sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O fim do carpete

Essa semana que passou foi braba. Trabalhei pra caramba e quase não sobrou tempo para dar atenção ao blog. Aliás, não posso nem reclamar, depois de dois meses de chuva, com o número de alunos diminuindo, finalmente as pessoas começaram a voltar a procurar aulas de tênis. Bom para mim, que tinha visto a arrecadação cair demais e bom para o esporte, pois a procura tem sido principalmente de iniciantes.

Mas hoje meu tema não serão os iniciantes. Na última quinta-feira surgiu uma notícia de que a ATP vai, a partir de 2009, proibir os jogos em piso de carpete. A notícia é tão absurda que até agora estou duvidando da veracidade.

O argumento utilizado é que os jogadores que solicitaram, alegando excesso de lesões. A proposta afirma que os pisos de carpete serão trocados por hard courts.

Bem, quanto aos jogadores terem solicitado, já surgiram duas amostras de que não parece ter sido bem assim. Jo-Wilfred Tsonga e Mario Ancic já se levantaram contra. Quanto ao número de lesões, não precisa ser nenhum especialista em medicina desportiva para saber que as quadras duras tem tanto ou mais potencial lesivo do que o carpete.

Então, qual seria o real motivo dessa nova “regra”? Não sei, mas temo pela pasteurização do jogo. O tênis sempre foi um esporte aonde diferentes estilos sempre viveram em harmonia, cada um se destacando em uma superfície distinta.

Bons tempos onde a grama e o carpete eram as casas dos jogadores de saque e voleio, o saibro (vermelho e verde) dos jogadores de fundo e as quadras duras um misto dos dois.

Atualmente a grama está cada dia mais lenta, o saibro vai desaparecendo do calendário e a quadra dura vai crescendo cada vez mais em importância. Nada contra as Hards, mas com isso aos poucos o tênis vai perdendo um pouco da sua beleza.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Errata

Tava demorando para eu falar besteira.

Retiro o que disse sobre o Andre Baran. Ele NÃO estava na Davis.

Portanto não posso falar nada dele, inclusive, passarei a torcer por ele depois dessa minha pixotada.

Henrique Cunha


Outro dia falei sobre as esperanças brasileiras para o futuro. Citei Nicolas Santos, Fernando Romboli e principalmente Marcelo Demoliner. Na semana passada, em Porto Alegre, Henrique Cunha, paulista de Jaú, furou a fila e aos 18 anos conquistou seu primeiro título de torneio future.

Cunha chegou a ser o sexto do mundo no intrincado ranking da ITF, que combina simples com duplas e geralmente não mostra quem é o melhor juvenil, pois aqueles que chegam ao topo rapidamente partem para a carreira profissional. O brasileiro, por exemplo, mesmo com esse ranking não conseguiu passar das quartas de final em nenhum Grand Slam. Ele caiu na segunda rodada em Roland Garros, nas quartas em Wimbledon e na estréia no US Open. Em Queens, no entanto, Henrique Cunha venceu o título.

Seu maior momento, no entanto, foi em Roland Garros 2007. Cunha ficou "famoso" para os brasileiros por treinar com Roger Federer. Por ser canhoto, o suíço o escolheu para ter a oportunidade de treinar com alguém que batesse com a mesma mão que Rafael Nadal.

Nunca vi Henrique Cunha jogar, mas pode-se perceber pela foto (crédito para a revista Tênis) que ele é baixo, o que não é uma boa notícia. Sua especialidade são as quadras rápidas, o que se pressupõe que seu jogo de pernas seja excelente.

Seu primeiro ponto na ATP veio ao bater Andre Baran em maio, o que não foi nenhuma novidade (quem viu Baran treinando em Sorocaba na Davis sabe que o garoto tem uma "marra" inversamente proporcional ao talento). Daí em diante alguns pontinho e em Porto Alegre o primeiro título.

Como já disse, não vi o garoto jogando, então não posso dar opinião. Alguém de São Paulo pode falar mais dele? Pelo sim pelo não, continuo colocando algumas fichas em Demoliner e aguardo mais informações e resultados de Henrique Cunha.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Novos temas

Com pouco mais de um mês de blog e alguns leitores assíduos, recebi alguns comentários por aqui e outros via Orkut sobre os temas que deveriam ser tratados. Algumas pessoas querem que eu dê uma atenção maior aos fundamentos do tênis, falando para os iniciantes. Outros já pedem uma análise maior do circuito.

Comecei a escrever pensando em falar basicamente do circuito, contar algumas experiências engraçadas, curiosas e reveladoras. Porém, logo no início, os comentários eram pedindo que falasse de alguns fundamentos do jogo. Por isso fui para esse lado.

O saque, por exemplo, ainda não consegui concluir. Para falar da movimentação dos pés no fundamento, sem dizer nenhuma besteira, estou esperando um dia com um pouco mais de tempo para dar uma estudada no assunto. Sérgio, não esqueci não!

