenistas. Rafael Nadal, líder do ranking, foi obrigado a abandonar o Masters Series de Paris e não teve condições de jogar a Masters Cup e a Copa Davis. Roger Federer também abandonou em Paris e jogou visivelmente sem condições físicas perfeitas em Shangai.

Se isso tem um lado ruim, que é não poder contar com todos os melhores do mundo em forma para todos os torneios, também podemos enxergar um lado bom. Os jogadores cada vez mais serão obrigados a escolher suas prioridades e a briga pelas primeiras posições do ranking deve esquentar muito. Ainda mais considerando a subida de produção dos franceses Jo-Wilfred Tsonga e Gilles Simon e do argentino Juan Martin Del Potro.

sábado, 15 de novembro de 2008

O Ganha-pão de alguns

Algum tempo atrás falamos sobre os futures que estão sendo realizados no Brasil durante praticamente toda a temporada. Como o nome já diz, eles são destinados a jogadores que podem ser o futuro do tênis.

Infelizmente, não é isso que vimos no início da série de torneios e nem o que estamos vendo agora no final. Se no início Rogério Dutra-Silva e seu irmão Daniel, “roubaram” os pontos da garotada, nas últimas semanas, Rogerinho e Julio Silva, estão se prestando ao mesmo papel.

Sou contra a participação desse tipo de jogador em Futures. Rogerinho e Julinho tem totais condições de jogar challengers, mesmo que tenham que furar qualis. Vamos lembrar que Julio Silva, esse ano mesmo, chegou a vencer um jogo em nível ATP.

O grande problema é que olhando a chave dos futures, vemos jogadores de 26, 28 anos correndo atrás de alguns dólares como ganha-pão. Infelizmente, no nosso país, não se prepara o atleta para a vida. Um dia o sonho de ser um ídolo multi-milionário acaba para 99,99% dos sonhadores. Mas as contas para pagar no final do mês continuam lá.

Para resolver isso temos dois caminhos que devem ser seguidos. O primeiro, esportivo, é encontrar um meio de privilegiar o acesso dos jovens a esses torneios. O segundo, social, é buscar uma forma de inserir os ex-atletas no mercado de trabalho.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Thomaz Bellucci e Leo Azevedo

Essa semana, mais exatamente na quarta-feira, saiu a notícia de que Thomaz Bellucci e Leo Azevedo não trabalharão juntos na temporada de 2009. Isso foi discutido em todos os meios do tênis e para alguns foi uma enorme surpresa.

Desde quando escrevi o post sobre o calendário do jogador, quando alguns foram a favor e outros contra, recebi a informação de que a família de Thomaz, junto com a Koch Tavares, que cuida da carreira do tenista, estava fazendo um lobby a favor de um treinador mais experiente.

As críticas sobre o trabalho de Azevedo eram grandes, e o principal que se dizia era que o treinador não tinha experiência para estar ao lado de Thomaz em ATP’s, Masters Series e Grand Slams. Que com a subida no ranking o jogador precisava de um técnico que conhecesse os atalhos dessas competições.

Quanto ao currículo de Leo Azevedo, que chegou a trabalhar na academia de Juan Carlos Ferrero, na Espanha, dizem que ao invés de ter sido convidado a trabalhar lá, o treinador teria pago para fazer esse estágio.

Independente de ser verdade ou não, o fato é que com Leo Azevedo, Bellucci saiu de um nível future para jogar ATP’s, Masters Series e Grand Slams. Eu sou contra esse tipo de troca, apesar de achar que a pré-temporada foi iniciada de maneira equivocada.

Para o futuro, alguns nomes surgem como favoritos para ser o treinador de Bellucci. Marcus Vinícius Barbosa, o Bocão, Larri Passos (difícil, não parece ser o perfil deles, trabalhar um com o outro) e Ricardo Acciolly, o Pardal.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Fim de temporada para Nadal

Rafael Nadal, atual número um do mundo, anunciou que não vai disputar a final da Copa Davis, contra a Argentina, fora de casa. Com isso, o espanhol encerra sua temporada e começa oficialmente a série anual de boatos sobre sua real condição física.