No domingo à noite, antes de colocar as fotos da Ana Ivanovic, passamos dos 2000 acessos, em menos de 40 dias. Analisando esses números observei que o pessoal acessa mais quando falamos de tênis brasileiro. Sendo assim, vou tentar focar nesse assunto.

Vou lançar algumas possibilidades de temas aqui e peço para que vocês digam sobre o que querem conversar nessa semana: Masters Series de Paris, Corrida para a Masters Cup, Resumo da Copa Petrobras, título de Henrique Cunha em Porto Alegre e Iniciação ao saque. Esses são os temas que tenho na cabeça para escrever por esses dias.

Opinem!

domingo, 26 de outubro de 2008

Musa



Como eu disse, em outubro teríamos algumas novidades por aqui e hoje trago a primeira delas.

Nosso amigo Tulio, da comunidade Tennis Masters teve o prazer de estar em NY durante o US Open e trouxe nada mais nada menos do que Ana Ivanovic para nós.

Divirtam-se

sábado, 25 de outubro de 2008

A transição

Em qualquer esporte existem aqueles talentos precoces, que maravilham a todos e surgem como promessas de profissionais de sucesso. No tênis não poderia ser diferente. Mas daí a se tornar uma realidade, essas promessas tem que passar por uma fase de transição muito dura, que vai separar aquele que vai viver do esporte daquele que vai viver de lembranças.

Aqui no Brasil temos dois casos clássicos e bastante famosos. Marcelo Saliola e Jaime Oncins. Os dois foram promessas de gênios, mas ficaram pelo duro caminho a ser seguido. Jaiminho ainda conseguiu uma bela carreira profissional, mas muito abaixo do que esperavam aqueles que o viram bater quando criança.

Outro dia ouvi uma história de uma promessa aqui do Rio de Janeiro, um garoto que não vou citar o nome, mas quem é do meio logo vai ligar a história a pessoa. A família desse garoto não tem condição financeira de bancar o tênis, e infelizmente, viu no garoto uma forma de subir na vida.

O garoto, que chegou a ganhar um Banana Bowl de 14 anos (bingo, já descobriram), foi convidado a treinar na Amil, o pai ganhou um carro (um conhecido meu que está patrocinando) e o sucesso subiu a cabeça.

Acreditem, nas etapas do Cosat, ele só queria falar espanhol, queria gente para carregar a raqueteira, etc. Não deu outra. Semanas depois perdeu o brasileirão para o Bernardo, de Teresópolis (quem não descobriu antes, descobre agora). Três meses depois de ir para a Amil, onde era apenas mais um, voltou para o seu clube, onde é o rei. Infelizmente, não deve estourar.

Não o conheço pessoalmente, prefiro não fazer juízo de valor, mas tenho certeza de que será um talento desperdiçado. Por isso, quando vemos jogadores como Franco Ferreiro, Caio Zampieri e João "Feijão" Souza jogarem fora o talento que têm, ficamos sensibilizados com a luta de Julinho Silva, Marcos Daniel e outros para viver do tênis.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Raquetes

Muitos que chegam para fazer aula me perguntam qual seria a raquete ideal para quem está começando. A resposta é sempre a mesma: Depende. Para falar de raquetes, é interessante que tenhamos algumas noções básicas sobre equilíbrio.

Simplificando um pouco, existem três tipos de raquetes: peso para o cabo (Head light), equilibrada e peso para a cabeça (Head heavy).

Peso no cabo: Raquete difícil de gerar aceleração, pois como a cabeça é leve, o ponto de equilíbrio é mais próximo do cabo. Isso diminuiu a potência gerada pela raquete, exigindo um movimento mais completo para gerar velocidade. Normalmente são indicadas para jogadores avançados.

Peso na cabeça: Raquete que ajuda a gerar aceleração, visto que o ponto de equilíbrio é mais próximo da cabeça. Funciona mais ou menos como um martelo, onde o peso na cabeça faz com que a aceleração seja máxima com qualquer movimento. Ajuda muito a fazer a bola passar da rede, mas dificulta bastante o controle.

Equilibrada: É um misto entre as duas raquetes. Não gera tanta velocidade, mas em compensação não se perde tanto em controle.

Obviamente não é só isso que se deve observar em uma raquete, mas é básico que antes de olhar qualquer outra característica do equipamento tenhamos noção do equilíbrio dela.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Uma nova realidade

Chegamos ao fim de 2008 com uma nova realidade no ranking mundial. Desde a Masters Cup de 2003, quando Roger Federer bateu Andre Agassi na final e, mesmo não tomando a liderança do ranking, tornou-se o grande jogador do circuito, não tínhamos tantos jogadores disputando palmo a palmo os principais torneios.

Até Wimbledon-2007, apenas Federer e Rafael Nadal eram os jogadores a serem batidos. As finais de Grand Slam eram dominadas pelos dois desde o Australian Open de 2005, até o final de 2007.

No final de 2007 entrou em cena o sérvio Novak Djokovic, que surgiu nos Master Series do início do ano, incomodou no meio da temporada e em 2008 venceu um Grand Slam. Nole chegou a ameaçar tomar a segunda posição no ranking no meio da temporada de saibro, mas não conseguiu.

Na segunda metade do ano surgiram Andy Murray, que chegou a final do US Open e Juan Martin Del Potro, que ganhou 4 ATP’s seguidos. Murray já é uma realidade em termos de ranking (é o atual número 4) e o argentino desponta como candidato à quinta colocação.

Isso posto à mesa podemos imaginar que 2009 vai ser um ano onde as surpresas serão mais freqüentes, os títulos serão mais divididos e a emoção vai ser maior.

Ou seja, o tênis promete para o ano que vem.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Quadra de saibro x quadra dura

Hoje vou trazer algo do meu dia a dia para compartilhar com vocês, visto que muita gente me pergunta a respeito. O que é melhor, quadra de saibro ou quadra dura?

A resposta é a mais óbvia possível: Depende. Cada uma tem suas vantagens e desvantagens.

Vamos começar pelo saibro. A principal vantagem do saibro é ser uma superfície menos danosa para as articulações do corpo humano. Sendo assim, é possível ficar mais tempo dentro de quadra, estando menos sujeito a lesões.

É a quadra favorita dos tenistas brasileiros por um motivo bastante simples. Na maioria dos clubes ditos especializados em tênis, a maioria das quadras são de saibro. Aqui no Rio, por exemplo, apenas a Lob tem mais quadras duras do que de saibro.

Em dia de chuvas fracas o saibro demora mais a molhar, o que permite que o jogo continue até as linhas ficarem escorregadias.

Como ponto negativo é a manutenção diária. Uma quadra de saibro é praticamente um artesanato. É necessário um tratador diariamente para manter o piso em perfeitas condições, o que em muitos dos casos impossibilita a construção dela

Já a quadra dura leva isso como vantagem relativa. Por um lado não existe necessidade de ninguém trabalhando nela. Construiu, já está usando. Porém, uma quadra de saibro dura pelo menos 10 anos somente com manutenção diária, feita por um tratador. Já a dura, depois de 5 anos já precisa ser mexida, pois são comuns as rachaduras.

Em dias de chuva a quadra dura rapidamente está impossibilitada de ser usada, porém, logo após a chuva parar, basta um rodo e em pouco tempo a quadra está preparada para receber os tenistas.

Para reduzir um pouco essa discussão quase eterna, costumo concluir: Se a quadra é para um condomínio, ou uma casa de veraneio, não tenha dúvidas em optar pelo piso duro. Com manutenção quase zero e uso reduzido, o custo benefício será maior. Já se a construção vai ser em um clube, ou local com muito uso e existe a disponibilidade financeira de contratar um profissional para ficar responsável pela quadra, não pense duas vezes e construa uma quadra de saibro.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

De volta ao batente

Fui a Buenos Aires semana passada. Na minha cabeça estava visitar o quali da Copa Petrobras, mas acabei me enrolando nas visitas turísticas e acabei não indo a Bosques de Pallermo.

Fui a turismo, mas sou workaholic, não tem jeito. O blog pra mim já virou obrigação, por isso que, como estava de folga, resolvi relaxar e deixar vocês livres de mim por alguns dias.

No entanto cheguei a escrever um post na quinta, que não publiquei antes pois o hotel não tinham Wi-fi. No entanto vou reproduzí-lo abaixo.

"Não sei quando vou conseguir postar esse texto, mas hoje é quinta-feira, dia 16, e estou em Buenos Aires. Me programei para passar pelo quali da Copa Petrobras, mas vocês sabem como é... Turista é um problema. Bombonera, Recoleta, Uruguai aqui do lado.

Mesmo assim vou tentar ir assistir ao no Villas Tenis Club. Basta descobrir onde fica, mas isso não deve ser difícil.

Já que estou aqui posso passar o que vejo em relação ao tênis. Logo ao chegar fui dar uma volta e passando pela Avenida Corrientes (a do Obelisco), encontrei uma enorme loja de tênis, com uma infinidade de raquetes, de um tamanho que nunca vi no Rio de Janeiro (em São Paulo deve ter algo parecido). Ao perguntar os preços, no entanto, percebi que compras aqui não são mais em conta do que no nosso país.

A KFactor six-one 95 está custando 700 pesos (490 reais), sendo que com pagamento a vista cai 10%. Já a KBlade 98 sai por 730 pesos. Bolinhas então estão mais caras ainda: 22 pesos (R$ 17,50).

Na televisão obviamente estão falando muito da derrota dos porteños para o Chile, mas o destaque para o Masters Series de Madrid é enorme. Daqui a pouco (são 21 horas) começa o VT de Nalbandian x Del Potro.