Os principais especialistas em tênis batem na mesma tecla ano após ano. Deste ano Nadal não passa, é o que dizem. A argumentação é bem fundamentada, visto que o espanhol precisa demais do seu físico para jogar. E o circuito mundial é extremamente rigoroso, o que deixa todos os atletas a beira de lesões.

Eu sou um que ao final de todas as temporadas teria perdido um dinheiro caso tivesse apostado no futuro de Nadal. Para mim, ele já não estaria jogando com tanta freqüência. Mas o espanhol é fantástico em relação a isso e conseguiu inclusive se tornar o líder do ranking.

Dessa vez não farei aposta nenhuma, apesar de ter a consciência de que 2009 é o ano em que Nadal e sua equipe terão uma visão realista de quanto tempo a mais de circuito o espanhol tem pela frente.

Desde o US Open, Nadal é o cara a ser batido. Todos os focos estão sobre ele. Todas as chaves começam com o nome dele. De caçador passou a ser a caça. Como lidar com isso é a pergunta que ele tem que responder.

E até agora suas atuações foram apenas dentro da média. Uma boa semifinal em Flushing Meadows, outra semi em Madrid, uma desistência em Paris e forfait na Masters Cup e na Davis.

Se Nadal conseguir ao menos manter o nível que vem apresentando nos últimos anos no saibro, o tênis agradece.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Roddick sacando



Hoje é o penúltimo post das fotos que o Túlio tirou no US Open.

Como ele mesmo pediu, aí vão as fotos do americano Andy Roddick sacando.

Na primeira foto, é interessante ver a terminação do golpe e a cabeça levantada vendo a bola.

Na segunda, percebam o quanto ele sai do chão e a empunhadura utilizada.

domingo, 9 de novembro de 2008

Top-spin. Sim ou não?

Essa semana um aluno me fez uma pergunta que é bastante interessante. Logo na primeira aula ele disse: Volnandes, você vai me ensinar a bater com top-spin?

Respondi que sim, mas que não naquele momento, que mais importante do que bater com top-spin é bater na bola. Ele adorou, pois me disse que tinha saído das aulas de tênis pois o professor anterior dele tanto insistia com o top-spin que ele se irritou.

Acho isso um ponto bastante importante no ensino de tênis. O primeiro objetivo de quem vai fazer aula é BRINCAR. E não tem como se divertir se você não consegue acertar a bola.

Minha estratégia de ensino baseia-se totalmente nisso. 90% dos meus alunos saem da minha aula jogando tênis. Obviamente não com as regras do jogo, mas conseguem trocar algumas bolas comigo.

Como? Obviamente não com toda a técnica desejada, mas com certeza com um belo sorriso no rosto. E, felizes por conseguirem, voltam na aula seguinte.

Daí sim começamos a tentar consertar os erros. Raquete do lado do corpo, perna na frente, giro de quadril, terminação. Mas, mais importante que tudo isso, bola nas cordas da raquete. Top-spin? Nem falo do que se trata para os iniciantes.

Lembrem-se, mais importante do que bater com efeito é bater pro outro lado e se divertir.

sábado, 8 de novembro de 2008

Tarde de tênis

Passei esse sábado em casa e resolvi assistir aos jogos de tênis que estão passando na BandSports e no Sportv. No primeiro, a atração é o Masters Feminino, em Doha, no segundo a Copa Petrobrás.

No Masters, primeiro jogaram Elena Dementieva e Vera Zvonareva. Sim, é o Masters e, mais ainda, uma semifinal. Dementieva joga muito tênis, mas o saque, como já é lugar comum, é horroroso. E ele melhorou bastante. Zvonareva venceu em três sets. O jogo foi tão bom que dei uma bela cochilada no meio dele.