Bem, vou parando por aqui. O estômago está apertando e após algumas empanadas e alfajores está na hora de uma parrillada."

sábado, 18 de outubro de 2008

Buenos Aires

Pessoal, estou desde quarta feira em Buenos Aires.

Vou tentar amanha ir ate o quali da Copa Petrobras mas nao garanto nada...

Segunda as postagens voltam ao normal.

Nao faco ideia de como se usa o acento por aqui.

Gracias

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Test Drive Babolat AeroPro Drive Cortex

Como o Sérgio solicitou, vamos falar um pouco da AeroPro Drive Cortex, que supostamente é a raquete de Rafael Nadal. Digo supostamente pois muita gente diz que na verdade ele usa um paint job (pinta a raquete).

A AeroPro caiu na minha mão para testar em janeiro desse ano. Logo que peguei na raquete percebi que era uma raquete mais fácil de jogar do que eu havia imaginado. É uma raquete equilibrada, pesa por volta de 300 gramas sem cordas (320g com cordas), bastante agradável de se jogar. Ela é spin-friendly, algo que suas 16x19 cordas ajudam bastante.

Jogadores intermediários podem utilizar essa raquete sem maiores problemas, desde que esteja acostumado com seu peso, visto que ela ajuda bastante a fazer a bola andar (inclusive tive algum problema com isso, acertando a tela algumas vezes, principalmente no backhand).

Na rede é complicado controlar a bolinha, visto que já tenho alguma dificuldade em volear. Com uma raquete que solta a bola, isso é praticamente impossível para mim.

O sweet-spot dela é fácil de ser achado. Maior que o de uma raquete tipo a 6.1 da Wilson mas menor do que raquetes de intermediários.

Resumindo, é uma raquete muito amigável. Eu, particularmente não gosto de raquetes amigáveis. Prefiro ter que domar a raquete, isso acaba me dando mais controle.

Maior ponto positivo - Facilidade de gerar spin.

Maior ponto negativo - Para mim foi conseguir colocar a bola na quadra.

Para aqueles que gostam de escolher a raquete do ídolo, é melhor jogar com a do Nadal do que com a do Federer. Pelo menos mal ao cotovelo, ombros e punhos não deve fazer.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Ivan Lendl

Hoje vou falar do talvez mais subestimado tenista de todos os tempos. O tcheco (que se naturalizou norte-americano por problemas com o governo tcheco por seu estilo de vida americano) Ivan Lendl, maior jogador da segunda metade da dácada de 80 foi o jogador que me fez gostar e começar a jogar tênis. Por seu estilo frio, sem muita vibração, não cativava muito o público em geral, que preferia John Mc Enroe e Jimmy Connors num primeiro momento e Boris Backer depois.

Lendl no entanto é considerado pelos especialistas como o pai do tênis moderno. Ele foi o primeiro a usar cientificamente a preparação física.

A partida mais lembrada de Lendl é a final de Rolang Garros de 1984, quando conquistou seu primeiro Grand Slam. Jogando contra John McEnroe perdeu os dois primeiros sets, por 6/3 e 6/2. Venceu o terceiro por 6/4 e estava atrás em 2/4 no quarto set. O tcheco então conseguiu virar para 7/5. Na negra, mais um 7/5 e o título na França.

Para se ter uma idéia do que Lendl fez nas quadras, vale dizer alguns dos seus números: 19 finais de Grand Slam, com 8 títulos (3 Rolang Garros, 3 US Open e 2 Australian Open). 8 finais consecutivas do US Open, 4 em Roland Garros, 3 na Austrália e 2 em Wimbledon. Alcançou 27 semifinais dos 34 Grand Slams que disputou.

É o único jogador que em cinco anos, 82, 85, 86, 87 e 89 conseguiu um percentual acima de 90% de vitórias.

Nas duplas conquistou um título, em 1979, jogando com o brasileiro Carlos Alberto Kirmayr, em Berlim.

Sua característica de jogo era de fundo de quadra, com potentes golpes, tanto de direita quanto de esquerda. Em Wimbledon, no entanto, Lendl jogava saque e voleio e mesmo assim alcançou as finais em 86 e 87, sendo derrotado por Becker e Pat Cash, respectivamente.

Lendl também foi um dos pioneiro em relação ao marketing, com suas camisas da Adidas com linhas finas e coloridas no peito que ficaram famosas e foram campeãs de venda na época. A marca também lançou a linha de raquetes que o tcheco usava. Depois, no final de carreira, ainda assinou com a Mizuno.

E para vocês, qual(is) seu(s) jogador(er) favorito(s)?

domingo, 12 de outubro de 2008

Masters Series de Madrid

Começou nesse domigo o Masters Series de Madrid, penúltimo torneio dessa grandeza na temporada 2008. Alguns posts atrás comentamos sobre as surpresas comuns nesses torneios de final de temporada. Agora, podemos analisar as previsões com mais base.