A outra semifinal, que acabou agorinha, foi entre Venus Williams e Jelena Jankovic. Essa partida foi mais interessante. Não assisti ela inteira, mas houveram bons momentos, mas fica claro que Venus está acima da concorrência. Isso é preocupante para o tênis, pois a americana, algum tempo atrás, era dada como ultrapassada.

O último game, com Jankovic sacando, foi emblemático da atual WTA. Muitos erros, duplas faltas, pontos mal jogados, etc.

Pela Copa Petrobrás assisti Thomaz Bellucci contra Paul Capdeville. Continuo me perguntando o que o brasileiro faz no torneio. Ele está em um nível bem acima do nível challenger, principalmente no saibro. O grande problema são os apagões mentais que ele sofre. Hoje foi um belo exemplo disso.

Depois de fechar o primeiro set por 6/3 e abrir 3/0 no segundo, Thomaz teve um apagão, errou 7 bolas não-forçadas e permitiu que Capdeville vencesse 2 games. Aí sentou, colocou a cabeça no lugar e venceu por 6/2.

Daqui a pouco vai começar Peter Luczak contra Adrian Garcia, mas aí é dose para mamute.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O saque





Como o Túlio disse que posso usar e abusar das fotos...

Aí estão fotos de diferentes momentos do saque.

Os "modelos" são Tommy Robredo, Carlos Moya, Juan Martin Del Potro e Nikolay Davydenko.

Detalhes interessantes: A famosa pronação no saque de Robredo, a "espada do He-Man" no saque do Davydenko.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Masters Cup

É pessoal, ta complicado escrever às terças e quintas. Dei uma modificada no meu horário e agora nesses dias entro às 7 da manhã e só saio às 10 da noite. Ou seja, atualizar o blog nesses dias vai ficar um pouco menos freqüente, mas juro que vou tentar.

Até que meu futuro como adivinho não seria tão miserável. A alguns posts atrás, falamos sobre as surpresas que sempre aparecem no final do ano, nos Masters Series de Madrid e Paris.

Minhas fichas foram para Jo-Wilfred Tsonga e David Nalbandian. Em Madrid errei por muito, mas em compensação em Paris... O tiro foi na mosca!

Com o título em Paris, Tsonga se classificou para a Masters Cup, onde estará no grupo de Novak Djokovic, Nikolay Davydenko e Juan Martin Del Potro.

Minhas apostas para esse grupo São o próprio Tsonga e Davydenko, que elevou seu nível de jogo nas últimas semanas. Djokovic vem apresentando um tênis bem abaixo do esperado desde a metade da temporada de saibro e Del Potro parece ter virado o fio, depois de um segundo semestre brilhante.

Na outra chave estão Roger Federer, Andy Murray, Andy Roddick e Gilles Simon. No meu ponto de vista essa chave contém os dois maiores postulantes ao título: Andy Murray e Roger Federer, exatamente nessa ordem.

Cabe ressaltar no entanto, que Roddick e Simon já venceram Federer na temporada, o que pode criar alguma dificuldade para o suíço, o que não acredito muito.

Se por um lado Federer e Murray estão na mesma chave, por outro isso evita que os dois se enfrentem nas semifinais, o que deixa totalmente aberto o caminho para uma final entre ambos.

E vocês, o que apostam?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Pré-temporada

A alguns posts atrás, mais exatamente aqui (http://surfandonosaibro.blogspot.com/2008/09/thomaz-bellucci.html), falamos sobre o calendário escolhido por Thomaz Bellucci para o final de temporada. Fui enfático ao dizer que aprovava suas aventuras por ATP’s de quadras duras, mesmo sabendo que resultados positivos seriam complicados de aparecer.

Muito me surpreendeu (e decepcionou) a presença de Bellucci no Masters da Copa Petrobras, que está sendo realizado em Santiago. Mesmo sabendo que o evento é patrocinado pela Koch Tavares, que agencia a carreira do paulista, não dá para entender qual seria o ponto positivo dessa participação, visto que seu treinador, Leonardo Azevedo, havia afirmado que terminaria o ano cedo para fazer uma boa e longa pré-temporada para 2009.