Fazer previsões e deixá-las registradas nunca foi uma boa idéia, mas vamos arriscar.

Rafael Nadal e Roger Federer, atuais número 1 e 2 do mundo, atuaram pela última vez na Copa Davis, o que lhes deu um bom tempo de descanso e preparação para esse final de temporada. Ouso dizer que em Madrid, jogando em casa, os organizadores farão uma quadra ao estilo de Nadal, e ele é um dos favoritos ao título. Já Federer continua sendo o rei da quadra dura e também deve chegar à final.

Novak Djokovic, terceiro do ranking e que no começo do ano dominou as ações na quadra dura, jogou dois torneios nas últimas semana e apesar de alcançar uma final demonstrou estar abaixo do nível que já apresentou na temporada. Não deve incomodar muito.

Já os candidatos a surpresa que citei naquele post passado, Jo-Wilfred Tsonga e David Nalbandian, devem ficar somente como candidatos em Madrid.

Tsonga abandonou sua última partida. Apesar de não ser nada relacionado a cirurgia no joelho, sua condição física continua sendo um enorme ponto de interrogação.

Já Nalbandian fez uma bela semana em Estocolmo, conquistando a taça. O jogo dele parece estar em alta, mas como o físico é sempre seu ponto negativo, eu não apostaria em duas semanas consecutivas jogando em altíssimo nível.

sábado, 11 de outubro de 2008

Split-step

Hoje vou dar uma parada nos posts sobre o saque e vou falar um pouco de algo sempre esquecido no jogo. Alguns dias atrás falamos do footwork. Hoje vou ser mais específico. Vamos falar do split-step que é o pequeno saltito que fazemos para nos preparar para correr atrás da bola batida pelo nosso adversário.

Um dos maiores erros do jogador amador é rebater a bola e ficar parado, com a planta dos pés no chão enquando a bola viaja para o outro lado, começando a se preparar para devolver somente quando o adversário bate na bola.

O correto é que durante o ponto o jogador se mantenha sempre na ponta dos pés, em equilíbrio instável, o que significa que a qualquer momento ele pode agir para ir na direção da bola.

Pouco antes do adversário tocar na bola, devemos fazer um pequeno saltito, caindo obviamente na ponta dos pés. O nome desse movimento é split-step. Ao visualizar a direção que a bola vem, nos deslocamos para devolver.

Quando a bola está passando da rede já começamos a levar a raquete para trás, movimento que já deve estar completo quando a bola toca o solo do nosso lado (momento onde devemos estar totalmente equilibrado para executar o golpe).

Um exercício interessante é jogar "falando". Quando batemos na bola falamos: bate, quando o adversário rebate, ao fazer o split-step, dizemos: split.

Testem e vejam como isso melhora o deslocamento na quadra.

Bons treinos!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Jovens Esperanças

Esse ano de 2008 foi extremamente positivo para o tênis brasileiro em relação a torneios de nível future realizados no país. Desde abril, todas as semanas, temos em algum lugar uma competição de 10 ou 15 mil dólares.

Isso facilita muito para os jogadores que começam a fazer a transição do juvenil para o profissional. Diminui os custos e a adaptação com viagens é feita ao menos falando sua própria língua.

Com isso, um grupo grande de tenistas passou a viajar junto o país inteiro competindo. Desse grupo podemos tirar algumas jovens esperanças para o futuro do nosso tênis.

Os primeiros futures foram dominados pelos irmãos Dutra-Silva (Rogério e Daniel), que precisavam de pontos e tiveram que disputar esse tipo de torneio.

Daí em diante foi possível observar a ascensão do gaúcho Marcelo Demoliner, que aos poucos foi ganhando algumas rodadas e com os pontos ganhos nos futures já disputou dois challengers, alcançando segunda rodada e avançou centenas de posições no ranking.

Fernando Romboli, que foi um dos melhores do mundo no juvenil vinha brigando sem sucesso no exterior por seus primeiros pontos no ranking. Quando veio para o Brasil conseguiu aumentar seu nível de jogo e já está ganhando algumas rodadas e voltando a ser esperança para o futuro. Já Nicolas Santos, que havia quase que desistido de jogar, se concentrando em estudar nos Estados Unidos, também está tentando esses futures, com sucesso ainda discreto.

Jogadores um pouco mais velhos, como Grilli e Eládio também tentam o último suspiro da carreira, mas para eles um sucesso maior no futuro já é menos provável.

E para vocês, quem pode ser top 100 desses que estão correndo os futures aqui do Brasil?

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Mil visitas

Vinte dias depois da criação do blog, alcançamos a marca de 1000 visitas. Sinceramente não esperava isso. Estamos com uma média de 50 visitas diárias, muito mais do que eu poderia esperar.

Já temos alguns visitantes freqüentes, como o Sérgio e o Felipe, colaboradores com excelentes sugestões que aos poucos vou colocando em prática.

Pelo contador já pude perceber que boa parte do público está interessada em saber mais sobre a iniciação ao tênis, e como professor vou aos pouquinhos tentando dar uma ajuda aos iniciantes.

Para isso, seria interessante contar com fotos e vídeos no blog. Existe um botão para adicionar vídeos e fotos, mas nunca consigo fazer eles aparecerem. Alguém pode ajudar? Como devo fazer?

Já temos uma série de vídeos para disponibilizar, graças, principalmente, à colaboração do Sérgio, o "dinamarquês" do blog.

Como esse tópico desvirtuou completamente do tema do blog, ele vai ser usado como errata também! No post das comunidades, quando falei da Tennis Masters, o proprietário dela é o Rui, com i, não com y como eu havia publicado.

Ao amigo que perguntou de lugares para baixar jogos, aconselho o www.t3nnis.tv

No mais, obrigado pela força que todos estão dando. Em outubro teremos enormes novidades. Esperem e confiram.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Comunidades no orkut

Hoje vamos deixar de falar do tênis dentro das quadras e vamos falar de vocês, público que acompanha o tênis. Muito da inspiração para fazer esse blog veio das leituras diárias de comunidades do esporte no Orkut.

Atualmente freqüento todos os dias três delas, cada uma com público, ponto de vista e profundidade das discussões diferentes, mas todas elas exercendo importante papel para o desenvolvimento do tênis no país.

A maior delas é a Tênis Brasil, porta de entrada de qualquer brasileiro que procure por tênis no Orkut. Nela encontramos desde quem nunca pegou numa raquete e está começando a se interessar por tênis, a garotada que quer aprender, os mais fanáticos torcedores e um pessoal bastante especializado. Percebe-se nela que o maior interesse é por instrução de como jogar, qual o material adequado e por aí vai.

A segunda comunidade que freqüento é a Fúria Tennis, que já foi Fúria Verde e Amarela. O fundador dela é o Bruno, que conseguiu reunir uma garotada que formou a primeira e acho que única torcida brasileira de tênis. É impressionante como o pessoal consegue acompanhar todo e qualquer tenista brasileiro em qualquer parte do mundo.

Quando quero achar um live score de algum jogo ou informação atualizada de evolução de ranking no meio da semana, nem penso onde procurar. O pessoal da Fúria sempre tem isso pronto para divulgar.

Óbvio que essa torcida exagerada muitas vezes beira a paixão futebolística, o que é ruim, pois gera reações de amor e ódio, mas quando (vejam que não falei se) o blog crescer ainda mais e nós precisarmos de ajuda com busca de resultados de brasileiros, obviamente essa galera é que vai ser convidada a ajudar.

Por último mas não menos importante, a Tennis Masters. A comunidade criada e gerenciada pelo Ruy Viotti Filho (sim, filho do grande Ruy Viotti), reúne o que de melhor temos do tênis nacional. Por lá, dificilmente vai ter alguém que não joga (bem) e escreve (bem também).

Não é uma comunidade de muitos tópicos (geralmente um por semana), mas de opiniões bastante interessantes. Obviamente, para manter esse nível o Ruy tem que moderá-la. É um grupo de pessoas que eu realmente gostaria de ter aqui no blog escrevendo para vocês.

Já as comunidades de jogadores não me enchem os olhos. Digo isso pois geralmente os membros são muito mais fanáticos do que a média, o que distorce um pouco a discussão.

E vocês, qual(is) comunidades de tênis freqüentam?

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Saque - altura da bola

Hoje, na segunda parte do nosso texto sobre o saque, vamos falar da altura do lançamento, ou “toss”. O ponto de contato com a bola deve ser sempre o mesmo, mas a forma de se alcançar isso pode variar bastante.

O ponto de contato com a bola deve ser executado o mais alto possível, de forma a aumentar o intervalo angular com que a bola pode sair da raquete, vencer a rede e cair dentro do quadrado de saque. Para entender melhor isso, temos que voltar para as aulas de física do segundo grau, em lançamento oblíquo, quando tínhamos que calcular o ângulo de lançamento e a força para atingir uma certa distância. É exatamente o que ocorre com o saque.

Se o ponto de contato é fixo, o mesmo não se pode dizer da altura do lançamento. Existem três formas, todas corretas, de se fazer o contato com a bola. Na subida, com ela parada ou na descida.

Observando os jogadores profissionais percebe-se que a maioria prefere golpear a bola na descida, mas existem exceções a regra. Flávio Saretta, por exemplo, é um que gosta de bater com a bola ainda subindo, como podemos ver nesse vídeo clássico. Reparem na câmera lenta o contato com a bolinha.

http://www.youtube.com/watch?v=flC9xsOn-Ec



E vocês, lançam a bola a que altura?

domingo, 5 de outubro de 2008

[Test Drive] Wilson nBlade MidPlus

Como muitos aqui já sabem, eu uso uma 6.1 q tem me feito mal ao cotovelo.