Aqui abro um parêntese para falar um pouco de periodização de treinamento. Tentarei ser breve, mas é importante saber alguns detalhes. Antigamente, na década de 60, o então soviético Lev Paviloviti Matveiev, lançou um modelo de periodização de treinamento para os atletas olímpicos da extinta União Soviética. Esse modelo busca um ou dois picos de performance por temporada.

Obviamente esse modelo ficou no passado, visto que qualquer atleta dos dias atuais tem muito mais que uma ou duas competições importantes por temporada.

Não temos os dados dos principais tenistas, mas por pura observação ao longo dos anos, podemos dizer que Roger Federer, por exemplo, tem picos no Australian Open, em Roland Garros / Wimbledon (são muito próximos), no US Open e na Masters Cup. Reparem que seus resultados nos Masters Series de quadra dura no início do ano (entre AO e RG) são bem piores do que no meio do ano, em Cincinnatti e no Canadá, que são pouco antes do US Open. Já em Madrid e Paris seus resultados também ficam abaixo.

Nadal, por exemplo, joga incrivelmente bem da temporada de saibro até Wimbledon. Nalbandian tem seus melhores resultados no final do ano e por aí vai.

Como se monta uma periodização de treinamento nos moldes atuais? O primeiro passo é criar um macro-ciclo de treinamento (normalmente uma temporada). Depois disso, seleciona-se quais são os momentos onde o atleta deve estar no topo da performance. Feito isso, divide-se o macro-ciclo em meso-ciclos com objetivos definidos (cada meso-ciclo culmina com um pico de performance). Após definir esses parâmetros, monta-se um micro-ciclo semanal de trabalho onde cada semana tem um objetivo a ser alançado.

Explicado isso, Eu vou sugerir um calendário que acho ideal para Bellucci em 2009. Longe de querer criticar diretamente sua equipe de trabalho, mas ao meu ver, seria um modo diferente de se encarar essa fase de transição que o paulista vai passar.

Thomaz jogou o challenger de Buenos Aires sendo eliminado dia 24 de outubro. Daí, seriam duas semanas de férias totais do tênis, até dia 8. Ou seja, ir a Santiago somente para curtir a noite em Vitacura, no Las Urracas.

De 10 a 29 de novembro entraria a fase basal, onde Thomaz deveria treinar a parte física, dando ênfase à valência de agilidade, algo que ele tem maior dificuldade, além de claro, treinar força, resistência e potência. Não vou entrar em detalhes de como fazer esse trabalho, mas tem uns bons vídeos no blog do argentino Martin Vassallo-Arguello.

As três primeiras semanas de dezembro, até dia 20, seriam dedicadas a um trabalho técnico-tático, que no começo obviamente ficaria prejudicado pela carga alta de trabalho das semanas anteriores.

A partir daí, duas semanas de polimento e estréia no Aberto de São Paulo, onde acho que seria a melhor opção para início de temporada visando o Australian Open.

Ah, os picos de performance na temporada...

Para um jogador em fase de transição é complicado fazer um planejamento de um ano. Eu faria de seis meses. O primeiro pico seria na Gira sul-americana de saibro e o segundo em Roland Garros.

Bem, desculpem o texto longo. Fica aí a sugestão para a equipe de Thomaz.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Vaidisova e Tsonga





Como percebi que fotos fazem sucesso por aqui, resolvi postar mais algumas exclusivas tiradas pelo Túlio no US Open.

Primeiro, posto as fotos de Nicole Vaidisova, noiva do "belo" Radek Stepanek. O que será que ela viu nele?

Depois duas fotos da sensação do momento, o francês, Jo-Wilfred Tsonga.

Em uma vemos ele voleando. Apesar do pé não estar tão a frente (provavelmente pela velocidade da bola), percebam como o braço está totalmente estendido a frente do corpo.