Buscando opções caiu uma nBlade na minha mão. Gostei muito da raquete.

É uma raquete pra jogadores avançados, com peso ligeiramente no cabo. Alguns mais desavisados confundem-a com uma raquete equilibrada. Ela dá controle as bolas, sendo necessário um bom swing para gerar aceleração. Não é indicada para quem precisa de "ajuda" da raquete pra fazer a bola andar.

Apesar de ser uma raquete 18x20, é muito fácil gerar spin com ela. Meus alunos ficaram impressionados como minha bola estava com spin, visto q estão acostumados com minha bola chapada. E isso sem fazer nenhum esforço. Aliás, tive sim q fazer esforço pra manter ela plana.

Tive no início uma certa dificuldade com mau backhand de uma mão, mas parece q não vai ser difícil corrigir não.

Muito agradável de se jogar na rede, me deu muita segurança no voleio, que é meu golpe mais deficiente. Tornou-se até agradável de subir a rede.

Meu primeiro saque perdeu um pouco de controle com ela, passei a errar uns 20% a mais, principalmente pre fora. Em compensação o american twist entra com uma facilidade absurda. Nem me deixa ficar chateado com o erro de primeiro saque.

O sweetspot dela é normal para uma raquete desse nível. Para jogadores não-avançados é difícil encontrá-lo, para os avançados não existem grandes problemas.

Maior ponto positivo - Facilidade de gerar spin, mesmo sendo 18x20.

Maior ponto negativo - Um pouco menos de controle do q a 6.1, principalmente na esquerda, para mim.

sábado, 4 de outubro de 2008

Marcos Daniel

Marcos Daniel conquistou semana passada pela quinta vez um torneio Challenger em Bogotá, na Colômbia. O brasileiro tem um desempenho impressionante no país, onde na semana anterior conquistou também o challenger de Cali.

A história de Marcos Daniel é bastante interessante. Ele é contemporâneo de Gustavo Kuerten, o Guga, tendo conquistado seu primeiro ponto em 95, com apenas 17 anos. Porém, só conseguiu furar o top 300 brevemente em 2000 e se firmou como um dos 300 melhores do mundo em 2001, com 23 anos. Figurou entre o 155 e 250 do mundo até 2004, quando um fato mudou sua carreira.

Os principais jogadores do país (Gustavo Kuerten, Flávio Saretta, Ricardo Mello e André Sá) boicotaram a Copa Davis em 2004, por não concordar com a dirigência da Confederação Brasileira de Tênis, então comandada por Nelson Nastás. Para o encontro com o Paraguai, foram então convocados Marcos Daniel, Júlio Silva, Alexandre Simoni e Josh Goffi. Por ter aceitado a convocação, Marcos Daniel entrou em confronto com a cúpula da nova diretoria da CBT e foi esquecido em algumas convocações futuras.

Algum tempo depois o gaúcho de Passo Fundo, que é primo do árbitro de futebol Carlos Eugênio Simon, afirmou que só aceitou a convocação pois estava sem dinheiro para continuar a carreira e já estava pensando em se aposentar e passar a dar aula para se sustentar. No Pan de 2007, inclusive, recebia tênis de Flávio Saretta, visto que estava sem patrocinador.

Se é verdade ou não que ele realmente iria parar, ninguém pode dizer, mas atualmente Marcos Daniel já acumula 770 mil dólares em premiação na carreira e, conforme observamos na Copa Davis em Sorocaba, seus pais desfilam de Audi.

Um dos maiores méritos de Daniel é sempre ter a noção de que seu tênis depende muito mais de trabalho do que do seu talento. Sua escolha de calendários é baseada em Challenger's e ATP's mais fracos, aonde consegue valiosos pontos para conseguir se manter entre os 100 melhores do mundo e garantir vaga nos Grand Slams, quando uma primeira rodada vale cerca de 20 mil dólares e uma eventual segunda rodada 30 mil.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Test Drive [K]Factor Six-one Tour

Já que o pessoal perguntou sobre a raquete do Federer, aí vai o Test-Drive.

Sempre fui fã da série Pro-Staff 6.1. Uso a nCode 6.1 tem 3 anos e pouco.

Caiu na minha mão para testar a "raquete do Federer". A K 6.1 Tour, com suas 340 gramas.

É simplesmente a melhor raquete q já caiu na minha mão. O sweetspot é pequeno. Para mim fantástico, para jogadores não-avançados não tem a menor condição de usar ela.

As 16x19 cordas fazem meu jogo chapado se combinar perfeitamente com o perfil "spin friendly" dela. Ou seja, a raquete dá um controle absurdo e posso jogar chapado ou com spin sem a menor dificuldade.

Na rede, local onde me sinto mais desconfortável, veio a melhor surpresa. Nunca voleei tão bem. Ela dá uma precisão fabulosa.

Em relação ao saque, no início senti q minha bola estava muito baixa. A única explicação q encontrei foi q a raquete era muito pesada e eu tava demorando a chegar lá em cima. Depois de umas 4 horas batendo resolvi esse problema lançando a bola mais alta. Em relação ao American Twist, nada a reclamar. Efeito gerado com muita facilidade.

Então eu devo trocar de raquete e pegar uma dessas, certo?

Errado. Na primeira batida meu cotovelo já tava reclamando. Depois da primeira hora, eram o pulso e o ombro.

Fiquei um dia batendo com ela. Nunca sento meu jogo tão bom. Em compensação, nunca senti tanta dor. No dia seguinte de manhã não conseguia estender o braço.

Resumindo. Raquete fantástica. Mas para o Federer. Para nós, mortais, muito pesada. Tanto q proibi a garotada q treina lá (12-14 anos) de testar ela.

Maior ponto positivo - Voleio

Maior ponto negativo - Peso.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O saque

Dando seqüência aos nossos posts sobre iniciação ao tênis, vamos hoje começar a falar de um golpe tão complexo quanto importante para o jogo. O saque. Vamos dividir em algumas partes o movimento.

Para começar, o tema de hoje é o “toss”, ou lançamento. Parte importante e fundamental do saque. É impossível um bom saque sem um bom toss. Quando começo a ensinar o saque para os alunos, a primeira pergunta que faço é:

- Qual ou quais articulações eu uso para fazer o toss? A do ombro, do cotovelo, do punho, dos dedos ou mais de uma delas?

A imensa maioria costuma ficar na dúvida e quase todos respondem mais de uma articulação, sendo quase unanimidade a presença dos dedos.

Pois bem, para um bom toss é utilizada apenas a articulação do ombro. O movimento todo é feito apenas com ela. O braço começa estendido para baixo e termina estendido para cima, com a bola sendo lançada na altura dos olhos. A bolinha deve ser segurada apenas com o polegar, indicador e dedo médio e no momento de sua saída deve estar parada, dando para ler a marca enquanto sobe.

Alguns bons exercícios para o toss:
1 – Lance e recupere com a mesma mão, realizando a recuperação com o braço totalmente estendido no alto.
2- Lance e recupere com a outra mão, realizando a recuperação sem mexer as pernas e alcançando a bola no ponto mais alto possível.
3- Lance segurando duas bolas, objetivando utilizar apenas polegar, indicador e dedo médio e se esforce para ler a marca da bola.

Em breve voltamos a tocar no assunto saque, falando de altura de lançamento, do posicionamento do corpo e da ação da raquete.

Bons treinos!

Nosso amigo Sérgio mandou dois vídeos sacando, irei publicá-los aqui quando falarmos da posição dos pés. Quem quiser assistir é só procurar nos comentários.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Surpresas de final de ano

Hoje vou falar um pouco do circuito ATP, antes de voltar aos tópicos de instrução.

Com a proximidade dos últimos Masters Series da temporada, tradicionalmente aparecem as surpresas do final de ano no tênis mundial. Ano passado o argentino David Nalbandian venceu os Masters Series de Madrid e Paris e por muito pouco não alcançou vaga na Masters Cup.

Mas qual a razão dessas surpresas serem tão freqüentes? Simples. O calendário do tênis é altamente desgastante, começando na primeira semana de janeiro, o que não permite aos jogadores manter o mesmo nível durante toda a temporada.

Rafael Nadal, por exemplo, tradicionalmente joga muito bem do início da temporada de saibro até o final do torneio de Wimbledon. Esse ano o espanhol surpreendeu e manteve um nível alto até o momento, mas é muito difícil que mantenha no final do ano.

Novak Djokovic foi a sensação da temporada de quadras duras em 2007, mas caiu muito nos meses seguintes e foi o verdadeiro “saco de pancadas” no final do ano. Esse ano o nível do seu jogo já dá sinais de queda.

Roger Federer costuma manter-se em nível mais alto durante toda a temporada, mas isso tem um motivo. O suíço escolhe a dedo os torneios que vai participar, sendo o que menos joga entre os tops.

E esse ano? Haverá alguma surpresa? Quem poderia ser? Minha aposta imediata seria o francês Jo-Wilfred Tsonga, que sofreu uma cirurgia no meio do ano e voltou com tudo semana passada, conquistando o torneio de Bangkok. Porém, o francês partiu sem descanso para jogar em Metz, e isso pode comprometer seu desempenho em Madrid daqui a duas semanas. Outra possibilidade é o mesmo David Nalbandian, que voltou a jogar bem no primeiro jogo da semifinal da Copa Davis, mas vem mostrando problemas físicos, principalmente de peso.

Esse parece ser um ano onde as zebras têm menos chances de aparecer, mas eu não apostaria minhas economias nisso.

E vocês, em quem apostam para os Masters Series do final do ano?