Na outra, percebam a perfeita preparação da esquerda. Detalhes para o pé direito dele, tocando o solo no momento perfeito.

domingo, 2 de novembro de 2008

Fases do aprendizado

Em um post anterior, nosso amigo Sérgio comentou sobre os vícios de alguns jogadores, de final de semana ou não. Isso me deu uma idéia de escrever sobre a idade ideal para se começar a jogar tênis.

A maioria dos jogadores tops, teve o primeiro contato com o tênis entre os 4 e 5 anos, mas daí a dizer que começaram a “jogar” com essa idade é pura ilusão.

Sempre que sou procurado por pais querendo que os filhos joguem tênis, essa pergunta vem a tona. Qual seria a idade ideal. Não existe idade ideal. Já tive alunos com 2 anos de idade.

Porém, temos que ter a consciência de que com essa idade, não ensinamos o tênis como desporto. Nosso objetivo é puramente de auxiliar no desenvolvimento motor da criança. Não se pode imaginar um indivíduo dessa idade jogando como os adultos. Os exercícios são todos voltados para o conhecimento do próprio corpo, da relação do olho com o a bola e do contato com um implemento, que no caso é a raquete.

Numa fase seguinte, por volta dos 4, 5 anos, o objetivo muda um pouco. Ainda se trabalha basicamente coordenação motora, mas já se usa muito mais raquete e bolinha simultaneamente. Inicia-se assim o mini-tênis.

E aqueles que só vão começar depois disso? Bem, até os 9, 10 anos, o objetivo ainda é totalmente lúdico, mas passamos a moldar o movimento biomecanicamente correto.

Depois disso, com certeza todo praticante trará algum vício. Transferências de outros esportes sempre estarão presentes. Atualmente estou com um aluno que parece estar jogando tênis de mesa dentro da quadra. Cotovelo flexionado, postura cifótica...

Dá para corrigir? Sim, é possível, mas sempre ficará algo que a pessoa no momento da “guerra" vai acabar fazendo.

Em um próximo post falo sobre os vícios mais comuns e alguns bons exercícios para corrigir. Se eu demorar muito para falar sobre isso me cobrem!

sábado, 1 de novembro de 2008

Federer x Nadal ou Nadal x Federer

Um dos temas mais recorrentes do tênis atual é a rivalidade entre o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal. Torcedores de um e de outro se comportam como verdadeiros torcedores de time de futebol, o que por um lado aumenta o interesse pelo esporte e pelo outro transforma em ódio algo que de forma alguma se justifica.

Meu objetivo hoje aqui vai ser traçar o perfil da maior parte dos torcedores de um e de outro tenista. Vamos começar pelo atual número um do mundo, Rafael Nadal.

Nadal, por sua garra e força mental, costuma ter a simpatia da garotada que está começando a jogar tênis. Torna-se então, exemplo de dedicação e empenho, o que é muito positivo.

Já Federer é mais admirado pelos mais velhos e por aqueles que já jogam tênis a mais tempo. Seu principal atributo é a plasticidade do seu jogo.

Dificilmente veremos um professor torcendo por Nadal, exatamente pelo espanhol apresentar um estilo de jogo pouco ortodoxo de bater na bolinha. Por outro lado, é normal que a maioria dos brasileiros tenha admiração pelo espanhol, pelo seu sangue latino e por suas principais conquistas terem sido conquistada no saibro, onde Guga também brilhou.

O único ponto inaceitável é o fato de observarmos na internet um ódio mútuo entre os torcedores. Nas comunidades do Federer não se pode falar bem de Nadal e vice-versa. O suíço e o espanhol se dão bem e trocam elogios públicos, o que mostra que a atitude de ódio é completamente desproporcional.

Independente de quem seja nosso favorito, devemos saber que ambos são excelentes jogadores e terão seu nome gravado na história. Torcer é importante, mas sempre respeitando o adversário. O tênis é um esporte onde se aprende muito tanto na vitória quanto na derrota.

Ah, antes que perguntem, sempre torci para o Federer.